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terça-feira, fevereiro 06, 2024

Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, morreu há 339 anos

       
Carlos II (Londres, 29 de maio de 1630 – Londres, 6 de fevereiro de 1685) foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 1660 até à sua morte. O seu pai, o rei Carlos I, foi executado no Palácio de Whitehall a 30 de janeiro de 1649, no auge da Guerra Civil Inglesa. O parlamento escocês proclamou-o rei, porém Oliver Cromwell derrotou-o na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para a Europa continental. Cromwell transformou-se no ditador da Inglaterra, Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias Unidas e nos Países Baixos Espanhóis.
Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar para a Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, dia do seu aniversário dos trinta anos, ele foi recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido ao seu pai em 1649.
  
(...)
    
Portugal lutava desde 1640 uma guerra contra a Espanha, para restaurar a sua independência, depois de uma união dinástica entre as duas coroas ocorrida em 1580. Portugal recebia ajuda da França, porém acabou abandonado pelo seu aliado em 1659, após o Tratado dos Pirenéus. As negociações de Portugal para o casamento de Carlos com Catarina de Bragança começaram durante o reinado de seu pai e, depois da Restauração, a rainha Luísa de Gusmão como regente reabriu as discussões que resultaram numa aliança com a Inglaterra. Um acordo de casamento foi assinado a 23 de junho de 1661, com o dote de Catarina dando aos ingleses Tânger, no norte da África, e as sete ilhas de Bombaim, na Índia, privilégios comerciais no Brasil e nas Índias, liberdade religiosa e comercial em Portugal e dois milhões de coroas portuguesas; enquanto Portugal conseguiu apoio militar e naval contra a Espanha e liberdade religiosa para Catarina na Inglaterra. Ela viajou para Portsmouth entre os dias 13 e 14 de maio de 1662, porém foi visitada por Carlos apenas no dia 20. Os dois se casaram no dia seguinte em duas cerimónias – uma católica, realizada em segredo, e depois uma anglicana, em público.
  
(...)
  
Catarina de Bragança não conseguiu produzir um herdeiro; as suas quatro gravidezes terminaram em abortos: os bebés natimortos em 1662, fevereiro de 1666, maio de 1668 e junho de 1669. O herdeiro presuntivo de Carlos era o seu irmão, o impopular e católico Jaime, Duque de Iorque e Albany. 
  
(...)
  
Carlos sofreu uma apoplexia repentina na manhã do dia 2 de fevereiro de 1685, morrendo aos 54 anos no Palácio de Whitehall quatro dias depois, em 6 de fevereiro de 1685, às 11.45 horas. O facto de sua doença e morte serem súbitas levaram a suspeitas de envenenamento, inclusive por parte de um dos médicos reais; entretanto, uma análise mais moderna diz que os sintomas da doença eram similares as de uma uremia (uma síndrome clínica devido à disfunção renal). Carlos, no seu leito de morte, pediu para seu irmão Jaime cuidar das suas amantes: "seja bom com Portsmouth e não deixe a pobre Nelly passar fome". Ele também disse a seus cortesãos que "Desculpem-me, cavalheiros, pelo tempo da morte". Ele foi recebido na Igreja Católica na última noite de sua vida, apesar de não ser claro o quanto ele estava consciente ou comprometido e ainda de onde a ideia se originou. Carlos foi enterrado na Abadia de Westminster "sem qualquer tipo de pompa" a 14 de fevereiro.
     

Brasão de Carlos II na Inglaterra
        

sábado, novembro 25, 2023

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 385 anos

      
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
     
Brasão de Catarina de Bragança, rainha consorte de Carlos II de Inglaterra
   

segunda-feira, novembro 06, 2023

Carlos II, o último rei Habsburgo de Espanha, nasceu há 362 anos

 
Carlos II (Madrid, 6 de novembro de 1661Madrid, 1 de novembro de 1700), também conhecido como Carlos, o Enfeitiçado, foi o Rei da Espanha de 1665 até à sua morte, sendo o último monarca espanhol da Casa de Habsburgo. Os seus domínios incluíam os Países Baixos Espanhóis e o império espanhol de além-mar, indo das Américas até as Índias Orientais Espanholas. Ele tinha deficiências físicas, intelectuais e emocionais, e por consequência o seu reinado foi ineficiente.
Carlos morreu, sem herdeiros, em 1700, com todos os potenciais sucessores Habsburgo mortos antes dele. Ele nomeou em seu testamento o seu sobrinho-neto Filipe, Duque de Anjou, como o seu sucessor. Filipe era neto da sua meia-irmã Maria Teresa da Áustria, primeira esposa do rei Luís XIV de França. Já que as outras potências europeias viam a possível relação dinástica entre a Espanha e a França como uma perigosa mudança de equilíbrio de poder, com a Guerra da Sucessão Espanhola a começar pouco depois da sua morte.

Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (1605-1665) e da sua segunda esposa, Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo-lhe sucedido, por sua morte. Do primeiro casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França, Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os Espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte), caso o grande Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.

quarta-feira, novembro 01, 2023

O último Habsburgo que foi rei de Espanha morreu há 323 anos

      
Carlos II de Espanha (Madrid, 6 de novembro de 1661 - Madrid, 1 de novembro de 1700) apelidado de «O Enfeitiçado», foi o último rei da casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha, Nápoles e Sicília, senhor de quase toda a Itália excepto dos Estados Papais e da Sereníssima República de Veneza, e do império ultramarino castelhano, do México à Patagónia e que incluía Cuba e as Filipinas. Era, como Rei de Nápoles, da Sicília e de Navarra, Carlos V, rei titular de Jerusalém e Rei da Sardenha e dos Países Baixos, duque de Milão, conde da Borgonha e conde do Charolais.
Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal - 1605-1665) e da sua 2ª esposa Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do 1º casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França, Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte), caso Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.
Os sucessivos casamentos consanguíneos praticados pelos Habsburgos, dada a sua convicção de que deveriam manter o seu sangue puro, produziram uma tal degenerescência que Carlos acabaria por nascer raquítico, quase louco, impotente e com outras doenças como epilepsia - além de possuir o célebre maxilar proeminente dos Habsburgos - uma afeção chamada de prognatismo mandibular - característica da interconsanguinidade familiar, bem visível nos retratos do rei). Foi ainda conhecido pelo cognome o Amaldiçoado.
  
      

sexta-feira, junho 23, 2023

Catarina de Bragança casou com o rei Carlos II do Reino Unido há 362 anos

   
D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi princesa de Portugal e rainha consorte de Inglaterra e Escócia, por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal e da sua mulher a Rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, a Princesa D. Joana, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os reis D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
 
(...)
   
Dois anos depois de aclamar, D. João IV, querendo fortificar e robustecer a soberania e a independência, procurava alianças: um dos meios era casar os filhos com príncipes e princesas estrangeiros. Catarina nem tinha oito anos e já se tratava de a casar com D. João d'Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha; houve ideias de a casar com o duque de Beaufort, neto de Henrique IV de França por bastardia. As negociações ficaram sem resultado. Pensou-se no casamento com Luís XIV, laço habilmente preparado pelo cardeal Mazarino para conseguir, via Portugal, obrigar a Espanha a fazer a paz com a França.
Em vida de D. João IV se trataram destas negociações com atividade, chegando a vir a Lisboa o embaixador francês conde de Cominges. Mazarino, servindo-se do engodo da promessa deste casamento, trouxe Portugal iludido, abandonando-o depois, assinando a paz com a Espanha e o contrato do casamento do rei com a infanta espanhola D. Maria Teresa de Áustria. Em 1661, sendo regente a rainha D. Luísa de Gusmão na menoridade de D. Afonso VI de Portugal, tratou-se novamente do casamento da infanta D. Catarina, sendo escolhido Carlos II da Inglaterra.

