sábado, outubro 19, 2013

Há 92 anos a I república mostrava a sua verdadeira face

A infame camioneta (imagem daqui)


A Noite Sangrenta é a designação pela qual ficou conhecida a revolta radical de marinheiros e arsenalistas, que ocorreu em Lisboa a 19 de outubro de 1921, no decurso da qual foram assassinados, entre outros, António Granjo, então presidente do Ministério, Machado Santos e José Carlos da Maia, dois dos históricos da Proclamação da República Portuguesa, o comandante Freitas da Silva, secretário do Ministro da Marinha, e o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo apoiante de Sidónio Pais no Arsenal da Marinha.
Na origem da revolta esteve a demissão do governo de Liberato Pinto, e a sua condenação a um ano de detenção (confirmada a 10 de setembro de 1921, pelo Conselho Superior de Disciplina do Exército), um conjunto de militares ligados àquela força policial, a que se juntaram militares do Exército e da Armada, que se sublevou.

Os trágicos acontecimentos da noite de 19 de outubro de 1921 inspiraram um espectáculo de teatro, O Mistério da Camioneta Fantasma, e a mini-série da RTP, Noite Sangrenta, ambas produções de 2010, ano em que se comemorava o centenário da implantação da República Portuguesa.


NOTA: a república e os republicanos tentaram, durante anos, apagar este triste episódio da História de Portugal (e continuam ainda - as referências ao mesmo vão sendo, sucessivamente, misteriosamente apagadas dos livros e da Internet...); felizmente há quem não deixe esquecer este momento, que ilustra muito bem o que foi a bandalheira da I república e dos seus adeptos, havendo ainda alguns que preservam a sua memória.

Sem comentários: