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sábado, setembro 16, 2023

Notícia paleontológica interessante com erro grosseiro...

Pedra encontrada há 175 anos é afinal um ovo de dinossauro com 60 milhões de anos

   

   

Uma pedra descoberta há 175 anos revelou ser um ovo de dinossauro. Segundo o museu, uma ágata formou-se dentro de um ovo de dinossauro que foi produzido há 60 milhões de anos.

A pedra foi encontrada na Índia por Charles Fraser e chegou ao Museu de História Natural de Londres em 1883, de acordo com um comunicado de imprensa, citado pelo Interesting Engineering.

O curador Robin Hansen viu a ágata invulgarmente esférica na coleção. Mais tarde, levou-a aos peritos em dinossauros do museu, Paul Barrett, e Susannah Maidment, para um exame mais aprofundado.

Descobriram que as suas características assemelhavam-se a um ovo de dinossauro na forma, no tamanho e na textura. A equipa utilizou a tomografia computorizada para procurar detalhes mais precisos de forma a determinar se se tratava de um ovo.

Um exame minucioso revelou que o ovo pertencia a um titanossauro, que vagueou na Índia durante o período do Cretáceo. Os seus ovos eram pequenos e esse espécie colocava ninhadas de dezenas de ovos, em vez de um único. O ovo também assemelha-se a outros descobertos na China e na Argentina.

A equipa acredita que o ovo adquiriu o formato de uma ágata devido à atividade vulcânica na área.

Mas como é que entrou na coleção de mineralogia? Segundo a equipa, os ovos de dinossauro não eram reconhecidos cientificamente na altura e este pode ser o primeiro ovo conhecido.

“Este espécime é um exemplo perfeito da importância das coleções dos museus. Foi identificado e catalogado corretamente como uma ágata em 1883, utilizando os conhecimentos científicos disponíveis na altura. Só agora é que reconhecemos que este tem algo especial – a ágata encheu esta estrutura esférica, que se revela ser um ovo de dinossauro”, disse Robin na declaração.

 

in ZAP

 

NOTA: como pode um ovo de dinossáurio ter 60 M.a. se estes se extinguiram há 66 milhões de anos...?

terça-feira, agosto 30, 2022

Notícia paleontológica portuguesa...

 Descoberto fóssil de dinossauro em Portugal. Pode ser o maior da Europa

  

 

Uma das costelas do saurópode tem cerca de três metros de comprimento

Paleontólogos portugueses encontraram o esqueleto fossilizado do que pode ser o maior dinossauro da Europa, em Portugal.

Pensa-se que os restos são os de um saurópode, um dinossauro herbívoro de 12 metros de altura e 25 metros de comprimento que habitava a Terra há cerca de 150 milhões de anos, segundo a Phys Org.

“É uma das maiores espécies descobertas na Europa, talvez no mundo”, sublinhou Elisabete Malafaia, paleontóloga da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa à AFP, esta segunda-feira.

Os ossos foram descobertos por investigadores portugueses e espanhóis no jardim de uma casa perto de Pombal, no centro de Portugal, no início de agosto.

Entre os ossos recolhidos, encontraram os restos de uma costela de cerca de três metros de comprimento, acrescentou Malafaia.

 Os fósseis foram descobertas pela primeira vez em 2017, enquanto o proprietário da casa estava a fazer obras no jardim. Na altura, contactou paleontólogos que apenas desenterraram parte do fóssil do dinossauro no início deste mês e têm vindo a examiná-lo desde então.

Os saurópodes têm pescoços e caudas longos e encontram-se entre os maiores animais que alguma vez viveram. Pensa-se que os fósseis descobertos no Monte Agudo, em Pombal, são os de um braquiossauro que viveu durante o período do Jurássico Superior.

O facto de as vértebras e costelas terem sido encontradas no mesmo local e na posição em que teriam estado na anatomia do dinossauro é “relativamente raro“, explicou Malafaia. A equipa vai realizar mais escavações nos próximos meses.

“A investigação no sítio de Monte Agudo confirma que a região de Pombal tem um importante registo fóssil de vertebrados Jurássicos tardios, que nas últimas décadas proporcionaram a descoberta de materiais abundantes e muito significativos para o conhecimento das faunas continentais que habitavam a Península Ibérica há cerca de 145 milhões de anos”, conclui Elisabete Malafaia.

 

in ZAP (corrigido)

segunda-feira, junho 08, 2020

Notícia interessante sobre Paleontologia...

Estômago de dinossauro preservou a sua última refeição durante 110 milhões de anos

Borealopelta

Cientistas canadianos analisaram a última refeição de um anquilossauro nodossóide, com 110 milhões de anos, ainda na sua barriga fossilizada.
De acordo com o site Science Alert, este dinossauro herbívoro de 1300 quilos – Borealopelta markmitchelli – descoberto em 2011, poderá ter o estômago de dinossauro mais bem preservado já encontrado pela comunidade científica.
Depois de cinco anos de trabalho, investigadores conseguiram analisar a massa, do tamanho de uma bola de futebol, na sua barriga fossilizada, composta essencialmente por folhas mastigadas.
“Quando examinámos o conteúdo do estômago através de um microscópio, ficámos chocados por ver material vegetal tão bem preservado e concentrado”, declarou o biólogo David Greenwood, da Universidade de Brandon, no Canadá.
No total, a equipa encontrou 50 tipos de microfósseis de plantas, incluindo seis tipos de musgo ou hepáticas, uma grande variedade de fetos, vários tipos de coníferas e duas plantas com flores.
Pelo meio, os cientistas também encontraram gastrólitos – pedras deliberadamente ingeridas pelos animais para os ajudar a fazer a digestão de materiais mais duros – e, talvez o mais intrigante, vegetação queimada, que pode ter sido devorada por acidente ou de propósito.
“Há carvão considerável no estômago, a partir de fragmentos de plantas queimadas, que indica que o animal estava a procurar numa área recentemente queimada e que estava a tirar partido disso e dos fetos, que frequentemente emergem nestas circunstâncias. Esta adaptação à ecologia do fogo é informação nova para nós”, explica Greenwood.
Os investigadores têm quase a certeza de que o dinossauro morreu logo após a sua última refeição, mas se esta é, ou não, indicativa do que outros dinossauros herbívoros do seu tempo comiam, é ainda uma incerteza.
O estudo foi publicado, esta quarta-feira, na revista científica Royal Society Open Science. O estômago fossilizado, por sua vez, encontra-se exposto, juntamente com o esqueleto do dinossauro, no Museu Royal Tyrrell, em Alberta.

domingo, agosto 26, 2012

Mais um dinossáurio descoberto na Europa

Paleontologia
Novo tipo de dinossauro descoberto em França

Fragmento de osso fossilizado encontrado em Velaux

Escavações foram realizadas em diferentes momentos

Durante anos, os paleontólogos mantiveram a máxima discrição. Mas agora a sua descoberta é pública: a de um novo tipo de dinossauro, da família dos titanossauros. Trata-se de um animal herbívoro, com cerca de 12 metros de comprimento, que viveu na Terra há 75 milhões de anos. 

Escavações realizadas no município francês de Velaux, perto de Aix-en-Provence, em três operações – em 2002, 2009 e 2012 – permitiram recuperar a maior parte dos restos deste animal de dentes cilíndricos, baptizado de Atsinganosaurus velauciensis, que em latim quer dizer qualquer coisa como "dinossauro cigano".

“Recuperámos 70% do esqueleto do animal, mas não o crânio, infelizmente. Penso que vamos conseguir fazer uma reconstituição fiel”, disse à AFP Géraldine Garcia, especialista da Universidade de Poitiers, que esteve envolvida nas escavações, juntamente com o Instituto Real de Ciências Naturais de Bruxelas.

Os trabalhos, realizados numa área de 300 metros quadrados, foram mantidos sob reserva durante anos, para evitar pilhagens. No mesmo local, foram encontrados outros fósseis do Cretácico superior, há 75 milhões de anos. No sítio paleontológico de Velaux surgiram também um crânio de crocodilo, carapaças de tartarugas e ossos de outros dinossauros.

sexta-feira, abril 15, 2011

Notícia curiosa sobre dinossáurios

Estudo publicado pela revista "Science"
Alguns dinossauros tinham visão nocturna

Pormenor da cavidade ocular do dinossauro Protocerátopo, activo de noite e de dia

Algumas espécies de dinossauros e de outros répteis que viveram há milhões de anos eram capazes de ver no escuro e, por isso, conseguiriam estar activos durante a noite, revela um estudo publicado hoje na revista “Science”.

Lars Schmitz e Ryosuke Motani, da Universidade da Califórnia, em Davis, mediram e compararam as cavidades oculares de 164 espécies de hoje com os fósseis de 33 espécies de dinossauros, de antepassados de aves e pterossauros, que viveram há entre 250 e 65 milhões de anos.

Depois da análise dos dados, sobre os mecanismos de sensibilidade à luz daqueles animais, os investigadores concluíram que entre as 33 espécies havia todos os tipos de actividade, incluindo a nocturna. Até agora presumia-se que os dinossauros só estavam activos durante o dia, enquanto os mamíferos estavam activos durante a noite.

“Foi uma surpresa, mas faz sentido”, comentou Motani, geólogo, à agência norte-americana National Science Foundation.

Os resultados sugerem que os dinossauros carnívoros caçavam de noite e que os grandes dinossauros herbívoros estavam activos de noite e de dia, provavelmente para conseguir responder às suas exigentes necessidades alimentares, excepto nas horas de maior calor. Motani notou que os elefantes hoje têm o mesmo padrão de actividade. Já entre os animais voadores, como os pterossauros, a visão era especialmente diurna.

Os investigadores não conseguiram estudar os grandes carnívoros, como o Tyrannosaurus rex, porque não existem fósseis suficientemente bem preservados das suas cavidades oculares.

quinta-feira, março 17, 2011

Finalmente um dinossáurio angolano

Fóssil pertencia a um saurópode primitivo
Primeiro dinossauro de Angola recebe o apelido Adamastor

África poderá ter servido de refúgio a este grupo de dinossauros

Em latim, o seu nome científico quer dizer Titã de Angola, a que se juntou o apelido Adamastor, numa referência à figura mitológica de Os Lusíadas, que representava os perigos que os portugueses enfrentaram nas viagens de descoberta pela costa africana. O Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro encontrado em Angola, e até agora único, é hoje descrito numa revista científica brasileira como sendo de um género e uma espécie novos para a ciência.

Tinha 13 metros de comprimento e era um herbívoro quadrúpede, ou saurópode, como dizem os paleontólogos. Viveu há 90 milhões de anos, no Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente de hoje. África e a América do Sul já se tinham separado e entre as duas estava a nascer o Atlântico Sul, embora pouco desenvolvido. A Antárctida encontrava-se ainda colada ao continente africano.

A 25 de Maio de 2005, o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e do Centro de Estudos Geológicos da Universidade Nova de Lisboa, andava sozinho em prospecção de fósseis pelas arribas do Ambriz, na província de Bengo, 70 quilómetros a norte de Luanda. E foi assim que localizou ossos do dinossauro - embora estivesse em Angola numa expedição com o norte-americano Louis Jacobs, paleontólogo da Universidade Metodista do Sul, no Texas. Era o início do Projecto PaleoAngola, que pretende descobrir, estudar e mostrar fósseis de vertebrados, envolvendo cientistas portugueses, angolanos, norte-americanos, entre outros.

Naquela expedição, Octávio Mateus e Louis Jacobs visitavam locais identificados com fósseis, nos anos 60, pelo paleontólogo Miguel Telles Antunes. A guerra naquela antiga colónia portuguesa interrompeu os seus trabalhos e depois os geólogos angolanos centraram as atenções nos diamantes e no petróleo. Ainda no mês da descoberta, e depois no ano seguinte, a equipa retirou das arribas vários ossos do dinossauro, todos de uma pata dianteira. Parte encontra-se agora na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e outra parte no Museu da Lourinhã, até que seja feito um molde.

Hoje, a equipa, que inclui Telles Antunes, da Academia de Ciências de Lisboa, além de cientistas angolanos, entre outros, publica a descrição do animal na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Há 90 milhões de anos, a região angolana onde se encontrou o dinossauro era árida. Apesar disso, o Angolatitan adamastor adaptou-se a essas condições, tal como acontece actualmente com os elefantes.

Do ponto de vista evolutivo, era já uma relíquia, explica Octávio Mateus. "Era relativamente primitivo." Encontrava-se num ramo tão baixo da árvore evolutiva dos dinossauros que era o único representante desse ramo no Cretácico Superior. "Isto mostra que, de alguma forma, África serviu como refúgio a este grupo de dinossauros."


terça-feira, dezembro 21, 2010

"Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para principiantes" em livro

O Museu da Lourinhã lançou o livro "Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para principiantes" de autoria de Simão Mateus.

 

A notícia do Jornal Alvorada:
Simão Mateus lançou livro que responde às interrogações da juventude: 
 “Espero que aprendam um pouco mais sobre dinossauros”

“Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para Principiantes” é o nome do primeiro livro lançado pelo Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL) da autoria do lourinhanense Simão Mateus.

A sessão de lançamento teve lugar no passado dia 25 de Novembro, no Auditório Dr. Afonso Rodrigues Pereira, na Lourinhã, perante a presença de familiares, amigos, professores, crianças e jovens do concelho.

Editado pelo Museu da Lourinhã, os textos foram revistos por vários professores do ensino básico para adaptar os conteúdos aos currículos programáticos e teve revisão científica do irmão do autor, o paleontólogo Octávio Mateus. “É um livro que surgiu de muitas das questões que me são colocadas durante as visitas guiadas ao museu”, referiu na sessão Simão Mateus.

Ao escrever este livro, pensou nos alunos com quem está diariamente e que de vez em quando “precisam de uns auxiliares de memória com a informação condensada, simples e fácil de ler e, de preferência, que seja divertido”.

Além disso, a publicação condensa meio manual do programa escolar do 7º ano. “Tratam-se de histórias giras com desenhos que já tenho feito há algum tempo e decidi fazer uma espécie de caderno de campo”, referiu o jovem escritor. E deixou um apelo: “espero que aprendam um pouco mais sobre os dinossauros e a paleontologia de uma forma leve e simples”.

O presidente da direcção do GEAL expressou na ocasião que se trata de “um assunto que nos interessa e que é importante para todos nós e que se fez livro”. Sendo esta a primeira edição publicada pelo GEAL, “esperemos que venham mais e que pelo menos tenham qualidade tão boa como esta”.

Também presente na sessão de apresentação, a professora de História, Élia Morais referiu que o livro é um conjunto de respostas a muitas questões que foram sendo colocadas por muitas crianças e jovens que, do país inteiro, partem para visitar o museu. “É interessante ver como o Simão Mateus sentiu esta necessidade de colocar por escrito num espaço muito agradável de divulgação respostas a essas perguntas”, referiu a docente. “Isto torna-se particularmente importante para as crianças e jovens do concelho porque todos sabemos que a Lourinhã é conhecida como Capital dos Dinossauros e esta designação suscita uma grande responsabilidade para quem nasceu ou vive aqui”.

A publicação é editada como um caderno de caligrafia e “é uma espécie de alfabetização paleontológica das crianças e dos jovens e conhecer a paleontologia da Lourinhã é deveras importante”, referiu Élia Morais. Este conhecimento proporciona “a construção de uma relação de pertença com o património”.

Por último, usou da palavra o vereador, José António Tomé, que referiu que o lançamento deste livro é, para a Lourinhã, “um motivo de orgulho porque foi feito por alguém que é de cá e que tem dedicado praticamente a sua vida a estas temáticas dos dinossauros”.

Por outro lado, sublinhou que a publicação “é um excelente recurso que permite às escolas do concelho a possibilidade de fazer um trabalho mais profundo com os alunos sobre a paleontologia”, vindo colmatar uma falha cultural.

Porque é que a Lourinhã é considerada a Capital dos Dinossauros ou porque foi dado o nome de “Lourinhanosaurus antunesi” a um dos dinossauros descobertos pelos paleontólogos do museu, são algumas das perguntas a que o livro dá resposta.

As explicações que se encontram nas 32 páginas, numa linguagem acessível, são acompanhadas por ilustrações infantis e científicas, dando aos leitores a imagem de cada um dos dinossauros descobertos no nosso concelho.

“Dinossauros da Lourinhã e Paleontologia para Principiantes” está à venda por cinco euros no Museu da Lourinhã.


in Lusodinos - post de Octávio Mateus

sábado, outubro 30, 2010

Um dinossáurio muito católico

Mármore veio da Suíça
Itália: Fóssil de dinossauro encontrado em catedral


Restos do dinossauro ficaram 'impressos' no mármore

Um paleontólogo encontrou o fóssil do crânio de um dinossauro no mármore da escadaria do altar da Catedral de Santo Ambrósio, na cidade italiana de Vigevano.

Em declarações ao site Discovery News, o paleontólogo Andrea Tintori, da Universidade de Milão, responsável pela descoberta, disse que o fóssil "mostra claramente o crânio, as cavidades nasais e numerosos dentes".

Na igreja, construída entre 1532 e 1660, foi utilizado mármore proveniente de uma região da Suíça onde têm sido encontrados muitos fósseis.

Segundo Andrea Tintori, o dinossauro ainda não identificado deverá ter vivido no Baixo Jurássico, há cerca de 190 milhões de anos.

in CM - ler notícia

quinta-feira, setembro 09, 2010

Mas um dinossáurio ibérico

Paleontologia
Dinossauro carnívoro com bossa descoberto em Espanha

O terápoda tinha seis metros de comprimento

Um dinossauro carnívoro foi descoberto em Los Hayos, na região da Cuenca em Espanha. O réptil viveu há cerca de 125 milhões de anos num clima mais tropical e tinha uma estranha bossa óssea perto da cauda.


Os investigadores espanhóis deram o nome de Concavenator corcovatus à nova espécie, que significa “comedor de carne de Cuenca com uma bossa”. O artigo onde a espécie foi descrita foi publicado agora na revista Nature.

O réptil faz parte dos terápoda. "São um grupo muito importante de dinossauros porque dentro deste grupo estão as aves”, explicou Jose Sanz, da Universidade Autónoma de Madrid. “Este mundo não seria o mesmo sem as aves, as aves são mesmo uma espécie de dinossauros terápodes com asas, capazes de voar”, explicou o autor do estudo, citado pela BBC News.

O dinossauro tinha seis metros de comprimento e viveu no início do Cretácico, o último período onde os répteis terríveis existiram, entre há 146 e 65 milhões de anos. Caçava, mas também podia rapinar carne de animais já mortos.

O esqueleto do Concavenator corcovatus é um enigma. As ossadas mostram que por cima do ílio, onde os ossos das pernas contactam com a coluna vertebral, existia uma bossa. Esta estrutura poderia servir para a regulação do calor, para exibição como uma crista de galo ou para armazenamento de energia. Mas os cientistas não têm nenhuma certeza.

Outro mistério é os cinco espinhos que o dinossauro tinha em cada antebraço que podem estar relacionados com as penas nas aves. “Parecem exactamente como as inserções que as aves têm nas penas grandes utilizadas para voo”, disse à Nature Michael Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

A equipa defende que estas estruturas podem depois ter evoluído para a inserção das penas que conhecemos nas aves de hoje. “Vamos ter que olhar para mais dinossauros como sendo animais mais parecidos com aves”, disse Francisco Ortega, primeiro autor do estudo.



NOTA: os geólogos usam, em português, o termo terópode e não o citado terápode...

quinta-feira, março 04, 2010

Paleontologia no Público

Cientistas descobrem os familiares mais antigos dos dinossauros

Uma equipa de paleontólogos norte-americanos descobriu na Tanzânia os fósseis de criaturas próximas dos dinossauros que viviam na Terra dez milhões de anos mais cedo do que os dinossauros mais velhos até então conhecidos, segundo um estudo publicado hoje na revista “Nature”.

Reconstituição do "Asilisaurus kongwe", no que seria o seu habitat (Marlene Hill Donnelly/Field Museum)


A nova espécie chama-se Asilisaurus kongwe, viveu há 240 milhões de anos e media pouco mais de um metro de altura. Até agora pensava-se que os dinossauros mais antigos tinham 230 milhões de anos. Pertence ao género Silesaurus, um grupo com características muito semelhantes aos dinossauros.

A equipa, liderada por Sterling Nesbitt, afirma que os Silesaurus e os dinossauros conviveram durante parte do Período Triásico (há 250 e 200 milhões de anos).

Os paleontólogos descobriram fósseis de 14 indivíduos no Sul da Tanzânia, o que lhes permitiu reconstruir um esqueleto quase completo. Ficaram a faltar apenas pequenas partes da cabeça e da pata. Este quadrúpede pesava entre dez e 30 quilos.

A existência deste animal que se alimentava, provavelmente, de carne e de plantas é um indicador da riqueza da fauna antes de os dinossauros dominarem o planeta.

“Esta descoberta permite-nos pensar que os dinossauros eram apenas um dos grandes grupos de animais cuja diversidade explodiu durante o Triásico”, comentou Nesbitt, da Universidade do Texas, em Austin.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Etimologia dos dinossauros portugueses

Do Blog GeoLeiria publicamos o seguinte post, de autoria do Doutor Octávio Mateus:

Etimologia (origem e significado do nome) dos dinossauros portugueses:



Allosaurus europaeus: Largarto diferente, europeu
Alocodon kuehnei: Dente com ranhuras; dedicado a Kühne
Apatosaurus: lagarto enganador
Archaeopteryx: Asa primitiva
Aviatyrannis jurassica: Do latim, Avia = avó; tyrannis forma do genitivo tyrannus, tirano; jurassica refere a idade
Ceratosaurus: Lagarto de cornos
Compsognathus: Mandíbula elegante
Dacentrurus armatus: Cauda de muitos espinhos, armada
Dinheirosaurus lourinhanensis: Lagarto de [Praia de Porto] Dinheiro, Lourinhã
Draconyx loureiroi: Dragão de garras; [dedicado a João de] Loureiro
Dracopelta zbyszewskii: Dragão com escudo; [dedicado a Georges] Zbyszewski
Euronychodon portucalensis: "Paronychodon" europeu, português
Hypsilophodon: Dente de Hypsilophus
Iguanodon: Dente de Iguana
Lourinhanosaurus antunesi: Lagarto da Lourinhã [antiga Lourinhan]; dedicado a [Miguel Telles] Antunes
Lourinhasaurus alenquerensis: Lagarto da Lourinhã, e de Alenquer
Lusitanosaurus liasicus: Lagarto lusitano, do Liásico [Jurássico Inferior]
Lusotitan atalaiensis: Titã lusitano, da Atalaia [Lourinhã]
Miragaia longicollum: Miragaia [aldeia do concelho da Lourinhã, onde foi descoberto], mas também significa "bela Gaia" [deusa da Terra], de pescoço longo.
Paronychodon: Dente quase em forma de garra
Phyllodon henkeli: Dente como folha; dedicado a [Siegfried] Henkel
Pleurocoelus: pleuro= lateral, costela + coelus = abertura, orifício, buraco
Stegosaurus: telhas + lagarto
Taveirosaurus costai: Lagarto de Taveiro; dedicado a [J. Carrington da] Costa
Torvosaurus tanneri: Lagarto selvagem, [dedicado a] Tanner.
Trimucrodon cuneatus: Dente de três pontas, triangular

Notícia sobre dinossáurio

O animal tinha apenas três metros de comprimento
Havia um tiranossauro em miniatura na China
17.09.2009 - 22h01 Teresa Firmino

O paleontólogo Paul Sereno e o novo tiranossauro, o Raptorex

Um tiranossauro que se preze tem de ter um tamanho considerável, um crânio grande e patas dianteiras pequeninas. Certo? Errado. A descoberta de um fóssil na China, com 125 milhões de anos, veio mostrar que havia tiranossauros em miniatura muito tempo antes de ter aparecido o membro mais famoso desde grupo, o Tyrannosaurus rex, ou simplesmente T-rex.Itálico
O Raptorex kriegsteini é apresentado hoje ao mundo, num artigo publicado on-line na revista “Science”. A história da sua descoberta é um pouco obscura. Sabe-se que um coleccionador privado de fósseis, de nome Henry Kriegstein, comprou o Raptorex quase completo a um vendedor de fósseis e que o foi mostrar ao paleontólogo norte-americano Paul Sereno, da Universidade de Chicago.

A equipa de Sereno examinou-o com todo o cuidado, e concluiu estar perante um género e espécies novos para a ciência. O mais curioso é que determinadas características morfológicas que o T-rex viria a apresentar, há 90 milhões de anos, já existiam no esqueleto do Raptorex, há 125 milhões de anos. É como estar a olhar para um T-rex em ponto pequeno, que se ficava pelos três metros de comprimento. E não era bebé; era um jovem adulto, que teria cinco ou seis anos na altura da sua morte.

Todas as características necessárias à predação já estavam presentes no esqueleto: um crânio enorme, com dentes potentes; patas dianteiras pequenas; e patas traseiras bem musculadas, como faz jeito a qualquer bicho que tenha de correr atrás das suas presas. Portanto, estas características não foram surgindo à medida que os tiranossauros foram aumentando de tamanho, até se chegar aos 12 metros do T-rex.

“Isto é bastante surpreendente, porque não me lembro de nenhum outro exemplo de um animal que tenha sido tão bem desenhado com 100 vezes menos a massa que viria a ter”, diz Paul Sereno, citado num comunicado da sua universidade.

“Fizemos a melhor preparação possível do exemplar. Depois, fizemos moldes dos ossos do crânio, que montámos e enviámos para fazer uma TAC no hospital da Universidade de Chicago”, acrescenta Sereno. “Finalmente, cortei uma pequena secção de um osso do fémur, para ser examinada ao microscópio, o que permitiu determinar que o indivíduo viveu até aos cinco ou seis anos.”

Quando a equipa do paleontólogo terminar os estudos, o fóssil do tiranossauro regressará à China. Irá para um museu na Mongólia Interior, onde foi escavado de forma ilegal.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes?