O contrato foi assinado por el-rei com todas as cerimónias legais da Inglaterra a 23 de Junho de 1661, e pelo embaixador Conde da Ponte e Marquês de Sande, Francisco de Melo e Torres, que regressou a Portugal, onde foi recebido com muita satisfação pela regente, e com muito desgosto da parte do povo, pela entrega de Tânger e Bombaim.
Em 28 de Abril de 1662 recebeu-se em Lisboa a notícia da realização do contrato, e pouco depois chegou a armada inglesa, que devia conduzir a seu bordo a nova rainha. O general comandante era Eduardo de Montaigne, Conde de Sandwich, revestido com o carácter de embaixador extraordinário. Ela partiu acompanhada do Marquês de Sande, do Conde de Pontével, Nuno da Cunha, Francisco Correia da Silva, e pessoas da corte. Antes de embarcar todos se dirigiram à Sé, onde se celebrou missa solene e Te-­Deum. Houve salvas da artilharia, repiques de sinos, pomposos ornatos nas ruas por onde passava o cortejo, o som das trombetas, charamela e outros instrumentos, tudo contribuía pare abrilhantar a festa do casamento real. Finalmente, a nova rainha entrou no bergantim real, adornado com magnificência, e navegou para bordo da nau capitania Grão-Carlos. Acompanharam as damas D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
 
(...)
  
D. Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra, por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, diz-se que deixou, pelo menos, à Inglaterra, a geleia de laranja, o hábito de beber chá à tarde, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.

segunda-feira, fevereiro 06, 2023

Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, morreu há 338 anos

       
Carlos II (Londres, 29 de maio de 1630 – Londres, 6 de fevereiro de 1685) foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 1660 até à sua morte. O seu pai, o rei Carlos I, foi executado no Palácio de Whitehall a 30 de janeiro de 1649, no auge da Guerra Civil Inglesa. O parlamento escocês proclamou-o rei, porém Oliver Cromwell derrotou-o na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para a Europa continental. Cromwell transformou-se no ditador da Inglaterra, Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias Unidas e nos Países Baixos Espanhóis.
Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar para a Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, dia do seu aniversário dos trinta anos, ele foi recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido ao seu pai em 1649.
  
(...)
    
Portugal lutava desde 1640 uma guerra contra a Espanha, para restaurar a sua independência, depois de uma união dinástica entre as duas coroas ocorrida em 1580. Portugal recebia ajuda da França, porém acabou abandonado pelo seu aliado em 1659, após o Tratado dos Pirenéus. As negociações de Portugal para o casamento de Carlos com Catarina de Bragança começaram durante o reinado de seu pai e, depois da Restauração, a rainha Luísa de Gusmão como regente reabriu as discussões que resultaram numa aliança com a Inglaterra. Um acordo de casamento foi assinado a 23 de junho de 1661, com o dote de Catarina dando aos ingleses Tânger, no norte da África, e as sete ilhas de Bombaim, na Índia, privilégios comerciais no Brasil e nas Índias, liberdade religiosa e comercial em Portugal e dois milhões de coroas portuguesas; enquanto Portugal conseguiu apoio militar e naval contra a Espanha e liberdade religiosa para Catarina na Inglaterra. Ela viajou para Portsmouth entre os dias 13 e 14 de maio de 1662, porém foi visitada por Carlos apenas no dia 20. Os dois se casaram no dia seguinte em duas cerimónias – uma católica, realizada em segredo, e depois uma anglicana, em público.
  
(...)
  
Catarina de Bragança não conseguiu produzir um herdeiro; as suas quatro gravidezes terminaram em abortos: os bebés natimortos em 1662, fevereiro de 1666, maio de 1668 e junho de 1669. O herdeiro presuntivo de Carlos era o seu irmão, o impopular e católico Jaime, Duque de Iorque e Albany. 
  
(...)
  
Carlos sofreu uma apoplexia repentina na manhã do dia 2 de fevereiro de 1685, morrendo aos 54 anos no Palácio de Whitehall quatro dias depois, em 6 de fevereiro de 1685, às 11.45 horas. O facto de sua doença e morte serem súbitas levaram a suspeitas de envenenamento, inclusive por parte de um dos médicos reais; entretanto, uma análise mais moderna diz que os sintomas da doença eram similares as de uma uremia (uma síndrome clínica devido à disfunção renal). Carlos, no seu leito de morte, pediu para seu irmão Jaime cuidar das suas amantes: "seja bom com Portsmouth e não deixe a pobre Nelly passar fome". Ele também disse a seus cortesãos que "Desculpem-me, cavalheiros, pelo tempo da morte". Ele foi recebido na Igreja Católica na última noite de sua vida, apesar de não ser claro o quanto ele estava consciente ou comprometido e ainda de onde a ideia se originou. Carlos foi enterrado na Abadia de Westminster "sem qualquer tipo de pompa" a 14 de fevereiro.
     

Brasão de Carlos II na Inglaterra
        

sexta-feira, novembro 25, 2022

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 384 anos

      
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
     
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
   

domingo, novembro 06, 2022

Carlos II, o último rei Habsburgo de Espanha, nasceu há 361 anos

 
Carlos II (Madrid, 6 de novembro de 1661Madrid, 1 de novembro de 1700), também conhecido como Carlos, o Enfeitiçado, foi o Rei da Espanha de 1665 até à sua morte, sendo o último monarca espanhol da Casa de Habsburgo. Os seus domínios incluíam os Países Baixos Espanhóis e o império espanhol de além-mar, indo das Américas até as Índias Orientais Espanholas. Ele tinha deficiências físicas, intelectuais e emocionais, e por consequência o seu reinado foi ineficiente.
Carlos morreu, sem herdeiros, em 1700, com todos os potenciais sucessores Habsburgo mortos antes dele. Ele nomeou em seu testamento o seu sobrinho-neto Filipe, Duque de Anjou, como o seu sucessor. Filipe era neto da sua meia-irmã Maria Teresa da Áustria, primeira esposa do rei Luís XIV de França. Já que as outras potências europeias viam a possível relação dinástica entre a Espanha e a França como uma perigosa mudança de equilíbrio de poder, com a Guerra da Sucessão Espanhola começando pouco depois de sua morte.

Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (1605-1665) e da sua segunda esposa, Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do primeiro casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os Espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, por sua morte), caso o grande Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha por Carlos.

terça-feira, novembro 01, 2022

O último Rei de Espanha Habsburgo morreu há 322 anos

      
Carlos II de Espanha (Madrid, 6 de novembro de 1661 - Madrid, 1 de novembro de 1700) apelidado de «O Enfeitiçado», foi o último rei da casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha, Nápoles e Sicília, senhor de quase toda a Itália excepto dos Estados Papais e da Sereníssima República de Veneza, e do império ultramarino castelhano, do México à Patagónia e que incluía Cuba e as Filipinas. Era, como Rei de Nápoles, da Sicília e de Navarra, Carlos V, rei titular de Jerusalém e Rei da Sardenha e dos Países Baixos, duque de Milão, conde da Borgonha e conde do Charolais.
Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal - 1605-1665) e da sua 2ª esposa Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do 1º casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França, Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte), caso Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.
Os sucessivos casamentos consanguíneos praticados pelos Habsburgos, dada a sua convicção de que deveriam manter o seu sangue puro, produziram uma tal degenerescência que Carlos acabaria por nascer raquítico, quase louco, impotente e com outras doenças como epilepsia - além de possuir o célebre maxilar proeminente dos Habsburgos - uma afeção chamada de prognatismo mandibular - característica da interconsanguinidade familiar, bem visível nos retratos do rei). Foi ainda conhecido pelo cognome o Amaldiçoado.
  
      

quinta-feira, junho 23, 2022

Catarina de Bragança casou com Carlos II do Reino Unido há 361 anos

 
D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi princesa de Portugal e rainha consorte de Inglaterra e Escócia, por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal e da sua mulher a Rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, a Princesa D. Joana, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os reis D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
 
(...)
   
Dois anos depois de aclamar, D. João IV, querendo fortificar e robustecer a soberania e a independência, procurava alianças: um dos meios era casar os filhos com príncipes e princesas estrangeiros. Catarina nem tinha oito anos e já se tratava de a casar com D. João d'Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha; houve ideias de a casar com o duque de Beaufort, neto de Henrique IV de França por bastardia. As negociações ficaram sem resultado. Pensou-se no casamento com Luís XIV, laço habilmente preparado pelo cardeal Mazarino para conseguir, via Portugal, obrigar a Espanha a fazer a paz com a França.
Em vida de D. João IV se trataram destas negociações com atividade, chegando a vir a Lisboa o embaixador francês conde de Cominges. Mazarino, servindo-se do engodo da promessa deste casamento, trouxe Portugal iludido, abandonando-o depois, assinando a paz com a Espanha e o contrato do casamento do rei com a infanta espanhola D. Maria Teresa de Áustria. Em 1661, sendo regente a rainha D. Luísa de Gusmão na menoridade de D. Afonso VI de Portugal, tratou-se novamente do casamento da infanta D. Catarina, sendo escolhido Carlos II da Inglaterra.

O contrato foi assinado por el-rei com todas as cerimónias legais da Inglaterra a 23 de Junho de 1661, e pelo embaixador Conde da Ponte e Marquês de Sande, Francisco de Melo e Torres, que regressou a Portugal, onde foi recebido com muita satisfação pela regente, e com muito desgosto da parte do povo, pela entrega de Tânger e Bombaim.
Em 28 de Abril de 1662 recebeu-se em Lisboa a notícia da realização do contrato, e pouco depois chegou a armada inglesa, que devia conduzir a seu bordo a nova rainha. O general comandante era Eduardo de Montaigne, Conde de Sandwich, revestido com o carácter de embaixador extraordinário. Ela partiu acompanhada do Marquês de Sande, do Conde de Pontével, Nuno da Cunha, Francisco Correia da Silva, e pessoas da corte. Antes de embarcar todos se dirigiram à Sé, onde se celebrou missa solene e Te-­Deum. Houve salvas da artilharia, repiques de sinos, pomposos ornatos nas ruas por onde passava o cortejo, o som das trombetas, charamela e outros instrumentos, tudo contribuía pare abrilhantar a festa do casamento real. Finalmente, a nova rainha entrou no bergantim real, adornado com magnificência, e navegou para bordo da nau capitania Grão-Carlos. Acompanharam as damas D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
 
(...)
  
D. Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra, por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, diz-se que deixou, pelo menos, à Inglaterra, a geleia de laranja, o hábito de beber chá à tarde, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.

domingo, fevereiro 06, 2022

Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, morreu há 337 anos

    
Carlos II (Londres, 29 de maio de 1630 – Londres, 6 de fevereiro de 1685) foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 1660 até à sua morte. O seu pai, o rei Carlos I, foi executado no Palácio de Whitehall a 30 de janeiro de 1649, no auge da Guerra Civil Inglesa. O parlamento escocês proclamou-o rei, porém Oliver Cromwell derrotou-o na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para a Europa continental. Cromwell transformou-se no ditador da Inglaterra, Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias Unidas e nos Países Baixos Espanhóis.
Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar para a Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, dia do seu aniversário dos trinta anos, ele foi recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido ao seu pai em 1649.
  
(...)
    
Portugal lutava desde 1640 uma guerra contra a Espanha, para restaurar a sua independência, depois de uma união dinástica entre as duas coroas ocorrida em 1580. Portugal recebia ajuda da França, porém acabou abandonado pelo seu aliado em 1659, após o Tratado dos Pirenéus. As negociações de Portugal para o casamento de Carlos com Catarina de Bragança começaram durante o reinado de seu pai e, depois da Restauração, a rainha Luísa de Gusmão como regente reabriu as discussões que resultaram numa aliança com a Inglaterra. Um acordo de casamento foi assinado a 23 de junho de 1661, com o dote de Catarina dando aos ingleses Tânger, no norte da África, e as sete ilhas de Bombaim, na Índia, privilégios comerciais no Brasil e nas Índias, liberdade religiosa e comercial em Portugal e dois milhões de coroas portuguesas; enquanto Portugal conseguiu apoio militar e naval contra a Espanha e liberdade religiosa para Catarina na Inglaterra. Ela viajou para Portsmouth entre os dias 13 e 14 de maio de 1662, porém foi visitada por Carlos apenas no dia 20. Os dois se casaram no dia seguinte em duas cerimónias – uma católica, realizada em segredo, e depois uma anglicana, em público.
  
