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terça-feira, novembro 01, 2011

O famoso Terramoto de Lisboa ocorreu há 256 anos

Gravura em cobre alusiva ao terramoto de 1755 em Lisboa

O sismo de 1755, também conhecido por Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e sócio-económico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna Sismologia. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.

Música adequada à data

Como começa hoje o mês de novembro. Para recordar tal facto, fiquemos com uma música apropriada à época:


NOTA: é uma música que tem a ver com estes tempos - basta recordar o popular ditado: "Chuva em novembro, Natal em dezembro".

sábado, novembro 27, 2010

Maqueta da Lisboa ante sismo de 1755 disponível para visita

Projecto levou cinco anos a ser concretizado
Lisboa de 1755 num ecrã táctil

Directora do Museu da Cidade diz que projecto implicou grande processo de investigação

A reconstituição tridimensional da cidade de Lisboa antes do grande terramoto de 1755 foi esta quinta-feira apresentada pelo Museu da Cidade. Consiste numa “leitura pormenorizada” da maqueta feita em 1955 por Ticiano Violante.

O programa "é uma ideia bastante antiga e queremos oferecer ao público uma leitura mais pormenorizada da maqueta feita em 1955 e 1958 por Ticiano Violante, valorizando a peça e explorando toda a informação que ela tem para nos oferecer", disse ao CM a Directora do Museu da Cidade, Ana Cristina Leite.

O projecto, que começou em 2005, implicou um grande processo de investigação, onde a equipa do museu reuniu toda a documentação "cartográfica, iconográfica, documental e textos escritos sobre todas as teses da cidade nestes últimos anos", disse a directora.

Ana Leite acrescentou que a grande novidade "é o material e a informação inédita que tínhamos, vinda de intervenções arqueológicas feitas nos últimos dez anos pelo museu, que redescobriram parte da cidade pré-terramoto."

Para já, o projecto não se encontra acabado, uma vez que este não é "de maneira nenhuma um modelo fechado".

"É o que nos permite estes modelos virtuais. Se tivermos dados novos, é sempre possível rectificar ou acrescentar."


VINTE PONTOS PARA PESQUISAR

Os visitantes terão a possibilidade de pesquisar individualmente os cerca de 20 pontos virtuais da cidade lisboeta, através de ecrãs tácteis, onde, consoante o que quiserem ver, surgirá uma luz sob a maqueta para melhor localizar as pessoas.

"Fundamentalmente é fazer uma viagem no tempo, e saber como era a cidade antes de 1755, que hoje tem uma configuração completamente diferente do que tinha antes. Pretendemos captar novos públicos, melhorar a comunicação com os nosso públicos, e ao mesmo tempo é um projecto importante para o museu e para a cidade", disse a responsável.

O Centro de História de Arte da Universidade de Évora denunciou um abuso de contactos - com um investigador norte-americano que veio a Lisboa a seu convite - e o silenciamento da hipótese de parceria. Ana Leite diz desconhecer a controvérsia, sublinhando que "o Museu da Cidade fez isto como equipa interna".

"O senhor Bernard Frischer teve conhecimento do nosso projecto, viu-o e pronunciou-se sobre o modelo depois de um jornalista cultural da câmara o ter entrevistado. Penso que isso é uma questão democrática", respondeu.

Na inauguração estiveram presentes o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

in CM - ler notícia

segunda-feira, novembro 01, 2010

Faz hoje 255 anos...

 (imagem daqui)

... um sismo, seguido de tsunami, destruiu a cidade de Lisboa e outras cidades suas vizinhas, do Algarve e do norte de África.

Depois, a acção do Marques de Pombal levantou novamente a nossa capital, fez um profundo levantamento dos estragos e efeitos do sismo em todas as localidades portuguesas e deu origem ao estudo dos sismos - surgiram as bases de uma nova ciência: a sismologia.

sexta-feira, outubro 31, 2008

O Terramoto e o tsunami de 1755


O Terramoto de 1 de Novembro de 1755 atingiu violentamente o país, destruiu o centro da cidade de Lisboa e abanou as consciências e o pensamento de inúmeros intelectuais europeus. Figuras com Kant ou Voltaire escreveram importantes reflexões sobre a génese de fenómenos naturais de tão grande escala e sobre as leis que governam a natureza. O que muitos não saberão é que ao terramoto seguiu-se um violento tsunami, ou maremoto, cuja dimensão e impacto é actualmente alvo de estudo por investigadores portugueses.

Estes e outros assuntos, em torno do Terramoto de 1755, serão apresentados e debatidos amanhã, dia 31, em um colóquio no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, a partir das 15.30 horas.


Programa:

15.00 | 15.30
Recepção e Abertura

15.30 | 16.00
Vítimas do Terramoto de 1755 no Claustro do Convento de Jesus (Academia das Ciências de Lisboa)
Miguel Telles Antunes
Director do Museu da Academia das Ciências de Lisboa

16.00 | 16.30
O Terramoto de 1775: Estado, modernidade e desastres naturais
José Manuel Mendes
Centro de Estudos Sociais e Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Intervalo

17.00 | 17.30
Perigosidade sísmica no sudoeste da Ibéria e a génese do terramoto de Lisboa
Fernando Carlos Lopes
Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra

17.30 | 18.00
O tsunami do sismo de 1755 e seu registo sedimentar no Algarve
Pedro Proença Cunha
Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra

18.00 | 18.30
Geração e propagação de um tsunami: Contributos da simulação numérica para a minimização do risco
José Antunes do Carmo
Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra

18.30 | 19.00
Redesenhar Lisboa: rupturas e continuidades na Baixa Pombalina
António Filipe Pimentel
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra


NOTA: Durante a sessão estarão expostos:
  • uma ilustração do Terreiro do Paço antes do terramoto, datando do séc. XVIII, pertencente à colecção Nabais Conde;
  • sedimentos do tsunami de 1755, cuja datação recente, que confirma a data do depósito, foi feita por luminescência.