Informação recebida do Museu Nacional de Historia Natural, Lisboa:

Inaugura amanhã dia 6, pelas 18 horas, no Museu Nacional de História Natural, na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa, a exposição "Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes?"

Nesta exposição o visitante poderá ver numerosos fósseis autênticos de ossos de dinossáurios encontrados em Portugal no decurso de escavações efectuadas ou lideradas pelo Museu Nacional de História Natural. Estarão também expostas 16 réplicas de esqueletos ou crânios de diferentes espécies de dinossáurios, painéis informativos, fotografias e ilustrações científicas, assim como um dispositivo interactivo e jogos muito simples.

A exposição mostra não só fósseis e objectos mas também metodologia científica, resultados e perguntas para a investigação futura, que continua.

Todos os meses, na primeira sexta feira, pelas 21 horas, mediante marcação prévia, realizar-se-ão visitas guiadas para grupos organizados.

A inauguração contará com a presença do Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior José Mariano Gago e do reitor da Universidade Lisboa, António Nóvoa.

sábado, janeiro 03, 2009

Se fosse em Portugal dava para fazer uma reunião plenária de deputados


Em Shandong
Cientistas chineses dizem ter encontrado a maior colecção de fósseis de dinossauros
01.01.2009 - 17h48 PÚBLICO

Uma equipa de investigadores da Academia chinesa das Ciências acredita ter encontrado a “Cidade dos Dinossauros”, ou seja, a maior colecção de fósseis destes animais. Desde Março foram descobertos 7600 ossos na província chinesa de Shandong.

Segundo a BBC online, a maioria dos ossos data do final do Cretáceo, período durante o qual os dinossauros se extinguiram, e os cientistas esperam conseguir compreender por que razão os dinossauros desapareceram da Terra.

Desde os anos 60 do século passado que Zhucheng, em Shandong, é considerada a “Cidade dos Dinossauros” devido às importantes descobertas aí realizadas. Mas os cientistas acreditam que um novo local encontrado no início de 2008, durante trabalhos de exploração mineira, é ainda mais importante. Tanto mais que, apenas de um único local de escavação com escassas centenas de metros foram desenterrados três mil ossos.

“Este grupo de dinossauros fossilizados é actualmente o maior alguma vez encontrado no mundo... em termos de área”, comentou Zhao Xijin, paleontólogo responsável pelas escavações, citado pela BBC online. A informação detalhada sobre a descoberta só será publicada em revistas científicas no final deste ano.

Segundo a BBC, as autoridades de Shandong estão a pensar criar ali um parque dedicado à paleontologia.

in Público on-line - ler notícia

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Workshop de Paleontologia de Vertebrados e de Dinossauros (Univ. Lusófona)


WORKSHOP DE PALEONTOLOGIA DE DINOSSAUROS E DE VERTEBRADOS

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Formador: Doutor Octávio Mateus, omateus@fct.unl.pt

Datas e Duração: Entre de 15 a 30 de Janeiro de 2008.


Objectivos para os formandos:
  • Desenvolver espírito crítico e promoção de debate científico
  • Compreender os princípios básicos do método científico e dominar as regras de elaboração de um artigo científico
  • Compreender e relacionar conceitos básicos sobre evolução e paleontologia de vertebrados
  • Revelar conhecimentos sobre os temas e sub-temas propostos
  • Desenvolver um artigo de investigação e apresentação pública
  • Praticar prospecção e recolha de fósseis

Temas das aulas
  • 15 e 16 de Janeiro: 1ª a 2ª Aula (teórica): Noções básicas de paleontologia, geologia e biologia. Metodologia e princípios da Ciência. Preparação de artigos científicos. Metodologia do estudo dos dinossauros. Anatomia. Sistemática.
  • 17 e 18 de Janeiro: Aulas práticas - Visita ao Museu da Lourinhã e jazidas (Autocarro Lusófona ou transporte próprio - dependendo do número de inscritos)
  • 22 de Janeiro: Estudo dos dinossauros I - diversidade, classificação. Estudo dos dinossauros II - biologia, ecologia e icnologia.
  • 30 de Janeiro: Teste e apresentação de trabalhos. Esta aula é, em parte, dada pelos formandos.

Recursos: Textos, links de Internet, vídeos e artigos científicos (em Português e Inglês).

Actividades de avaliação: Teste de escolha múltipla (50%) e trabalho de investigação de duas páginas (são dadas sugestões de temas) (50%).

Habilitações mínimas: 12º ano de escolaridade e domínio médio de língua inglesa.

Número mínimo de alunos: 6 alunos
.

Preço: 53,00 €. Pagamento com o responsável Bruno Galrito ou por transferência bancária (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência ao Workshop.

Inscrições: Documento comprovativo de pagamento e/ou dados pessoais (nome, B.I. ou Nº aluno) para o e-mail biocelcursosaidas@gmail.com, até data limite de inscrição.
Inscrição até dia 9 de Janeiro (sexta-feira)

Bibliografia sugerida:
ver em http://lusodinos.blogspot.com/2008/01/livros-de-paleontologia.html


Bruno Galrito

BioC.E.L - Bio Conselho de Estudantes da Lusófona
Morada: Associação Académica Lusófona, Av. do Campo Grande, nº 376 1749 - 024 Lisboa
E-mail: biolusofona@gmail.com
Blog: http://biocel-lusofona.blogspot.com


Fonte: Doutor Octávio Mateus - Blog Lusodinos

quarta-feira, outubro 01, 2008

Notícia sobre dinossáurios no Público

Bípede carnívoro vivia na Argentina
Descoberto dinossauro com sistema respiratório parecido com o das aves
30.09.2008 - 16h10 Nicolau Ferreira

A representação do dinossauro, mostra o interior do animal

Ossos-de-ar-do-rio-Colorado não parece um nome muito ameaçador para uma nova espécie de dinossauro predador. Mas o nome, a tradução do latim Aerosteon riocoloradensis, funciona perfeitamente para o mais recente elo entre os “lagartos terríveis” do Mesozóico e as aves.

As ossadas do novo dinossauro foram encontradas no rio Colorado na província de Mendoza, na Argentina. “Este dinossauro fornece como mais nenhum as evidências directas dos pulmões que estão na origem da respiração das aves”, explica Ricardo Martinez da Universidade do Nacional de San Juan, na Argentina e co-autor do estudo publicado na revista científica "Public Library of Science One” (PLoS One).

Os fósseis do dinossauro foram estudados durante anos e revelaram a existência de sacos aéreos dentro da cavidade corporal do Aeroston. Os ossos têm bolsas e uma textura de esponja que provam que eram invadidos pelos sacos, o que permitia que o ar percorresse o interior das estruturas ósseas como acontece nas aves, que têm os chamados ossos pneumáticos.

Os cientistas acham que estes dinossauros tinham um sistema respiratório parecido com os das aves, em que os sacos aéreos bombeavam o ar para os pulmões. No resto dos vertebrados, os pulmões expandem-se e contraem-se para manter o fluxo de ar.

Segundo as datações, o Aerosteon viveu durante o período Cretácico, há 85 milhões de anos, 20 milhões de anos antes de os dinossauros desaparecerem. Apesar de ser um carnívoro bípede, os investigadores explicam que esta espécie é de uma linhagem diferente dos carnívoros que viveram na mesma altura. “O Aerosteon (...) representa uma linhagem que sobreviveu isoladamente na América do Sul. O seu primo mais próximo na América do Norte, é o Alossauro, que se extinguiu milhões de anos antes e foi substituído pelo Tiranossauro”, diz Paul Sereno o primeiro autor do artigo, que é da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.

A espécie media 10 metros de comprimento, pesava o mesmo que um elefante grande e, segundo os cientistas, tinha penas. O sistema respiratório e os ossos ocos por onde corre o ar aumentam a eficiência respiratória e tornam as aves mais leves ajudando no voo, mas qual é a necessidade deste sistema no Aerosteon?

Paul Sereno aponta que os sacos aéreos do dinossauro estão em locais pouco comuns. “Eles vêm desde a parte superior do corpo até às costelas da barriga. Parece que o animal tinha um sistema de tubos de ar por baixo da pele”, disse. A equipa tem três explicações para isto, o sistema tornava os pulmões mais eficientes, poderia reduzir o peso da massa do corpo do bípede ou o sistema de ossos ocos ajudava a libertar o excesso de calor do corpo.

Actualmente, a maioria dos paleontólogos acredita que as aves evoluíram a partir de dinossauros carnívoros pequenos com penas - as primeiras aves que se conhece são muito parecidas com estes dinossauros.


in Público - ler notícia

NOTA: foi ao ler o Blog Dino-Geológico que deparei com a notícia - os nossos parabéns à amiga Ana Rola por manter activo este Blog de Ciência...!