(...)
  
Catarina de Bragança não conseguiu produzir um herdeiro; as suas quatro gravidezes terminaram em abortos: os bebés natimortos em 1662, fevereiro de 1666, maio de 1668 e junho de 1669. O herdeiro presuntivo de Carlos era o seu irmão, o impopular e católico Jaime, Duque de Iorque e Albany. 
  
(...)
  
Carlos sofreu uma apoplexia repentina na manhã do dia 2 de fevereiro de 1685, morrendo aos 54 anos no Palácio de Whitehall quatro dias depois, em 6 de fevereiro de 1685, às 11.45 horas. O facto de sua doença e morte serem súbitas levaram a suspeitas de envenenamento, inclusive por parte de um dos médicos reais; entretanto, uma análise mais moderna diz que os sintomas da doença eram similares as de uma uremia (uma síndrome clínica devido à disfunção renal). Carlos, no seu leito de morte, pediu para seu irmão Jaime cuidar das suas amantes: "seja bom com Portsmouth e não deixe a pobre Nelly passar fome". Ele também disse a seus cortesãos que "Desculpem-me, cavalheiros, pelo tempo da morte". Ele foi recebido na Igreja Católica na última noite de sua vida, apesar de não ser claro o quanto ele estava consciente ou comprometido e ainda de onde a ideia se originou. Carlos foi enterrado na Abadia de Westminster "sem qualquer tipo de pompa" a 14 de fevereiro.
     
Brasão de Carlos II na Inglaterra (1660–1685)
        

quinta-feira, novembro 25, 2021

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 383 anos

   
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
   
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
 

sábado, novembro 06, 2021

Carlos II, o último rei Habsburgo de Espanha, nasceu há 360 anos

 
Carlos II (Madrid, 6 de novembro de 1661Madrid, 1 de novembro de 1700), também conhecido como Carlos, o Enfeitiçado, foi o Rei da Espanha de 1665 até à sua morte, sendo o último monarca espanhol da Casa de Habsburgo. Os seus domínios incluíam os Países Baixos Espanhóis e o império espanhol de além-mar, indo das Américas até as Índias Orientais Espanholas. Ele tinha deficiências físicas, intelectuais e emocionais, e por consequência o seu reinado foi ineficiente.
Carlos morreu, sem herdeiros, em 1700, com todos os potenciais sucessores Habsburgo mortos antes dele. Ele nomeou em seu testamento o seu sobrinho-neto Filipe, Duque de Anjou, como o seu sucessor. Filipe era neto da sua meia-irmã Maria Teresa da Áustria, primeira esposa do rei Luís XIV de França. Já que as outras potências europeias viam a possível relação dinástica entre a Espanha e a França como uma perigosa mudança de equilíbrio de poder, com a Guerra da Sucessão Espanhola começando pouco depois de sua morte.

Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (1605-1665) e da sua segunda esposa, Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do primeiro casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os Espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, por sua morte), caso o grande Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha por Carlos.

