Guerra civil e deposição de D. Sancho II
sexta-feira, fevereiro 16, 2024
El-Rei D. Afonso III morreu há 745 anos...
Guerra civil e deposição de D. Sancho II
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domingo, fevereiro 11, 2024
A Rainha Santa Isabel nasceu há 753 anos
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domingo, janeiro 07, 2024
Poema para um Rei...
(imagem daqui)
D. DINIS
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
9-2-1934
in Mensagem, Fernando Pessoa
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El-Rei D. Dinis morreu há 699 anos...
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.
in Diário XIV (1987) - Miguel Torga
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Hoje é dia de recordar um Rei poeta e músico...
Ai flores, ai flores do verde pino
Se sabedes novas do meu amigo?
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado?
Ai Deus, e u é?
Aquel que mentiu do que pôs conmigo?
Ai Deus, e u é?
Aquel que mentiu do que mi há jurado?
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é san'e vivo
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E eu bem vos digo que é viv'e sano
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E será vosco ant'o prazo saído
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
E será voscant'o prazo passado
Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
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quinta-feira, novembro 23, 2023
Afonso X de Castela e Leão nasceu há 802 anos
Bem sabia eu, mia senhor
(Cantiga de Amor)
Bem sabia eu, mia senhor,
que pois m'eu de vós partisse
que nunca veria sabor
de rem, pois vos eu nom visse,
porque vós sodes a melhor
dona de que nunca oísse
homem falar;
ca o vosso bom semelhar
sei que par
nunca lh'homem pod'achar.
E pois que o Deus assi quis,
que eu som tam alongado
de vós, mui bem seede fiz
que nunca eu sem cuidado
en viverei, ca já Paris
d'amor nom foi tam coitado
[e] nem Tristam;
nunca sofrerom tal afã,
nen'[o] ham
quantos som, nem seeram.
Que farei eu, pois que nom vir
o mui bom parecer vosso?
Ca o mal que vos foi ferir
aquel é [meu] x'est o vosso;
e por ende per rem partir
de vos muit'amar nom posso;
nen'[o] farei,
ante bem sei ca morrerei,
se nom hei
vós que sempre i amei.
Afonso X
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Música adequada à data...
Santa Maria, strela do dia
Santa Maria, strela do dia,
Mostra-nos via pera Deus e nos guia.
Ca veer faze-los errados
Que perder foran per pecados
Entender de que mui culpados
Son; mais per ti son perdõados
Da ousadia
Que lles fazia
Fazer folia
Mais que non deveria.
Santa Maria, strela do dia,
Mostra-nos via pera Deus e nos guia.
Amostrar-nos deves carreira
Por gãar en toda maneira
A sen par luz e verdadeira
Que tu dar-nos podes senlleira;
Ca Deus a ti a Outorgaria
E a querria Por ti dar e daria.
Santa Maria, strela do dia,
Mostra-nos via pera Deus e nos guia.
Guiar ben nos pod'o teu siso
Mais ca ren pera Parayso
U Deus ten senpre goy'e riso
Pora quen en el creer quiso;
E prazer-m-ia Se te prazia
Que foss'a mia Alm'en tal compannia.
Santa Maria, strela do dia,
Mostra-nos via pera Deus e nos guia.
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segunda-feira, outubro 09, 2023
Poesia para recordar o Poeta a quem chamamos Rei-Lavrador...
(imagem daqui)
D. DINIS
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
9-2-1934
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
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Para recordar um grande Rei, nada melhor do que uma cantiga de amigo...
O que vos nunca cuidei a dizer
O que vos nunca cuidei a dizer,
com gram coita, senhor, vo-lo direi,
porque me vejo já por vós morrer;
ca sabedes que nunca vos falei
de como me matava voss'amor;
ca sabe Deus bem que doutra senhor,
que eu nom havia, mi vos chamei.
E tod[o] aquesto mi fez fazer
o mui gram medo que eu de vós hei
e des i por vos dar a entender
que por outra morria - de que hei,
bem sabedes, mui pequeno pavor;
e des oimais, fremosa mia senhor,
se me matardes, bem vo-lo busquei.
E creede que haverei prazer
de me matardes, pois eu certo sei
que esso pouco que hei de viver
que nẽum prazer nunca veerei;
e porque sõo desto sabedor,
se mi quiserdes dar morte, senhor,
por gram mercee vo-lo [eu] terrei.
D. Dinis
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El-Rei D. Dinis nasceu há 762 anos
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.
in Diário XIV (1987) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 00:07 0 bocas
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terça-feira, setembro 12, 2023
Música para recordar os portugueses de Olivença...
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terça-feira, julho 04, 2023
A Rainha Santa Isabel morreu há 687 anos
Isabel de Aragão (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Yzabel; Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.
Casamento
- Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
- D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
Falecimento e legado
Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à trasladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da trasladação para Santa Clara-a-Nova.
No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz.
Atualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de julho). Alfredo Marceneiro dedicou-lhe o fado Rainha Santa, com letra de Henrique Rego.
O seu túmulo, bem como o Mosteiro Novo de Santa Clara (Santa Clara-a-Nova), está confiado à guarda da Confraria da Rainha Santa Isabel.
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segunda-feira, junho 26, 2023
A boda do casamento de D. Dinis com a Rainha Santa Isabel foi há 741 anos
Isabel viajou em direção ao Vale do Ebro pela antiga Via Augusta, depois Teruel, Daroca, Calatayud seguindo pelo corredor do vale do Rio Douro até Samora. Entrou em Portugal por Bragança, tendo sido a boda celebrada em Trancoso, a 26 de junho de 1282. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa). Os festejos prolongaram-se por vários dias, tendo os reis permanecido na cidade até finais de julho, altura em que se mudaram para a Guarda. Em finais de setembro encontravam-se em Viseu, entrando em Coimbra a 15 de outubro, para se estabelecerem no Paço Real da Alcáçova (hoje ocupado pelo Paço das Escolas da Universidade de Coimbra).
Do seu casamento com o El-Rei D. Dinis teve dois filhos:
- Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela;
- D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
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