segunda-feira, novembro 01, 2021

O último Habsburgo Rei de Espanha morreu há 321 anos

      
Carlos II de Espanha (Madrid, 6 de novembro de 1661 - Madrid, 1 de novembro de 1700) apelidado de «O Enfeitiçado», foi o último rei da casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha, Nápoles e Sicília, senhor de quase toda a Itália excepto dos Estados Papais e da Sereníssima República de Veneza, e do império ultramarino castelhano, do México à Patagónia e que incluía Cuba e as Filipinas. Era, como Rei de Nápoles, da Sicília e de Navarra, Carlos V, rei titular de Jerusalém e Rei da Sardenha e dos Países Baixos, duque de Milão, conde da Borgonha e conde do Charolais.
Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal - 1605-1665) e da sua 2ª esposa Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do 1º casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França Maria Teresa, sobrevivera à infância.
O seu nascimento foi causa de grande alegria para os espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, após a sua morte), caso Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha, por Carlos.
Os sucessivos casamentos consanguíneos praticados pelos Habsburgos, dada a sua convicção de que deveriam manter o seu sangue puro, produziram uma tal degenerescência que Carlos acabaria por nascer raquítico, quase louco, impotente e com outras doenças como epilepsia - além de possuir o célebre maxilar proeminente dos Habsburgos - uma afeção chamada de prognatismo mandibular - característica da interconsanguinidade familiar, bem visível nos retratos do rei). Foi ainda conhecido pelo cognome o Amaldiçoado.
  
      

quarta-feira, junho 23, 2021

Catarina de Bragança casou com Carlos II do Reino Unido há 360 anos

 
D. Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638Lisboa, 31 de Dezembro de 1705) foi princesa de Portugal e rainha consorte de Inglaterra e Escócia por seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do Rei D. João IV de Portugal e da sua mulher a Rainha D. Luísa de Gusmão. Depois da morte da irmã mais velha, a Princesa D. Joana, assumiu o título de Princesa da Beira. Seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
 
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Dois anos depois de aclamar, D. João IV, querendo fortificar e robustecer a soberania e a independência, procurava alianças: um dos meios era casar os filhos com príncipes e princesas estrangeiros. Catarina nem tinha oito anos e já se tratava de a casar com D. João d'Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha; houve ideias de a casar com o duque de Beaufort, neto de Henrique IV de França por bastardia. As negociações ficaram sem resultado. Pensou-se no casamento com Luís XIV, laço habilmente preparado pelo cardeal Mazarino para conseguir, via Portugal, obrigar a Espanha a fazer a paz com a França.
Em vida de D. João IV se trataram destas negociações com actividade, chegando a vir a Lisboa o embaixador francês conde de Cominges. Mazarino, servindo-se do engodo da promessa deste casamento, trouxe Portugal iludido, abandonando-o depois, assinando a paz com a Espanha e o contrato do casamento do rei com a infanta espanhola D. Maria Teresa de Áustria. Em 1661, sendo regente a rainha D. Luísa de Gusmão na menoridade de D. Afonso VI de Portugal, tratou-se novamente do casamento da infanta D. Catarina, sendo escolhido Carlos II da Inglaterra.

O contrato foi assinado por el-rei com todas as cerimónias legais da Inglaterra a 23 de Junho de 1661, e pelo embaixador Conde da Ponte e Marquês de Sande, Francisco de Melo e Torres, que regressou a Portugal, onde foi recebido com muita satisfação pela regente, e com muito desgosto da parte do povo, pela entrega de Tânger e Bombaim.
Em 28 de Abril de 1662 recebeu-se em Lisboa a notícia da realização do contrato, e pouco depois chegou a armada inglesa, que devia conduzir a seu bordo a nova rainha. O general comandante era Eduardo de Montaigne, Conde de Sandwich, revestido com o carácter de embaixador extraordinário. Ela partiu acompanhada do Marquês de Sande, do Conde de Pontével, Nuno da Cunha, Francisco Correia da Silva, e pessoas da corte. Antes de embarcar todos se dirigiram à Sé, onde se celebrou missa solene e Te-­Deum. Houve salvas da artilharia, repiques de sinos, pomposos ornatos nas ruas por onde passava o cortejo, o som das trombetas, charamela e outros instrumentos, tudo contribuía pare abrilhantar a festa do casamento real. Finalmente, a nova rainha entrou no bergantim real, adornado com magnificência, e navegou para bordo da nau capitania Grão-Carlos. Acompanharam as damas D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
 
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D. Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, diz-se que deixou, pelo menos, à Inglaterra, a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco.