Mostrar mensagens com a etiqueta Dinossáurios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dinossáurios. Mostrar todas as mensagens

domingo, março 31, 2024

Mais um estudo sobre o KTB...

Nova cápsula do tempo geológica explica a extinção dos dinossauros

 

 

Está cada vez mais claro – apenas metaforicamente falando – que foi a ausência de luz, devido às poeiras resultantes do asteroide caído no Golfo do México, há 66 milhões de anos, que provocou a extinção dos dinossauros.

Um estudo publicado recentemente, na Nature Geoscience, sugere que as partículas finas de poeira na atmosfera contribuíram significativamente para a extinção dos dinossauros, há aproximadamente 66 milhões de anos.

A teoria vulgarmente conhecida e aceite diz que um asteroide Chicxulub atingiu a Terra perto da costa do México, causando catástrofes massivas e exterminando três quartos da vida na Terra. No entanto, os detalhes de como esse fenómeno ocorreu têm sido, desde sempre, objeto de debate.

Os investigadores analisaram agora uma “cápsula do tempo” geológica que indica que o impacto do asteroide levou a uma nuvem de poeira fina que bloqueou a luz solar, arrefeceu a Terra e desorganizou a cadeia alimentar.

Teorias anteriores desconsideravam a poeira fina como um fator contribuinte, devido à falta de evidências em amostras de rochas.

 

Planeta às escuras

O estudo mais recente utilizou 40 amostras de sedimento de um depósito com 1,3 metros de profundidade em Tanis, Dakota do Norte (EUA) – aproximadamente a 3.000 quilómetros a norte da cratera do asteroide Chicxulub.

Os cientistas encontraram uma maior composição de poeira fina de silicato, do que se pensava anteriormente, e concluíram que aquela poeira fina foi “a partícula mais letal” libertada durante a colisão do asteroide.

O estudo mostrou que os altos níveis de poeira atmosférica poderão ter resultado em quase dois anos de escuridão global, inviabilizando a fotossíntese e fazendo colapsar a cadeia alimentar.

“Descobrimos que a escuridão global e a perda prolongada da atividade fotossintética do planeta ocorrem apenas no cenário de poeira de silicato, até quase 1,7 anos (620 dias) após o impacto”, escreveram os investigadores, citados pela Science Alert.

Animais e plantas não adaptados a tais condições terão sido extintas, enquanto as espécies com dietas e habitats flexíveis terão tido mais hipótese de sobreviver.

De acordo com a equipa de investigação, a poeira poderá ter permanecido no ar até 15 anos, levando ainda a uma queda nas temperaturas globais de 15°C.

 

in ZAP

quarta-feira, março 27, 2024

Mais novidades sobre os dinossáurios...

Unexpected Revelation in Evolution: Fossil Feathers Show Muscle Imprints on Dinosaur, Uncovered by Laser Imaging

 The study analysed more than 1,000 foѕѕіlѕ of flying feathered dinosaurs.

 

image

Laser-stimulated fluorescence (LSF) image of the early Cretaceous beaked bird Confuciusornis, showing large shoulders that powered the wing upstroke

 

Palaeontologists have previously determined that flying dinosaurs – ancestors of today’s birds – must have used shoulder muscles to рoweг their wings’ upstrokes, and сһeѕt muscles to рoweг downstrokes. However, this was based only on existing bony fossil eⱱіdeпсe and comparison with living flying creatures.

Now, Chinese University of Hong Kong (CUHK) research has finally confirmed this by finding elusive soft tissues. The findings, which include the earliest soft anatomy profiles of flying dinosaurs, are published in ргoсeedіпɡѕ of the National Academy of Sciences (PNAS).

The study analysed more than 1,000 foѕѕіɩѕ of flying feathered dinosaurs that lived in the late Jurassic and early Cretaceous periods, found in north-eastern China.

 

image

 

Using a Laser-Stimulated Fluorescence (LSF) technique, the researchers targeted the shoulder and сһeѕt regions of the fossilised animals to study preserved soft tissue fɩіɡһt anatomy. Combining this data with ѕkeɩetаɩ reconstructions, the team validated the understanding of how the first birds took fɩіɡһt as paravian dinosaurs.

“We have a good understanding of how living birds fly, but we know much less about how early fossil birds and their closest relatives flew since their soft tissues are rarely preserved,” says lead author Michael Pittman, an assistant professor at CUHK. “By using LSF imaging, my team can now see these elusive soft tissues that were only suggested previously by fossil bones.”

“The LSF data validated the ancestral fɩіɡһt condition of flying dinosaurs, where shoulder muscles powered the wing upstroke and сһeѕt muscles powered the wing downstroke, moving the field closer to accurately reconstructing early fɩіɡһt capability,” Pittman adds.

Also included in the study was an early beaked bird, Confuciusornis which lived 125 million years ago. With their reconstruction, the scientists could tell that this ancient bird had a weakly-constructed сһeѕt and ѕtгoпɡ shoulders.

 

image

 

“Our Confuciusornis reconstruction indicates the earliest eⱱіdeпсe of upstroke-enhanced fɩіɡһt, which is very exciting,” says joint-corresponding author Professor Xiaoli Wang from Linyi University in China’s Shandong Province.

Some early flying birds and dinosaurs are mіѕѕіпɡ a breastbone, or sternum. This ѕtгапɡe quirk of evolution has been a mystery in palaeontology.

“We used our LSF data to propose that a more weakly constructed сһeѕt in early birds like Anchiornis was behind their ɩасk of a breast bone,” says co-author Thomas G. Kaye from the Foundation for Scientific Advancement in Arizona. “They didn’t use their сһeѕt muscles enough for the sternum to be needed, so it was loѕt.”

 

image

 

Many of the specimens displayed at the Shandong Tianyu Museum of Nature in Shandong Province. The museum is world-famous for its collection of feathered dinosaurs.

Museum Director and co-author Professor Xiaoting Zheng adds: “We are delighted that the team used data from more than 1,000 of our specimens to produce further ѕіɡпіfісапt advances in the study of flying dinosaurs. We look forward to sharing more exciting discoveries in the future.”

Scientists from Beijing’s Capital Normal University found 10 of the tiny insects in well-preserved downy feathers that — Jurassic Park-style — were trapped in plant resin some 100 million years ago.

While paleontologists had ѕᴜѕрeсted that parasites preyed on feathered dinosaurs in the Mesozoic eга, they had not been able to рɩᴜɡ an obvious gap in the fossil record.

Such small bugs are unlikely to create their own foѕѕіɩѕ, and when they do, they’re hard to ѕрot.

The Beijing team had looked through some 1,000 pieces of amber over a period of roughly five years. They noticed the lice in only two of the samples.

 

image

 

The insects, roughly twice the width of a human hair, are somewhat different from today’s lice, with less sophisticated mouthparts.

“They look a Ьіt weігd, but they definitely have louse-y features,” Allen told Science.

It’s thought that the lice probably didn’t Ьіte their һoѕt’s skin and so wouldn’t have itched, but dаmаɡe to feathers could have bothered the dinosaurs.

“Now we know that feathered dinosaurs not only had feathers, they also had parasites - and they most likely had wауѕ they tried to ɡet rid of them,” Allen said.

 

in 2000 Daily

terça-feira, março 19, 2024

Mais um dinossáurio português...

Identificada nova espécie de dinossauro na Lourinhã

 

A nova espécie chama-se ‘Hesperonyx martinhotomasorum’, juntando os nomes 'martinho' e 'tomas', em homenagem a Micael Martinho e Carla Tomás, os preparadores de fósseis do Museu da Lourinhã.

 


 

Paleontólogos identificaram na Lourinhã uma nova espécie de dinossauro, que percorria o local há 150 milhões de anos, era herbívoro, bípede e relativamente pequeno, anunciou esta segunda-feira em comunicado o Museu da Lourinhã, que colaborou nas investigações.

A nova espécie, designada Hesperonyx martinhotomasorum, foi identificada a partir de vestígios de uma pata quase completa e semi-articulada descobertos durante escavações feitas em 2021 na formação geológica da Lourinhã, no afloramento rochoso da praia de Porto Dinheiro.

O resultado do trabalho, feito por paleontólogos das Universidades Nova de Lisboa, de Saragoça (Espanha) e Bona (Alemanha), em colaboração com o Museu da Lourinhã e a Sociedade de História Natural de Torres Vedras, é divulgado esta segunda-feira na edição digital da publicação da especialidade Journal of Vertebrate Paleontology.

A nova espécie tem na sua designação os nomes 'martinho' e 'tomas', em homenagem a Micael Martinho e Carla Tomás, os preparadores de fósseis do Museu da Lourinhã, onde os restos da pata do Hesperonyx martinhotomasorum estão expostos ao público.

Segundo os investigadores, o novo dinossauro, pelas suas características, era bastante raro no período geológico do Jurássico na Europa.

 

 in SIC Notícias

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Mais uma notícia sobre a Guerra dos Ossos...

As Guerras dos Ossos: a rivalidade mais acesa e ridícula da ciência

 

 

Othniel Charles Marsh (esquerda) e Edward Drinker Cope (direita)

 

Os paleontólogos Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh marcaram a ciência com as suas incríveis descobertas, mas também com a sua rivalidade intensa.

No final do século XIX, os Estados Unidos foram palco de uma rivalidade histórica entre dois paleontólogos, Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh, num episódio conhecido como “Bone Wars” (Guerras dos Ossos).

Embora a competição tenha resultado na descoberta de mais de 100 espécies de dinossauros, incluindo o Stegosaurus, Brontosaurus e Triceratops, as táticas sujas usadas pelos cientistas acabaram por manchar as suas reputações e legados.  

Cope e Marsh conheceram-se nos anos 1860, enquanto estudavam Paleontologia na Alemanha, e inicialmente mantinham uma amizade aparentemente cordial. No entanto, o relacionamento azedou quando ambos regressaram aos EUA e começaram a competir na descoberta de fósseis. Marsh chegou ao ponto de subornar o dono de uma pedreira que Cope lhe havia mostrado, para que lhe fossem enviadas futuras descobertas de fósseis, explica o IFLScience.

A situação agravou-se ainda mais quando Cope cometeu um erro de anatomia num estudo sobre um réptil marinho extinto, o Elasmosaurus platyurus. Depois de Marsh apontar o erro, a inimizade entre os dois tornou-se irreversível.

A expansão da ferrovia transcontinental deu a ambos uma enorme oportunidade para avançar nos seus trabalhos. Em 1877, a descoberta de fósseis bem preservados em Como Bluff, perto da cidade de Medicine Bow, Wyoming, tornou-se o epicentro desta rivalidade. Ambos enviaram equipas de escavação, que ficaram acampadas muito perto umas das outras, resultando em episódios de lutas físicas, espionagem e acusações mútuas de sabotagem e invasão de propriedade.

Se alguém pode ser apontado como o “vencedor” deste conflito, seria Marsh. Enquanto Cope enfrentou dificuldades financeiras, investindo em minas de prata que se revelaram um fracasso, Marsh foi nomeado Paleontólogo Chefe de vertebrados do US Geological Survey.

Contudo, ambos os cientistas morreram empobrecidos e sozinhos, deixando um legado ambíguo. As suas descobertas contribuíram significativamente para o campo da paleontologia, mas o seu comportamento infantil e antiético manchou a reputação da própria ciência que ambos procuravam avançar.

Esta história serve como um lembrete de que a ciência, apesar da sua promessa de objetividade e racionalidade, é realizada por seres humanos falíveis, repletos de ego, inseguranças e preconceitos. Ser um grande cientista não significa necessariamente ser uma grande pessoa.

 

in ZAP

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Um fóssil de tiranossauro bem preservado mostrou a sua última refeição...!

Ancient Revelation: 75-Million-Year-Old Tyrannosaur Fossil Unveils First-Ever Preserved Stomach Contents, Offering Glimpse Into Prehistoric Diet

 

  

Alberta’s Royal Tyrrell Museum of Palaeontology says stomach contents have been found preserved inside a fossilized tyrannosaur.

In 2009, when palaeontologists at the museum found a fossil рokіпɡ oᴜt of the ground in the Badlands of Dinosaur Provincial Park, they didn’t know the significance of their discovery.

It took technicians years to painstakingly remove bits of rock from the fossilized bones.

 

 

Darla Zelenitsky, an associate professor in dinosaur palaeobiology at the University of Calgary, says the dinosaur turned oᴜt to be a well-preserved juvenile Gorgosaurus libratus.

“The specimen itself is about 75.3 million years old,” she said. “And it wasn’t until they brought it back to the museum to clean it up that they had found that there were ргeу items preserved inside the stomach.”

While technicians were cleaning the specimen, they noticed small toe bones рokіпɡ oᴜt of the rib cage from the animal’s gut. Zelenitsky says the сһаɩɩeпɡe was to determine what those bones belonged to.

“We were able to take bones from the drawers of the museum and directly compare them to figure oᴜt exactly what ѕрeсіeѕ this dinosaur was,” she said. “It turned oᴜt to be a small bird-like dinosaur called Citipes (elegans), and it’s actually two individuals that are preserved in the stomach of this tyrannosaur.”

 

 

Francois Therrien, the curator of dinosaur palaeoecology at the museum, says it’s a one-in-a-billion find.

Young Gorgosaurus ѕkeɩetoпѕ are extremely гагe because the bones are fгаɡіɩe and are rarely preserved and fossilized.

“To preserve stomach contents, you really need a ᴜпіqᴜe sequence of events. First, your specimen needs to have eаteп something just before it dіed, because we know these animals digested their food really, really fast,” he said.

“Then, it had to be Ьᴜгіed under sediment really quickly, because otherwise scavengers will come and eаt the сагсаѕѕ.”

  

 

Curator of Dinosaur Palaeoecology at the Royal Tyrrell Museum Dr. Francois Therrien, right, and University of Calgary assistant professor Dr. Darla Zelenitsky ѕtапd next to a young specimen of a dinosaur called Gorgosaurus libratus in an undated handout photo. (THE CANADIAN ргeѕѕ/Royal Tyrrell Museum of Palaeontology)Therrien says this dinosaur ate just the meaty legs of two Citipes, and those foѕѕіɩѕ are гагe in themselves.

“It’s only known from a һапdfᴜɩ of feet,” he said. “Now we have entire legs so those are actually the most complete ѕkeɩetoпѕ of Citipes ever discovered, because they were ѕwаɩɩowed by a Tyrannosaur.”

  

 

The findings and subsequent study conducted by an international team lead by Therrien and Zelenitsky are published in the journal Science Advances.

“We knew right away this was a very ᴜпᴜѕᴜаɩ and ᴜпіqᴜe find,” said Zelenitsky. “So to me, it’s a huge deal, it’s a once in a career type of a fossil.”

The discovery is telling palaeontologists more about the lifecycle of Gorgosaurus that lived in Dinosaur Provincial Park earlier and in a much different ecosystem from Tyrannosaurus rex.

“The oldest known Tyrannosaur in terms of biological age is 21 or 22-years-old, and they were preying on mega herbivores,” said Zelenitsky. “So large horned dinosaurs and dᴜсk-billed dinosaurs and we know that from tooth dаmаɡed bone (on foѕѕіɩѕ of their ргeу).

 

 

Therrien says the juveniles from five to ten-years-old fed on much different animals, and because of that, young tyrannosaurs were capable of occupying different ecological niches tһгoᴜɡһoᴜt their lives and that was likely the key to their success as top ргedаtoгѕ.

“Their һᴜпtіпɡ ѕtгаteɡу is actually totally different from that we see in adults,” he said. “They went for the meatiest parts, they рᴜɩɩed oᴜt the drum ѕtісkѕ and then basically they ate the legs and left the rest of the сагсаѕѕ oᴜt. Whereas, adults are more like indiscriminate feeders, they’ll just eаt anything, crunched bones and swallow everything whole, so we see that they are really different feeding strategies.”

“What we have now is the first solid eⱱіdeпсe that tyrannosaurs actually changed their diet through growth,” said Zelenitzky. “From this size of a juvenile which is 350 kilograms to the adults which were 2,000 or more so it’s a really exciting find.”

The specimen will remain behind closed doors in the technical working area of the museum and continue to be studied to determine more about the Gorgosaurus and Citipes foѕѕіɩѕ and may eventually be put on display in the public gallery.

 

in 2000 Daily

segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Novo record paleontológico...

Descoberto dinossauro com o maior pescoço de sempre. Era seis vezes maior que o das girafas

 

 

O pescoço do Mamenchisaurus sinocanadorum media cerca de 15,1 metros, sendo o maior alguma vez encontrado em qualquer animal.

Um novo estudo publicado na Journal of Systematic Palaeontology relata a descoberta de um dinossauro com um pescoço de 15,1 metros, o maior alguma vez registado em qualquer animal.

As análises das vértebras de um saurópode do final do período Jurássico descobriram que o seu pescoço era ainda maior do que se pensava, já que o estudo original, feito após a sua descoberta, em 1987, em Xinjiang, na China, apontava para entre 10 e 11 metros de comprimento, sem dar um número concreto.

Apenas alguns ossos do Mamenchisaurus sinocanadorum, incluindo algumas vértebras e uma costela, foram preservados no exemplar analisado. Para chegarem a este número, os cientistas não se limitaram a analisar as ossadas, já que também tiveram em conta as ligações evolutivas com exemplares semelhantes e mais completos, relata a New Scientist.

Para fazerem a estimativa, os autores compararam as proporções relativas das vértebras do M. sinocanadorum com dinossauros relacionados dos quais temos fósseis do pescoço inteiro. Com 15,1 metros de comprimento, o pescoço do M. sinocanadorum era seis vezes maior do que os das girafas.

Os cientistas tentaram ainda descobrir como é que o dinossauro poderia ter suportado o peso de um pescoço tão longo. Ao colocar as vértebras restantes num scanner de tomografia axial computadorizada (TAC), concluíram que entre 69% e 77% das vértebras eram espaços vazios.

“Achamos que ter um pescoço tão longo foi possível, não apenas tornando os ossos leves, substituindo a medula por ar, mas também limitando potencialmente a mobilidade do pescoço, tornando-o mais recetivo a ser bombeado com ar”, explica Andrew Moore, autor principal do estudo.

As costelas cervicais, que se interligam abaixo do pescoço, também ajudaram a sustentar o pescoço, acreditam os investigadores.

 

in ZAP

quarta-feira, fevereiro 07, 2024

Mais icnofósseis de dinossáurios - os mais antigos do país foram encontrados em Alvaiázere...!

Descobertas em Portugal as mais antigas pegadas de dinossauros da Península Ibérica

 

Foram identificadas 17 pegadas durante os trabalhos de campo realizados em julho de 2022


Pegadas de dinossauros com 195 milhões de anos foram descobertas em Alvaiázere, no distrito de Leiria, sendo as mais antigas da Península Ibérica, segundo estudo publicado na revista científica Historical Biology. Carlos Neto de Carvalho, investigador do Instituto Dom Luiz (IDL), é um dos autores do trabalho.

A equipa de investigadores portugueses identificou um conjunto de pegadas de dinossauros associadas a crocodilomorfos com cerca de 195 milhões de anos. As pegadas representam os vestígios mais antigos da presença destes animais na Península Ibérica. A descoberta permitiu ainda identificar uma nova espécie, Moyenisauropus lusitanicus, que ampliou o conhecimento acerca da diversidade de dinossáurios e outros vertebrados conhecida no registo fóssil do Jurássico Inferior europeu e mundial.

 

pegadas

Fotografia e modelação 3D dos holótipos das pegadas utilizadas para definir a nova icnoespécie (fonte CPGP)

 

Estes registos antecipam em cerca de 25 milhões de anos a mais antiga ocorrência de dinossáurios conhecida até hoje na Península Ibérica - as pegadas de dinossauros saurópodes da Pedreira do Galinha têm cerca de 170 milhões de anos.

O registo fóssil de Jurássico Inferior na Península Ibérica é escasso, constituindo-se assim este trabalho como um importante contributo para a o conhecimento sobre os dinossauros deste período a nível internacional e para a reconstituição paleogeográfica e paleobiológica do Sinemuriano de Portugal.

As primeiras pegadas foram descobertas em 2006 por João Forte, um dos coautores do estudo. Neste estudo, realizado em 2022, foram descritas de forma detalhada 17 pegadas identificadas durante os trabalhos de campo realizados em julho de 2022. As pegadas de dinossauros apresentam algumas afinidades com outras do mesmo período descritas na Polónia e na África do Sul, embora com algumas diferenças, que permitiram a classificação desta nova espécie.

 O estudo foi liderado pelo paleontólogo Silvério Figueiredo, professor do Instituto Politécnico de Tomar e presidente do Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP). Contou com a participação de Carlos Neto de Carvalho, investigador do IDL Ciências ULisboa; Pedro Cunha e Luís Duarte, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Universidade de Coimbra; Alexandre Fonseca, do CPGP; Cláudio Monteiro, da CAA-Portugal; e João Forte, da Al-Baiaz - Associação de Defesa do Património.

 

in Ciências - ULisboa

sábado, fevereiro 03, 2024

Gideon Mantell nasceu há 234 anos

  
Gideon Algernon Mantell (Lewes, 3 de fevereiro de 1790 - Londres, 10 de novembro de 1852) foi um ginecologista, geólogo e paleontólogobritânico. As suas tentativas de reconstruir a estrutura e vida do Iguanodon iniciaram o estudo científico dos dinossauros. Em 1822, foi responsável pela descoberta (e eventual identificação) do primeiro dente fóssil, e mais tarde a maioria do esqueleto, do Iguanodon

 


lustração de Mantell dos dentes fósseis do Iguanodonte

 

 

sexta-feira, janeiro 26, 2024

O famoso naturalista e explorador Roy Chapman Andrews nasceu há cento e quarenta anos


Roy Chapman Andrews (Beloit, Wisconsin, 26 de janeiro de 1884Carmel, Califórnia, 11 de março de 1960) foi um naturalista, zoólogo, cientista, explorador e escritor dos Estados Unidos da América.

Fez uma viagem de exploração no Alasca, em 1908, em 1911-1912 explorou o norte da Coreia. Especializou-se no estudo das baleias e outros animais aquáticos, mas foi a descoberta dos primeiros ovos e fósseis de dinossáurios na Ásia que lhe trouxeram maior fama. 

  


Obras
  • Across Mongolian Plains (Atravessando as Planícies da Mongólia), 1921
  • On the Trail of Ancient Man (Nas Pegadas do Homem Primitivo), 1926
  • The New Conquest of Central Asia (A Nova Conquista da Ásia Central), 1932
  • This Business of Exploring (Este Comércio da Exploração), 1935

 

sexta-feira, janeiro 12, 2024

Descoberto em Portugal um novo saurópode

Nova espécie de dinossauro descoberta no cabo Espichel

 

O paleontólogo Silvério Figueiredo

      

Foram descobertos novos fósseis de dinossauros perto do cabo Espichel. Um deles pensa-se que é uma nova espécie de dinossauro saurópode.

Novos fósseis de dinossauros herbívoros foram descobertos a cerca de dois quilómetros a norte do cabo Espichel.

Entre os fósseis encontrados, inclui-se um que poderá ser de uma nova espécie de dinossauro saurópode, informou o Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP), esta sexta-feira.

Num comunicado, a instituição explica que foi encontrado um conjunto de fósseis de dinossauros saurópodes, datados do Cretácico Inferior – cerca de 129 milhões de anos atrás – em diferentes camadas na base de uma formação geológica.

Os restos pertencem a diferentes indivíduos de dinossauros saurópodes e a maioria deles ao grupo do titanossauros, que era muito diversificado durante o Cretácico.

Os saurópodes foram gigantescos dinossauros de pescoço e cauda compridos. Um estudo de maio, publicado na Current Biology, relata como foi a evolução dos saurópodes – os maiores animais terrestres a alguma vez existir na Terra.

Em 2019, Paleontólogos portugueses e espanhóis também tinham descoberto uma nova espécie de dinossauro saurópode, na Lourinhã.

O CPGP destaca no comunicado de hoje o achado de “duas vértebras em conexão anatómica de um pequeno indivíduo”, que poderão “pertencer a uma nova espécie destes dinossauros, um novo dinossauro de dimensões pequenas, comparadas com os seus parentes gigantescos”.

Os dinossauros terão vivido nas proximidades de um ambiente de litoral (lagunar), frequentado por diferentes espécies de vertebrados (crocodilos, pterossauros, tartarugas e outros dinossauros), que usavam a região como habitat ou zona de passagem entre área de alimentação, considera o CPGP no comunicado.

Os resultados agora divulgados resultam do trabalho de uma equipa de paleontólogos e geólogos portugueses e brasileiros, liderada pelo paleontólogo Silvério Figueiredo.

 

in ZAP

 

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Achado interessante de icnofósseis de dinossáurios no Alasca...

 “Foi uma loucura”. Cientistas encontraram um Coliseu de Dinossauros

 

 

Uma equipa de investigadores da Universidade de Alaska Fairbanks descobriu no Parque e Reserva Nacional Denali o que é o maior trilho de pegadas de dinossauro no Alasca - a que deram o sugestivo nome de “O Coliseu”.

A descoberta, que abrange uma área comparável a um campo e meio de futebol, dá uma perspetiva panorâmico das diversas espécies de dinossauros que habitaram o interior do Alasca há cerca de 70 milhões de anos.

A equipa apresentou detalhadamente a sua descoberta num artigo recentemente publicado revista Historical Biology.

À primeira vista, “O Coliseu” parecia ser apenas uma elevação rochosa nos vastos terrenos do parque.

No entanto, ao pôr-do-sol, a equipa observou uma impressionante variedade de pegadas de dinossauro. “O ângulo do sol iluminou as pegadas, deixando-nos maravilhados”, conta Dustin Stewart, corresponding author do artigo.

Durante o período Cretáceo Superior, “O Coliseu” era uma camada sedimentar em terreno plano, provavelmente junto a um ponto de água de uma vasta planície aluvial.

As placas tectónicas em movimento transformaram mais tarde este solo plano, inclinando-o verticalmente e revelando as falésias decoradas com pegadas de dinossauro.

Estas pegadas variam entre impressões em lama solidificada e moldes formados pelo preenchimento de sedimentos que posteriormente solidificaram.

Pat Druckenmiller, autor principal do artigo e diretor do Museu da Universidade do Alasca do Norte, descreveu a natureza excecional do sítio arqueológico.  “As pegadas são notavelmente expressivas, com detalhes dos dedos e até da textura da pele.”

Além disso, a equipa descobriu plantas fossilizadas, pólen e vestígios de invertebrados e moluscos de água doce antigos. “Isto traça um retrato abrangente do ambiente da época”, explica Stewart, citado pelo Sci Tech Daily.

Vista aérea
 
Pegada
 
 
Detalhe do trilho


De acordo com os autores do estudo, a região era um próspero sistema fluvial, salpicado de lagoas e lagos. O seu clima assemelhava-se ao do noroeste do Pacífico atual, com uma variedade de árvores decíduas e coníferas, complementadas por um sub-bosque de fetos e equisetos.

As pegadas sugerem a variedade de dinossauros, desde juvenis a adultos, que habitaram este local. Predominantemente, as pegadas pertenciam a dinossauros herbívoros de bico de pato e com chifres, mas também foram identificados vestígios de raptores, tiranossauros e pequenas aves aquáticas.

Druckenmiller explica o encanto atual do Parque Nacional Denali: “há 70 milhões de anos, Denali ostentava um ecossistema igualmente magnífico, repleto de dinossauros e outra fauna pré-histórica.”

O geólogo do parque Denali, Denny Capps, realça a importância de preservar estes tesouros fósseis. Enquanto os protege de roubo e dano, incentiva também os visitantes a explorá-los e apreciá-los no seu contexto natural.

A equipa de Druckenmiller vai agora continuar a estudar “O Coliseu” e outros sítios promissores. “Há uma infinidade de explorações à espera e estamos ansiosos para descobrir mais maravilhas pré-históricas“, concluiu.

 

in ZAP

quinta-feira, novembro 30, 2023

Notícia sobre descoberta paleontológica no Brasil

Pegadas de dinossauro no Brasil revelam nova espécie

  

As pegadas de um dinossauro aparentemente muito veloz tinham sido descobertas na cidade de Araraquara, no estado de São Paulo, Brasil. Agora foram estudadas.

 

 

Ilustração de pequeno dinossauro terópode no paleodeserto de Botucatu, no Brasil 

 

O Serviço Geológico do Brasil anunciou a descoberta de um novo dinossauro através do trilho deixado por um animal veloz que viveu no deserto durante o início do período do Cretácico. O início do período Cretáceo estendeu-se entre há 100 e 145 milhões de anos.

De acordo com os cientistas, o novo icnogénero e a nova nova icnoespécie, com a denominação Farlowichnus rapidus, era um animal carnívoro pequeno, com o tamanho aproximado de uma seriema atual, ou com cerca de 60 a 90 centímetros de altura. A descoberta foi publicada na revista científica Cretaceous Research.

“Pela grande distância entre as pegadas encontradas, é possível deduzir que se tratava de um réptil muito veloz que correu pelas dunas antigas”, revela o Serviço Geológico do Brasil em comunicado.

Estes trilhos fossilizados de dinossauros, como os cientistas lhes chamam, foram encontrados na década de 1980 pelo paleontólogo e padre italiano Giuseppe Leonardi naquela que é hoje a cidade Araraquara, no estado de São Paulo, Brasil. Giuseppe Leonardi doou uma amostra das pegadas, encontradas na formação geológica de Botucatu, um conjunto de rochas formado por um antigo deserto de dunas, ao Museu de Ciências da Terra do Brasil em 1984.

Estas pegadas, assinala agora Rafael Costa da Silva, paleontólogo do Museu de Ciências da Terra do Brasil e um dos autores do artigo científico, são diferentes das outras pegadas de dinossauros já conhecidas.

in Público

domingo, novembro 26, 2023

Notícia interessante sobre o dinossáurio saurópode Nigersaurus...

A vaca do Mesozoico - eis o dinossauro mais estranho do Mundo

 

 

Conceito artístico de um Nigersaurus

 

O Nigersaurus, um enigmático dinossauro saurópode que percorreu a Terra há cerca de 115 a 105 milhões de anos, fascina os cientistas e entusiastas de dinossauros desde a sua identificação oficial, em 1999, pelo paleontólogo americano Paul Sereno.

É o dinossauro mais bizarro de sempre. Originário da região de Gadoufaoua, no Níger, o Nigersaurus apresenta características únicas que lhe valeram o apelido de “Vaca do Mesozóico”.

Um dos aspetos mais impressionantes deste saurópode, nota o Interesting Engineering, é a sua estrutura dentária.

A criatura tinha um conjunto extraordinário de dentes - cerca de 500 no total - equipados na sua ampla e plana focinheira, que se assemelha a pás gigantes. Estes dentes estavam organizados em 60 fileiras nas mandíbulas superiores e 68 nas inferiores.

Tal como os tubarões, o dinossauro substituía constantemente os seus dentes desgastados ou perdidos, tornando-se um polifiodonte. Segundo um estudo publicado na PLOS em 2013, o Nigersaurus trocava de dentes a cada 14 dias.

Nos últimos anos, diversos estudos analisaram a anatomia da criatura, revelando que provavelmente pastava perto do solo, à semelhança das vacas.  Análises biomecânicas sugeriram que a cabeça e o focinho do dinossauro estavam orientadas 67° para baixo, otimizadas para o pasto ao nível do solo.

Com uma morfologia peculiar, o Nigersaurus tinha uma aparência mais próxima da de um bovino moderno do que da de um saurópode típico - o que lhe valeu a alcunha de “Vaca do Mesozoico”.

Com um peso estimado entre  2 e 4 toneladas (o peso aproximado de um elefante contemporâneo) e cerca de  9,1 metros de comprimento, o Nigersaurus tinha uma estrutura óssea delicada, incluindo um crânio com ossos com menos de 2 milímetros de espessura.

Apesar de ter sido descoberta na década de 1950 por paleontólogos franceses, devido à fragilidade dos seus restos esqueléticos a espécie só foi oficialmente reconhecida em 1999, depois de a equipa do paleontólogo norte-americano americano Paul Sereno ter conseguido reconstruir 80% do seu esqueleto.

O dinossauro foi designado Nigersaurus taqueti em referência ao Níger, país onde os primeiros fósseis foram encontrados, e em honra do paleontólogo francês Philippe Taquet.

O Nigersaurus vivia no que é agora parte do deserto do Saara, num ambiente perigoso onde coexistia com grandes terópodes como os temíveis Kryptops, Suchomimus e Eocarcharia, bem como criaturas semelhantes a crocodilos, como o Sarcosuchus.

Curiosamente, o dinossauro tinha um sentido do olfato pouco desenvolvido, mas possivelmente desfrutava de um campo de visão quase de 360 graus, uma característica crucial para detetar predadores.

 

 

O Nigersaurus continua a ser um enigma, particularmente devido à sua estrutura dentária única e à postura debatida. As suas características fascinantes, desde a sua bateria de dentes à sua delicada estrutura óssea, tornam-no um tema invulgar, mas cativante, no mundo da paleontologia.

 

in ZAP

sábado, novembro 18, 2023

O Calvin (e o Hobbes) surgiu há 38 anos

 
Calvin and Hobbes é uma série de tiras criada, escrita e ilustrada pelo autor norte-americano Bill Watterson e publicada em mais de 2.000 jornais do mundo inteiro, entre 18 de novembro de 1985 e 31 de dezembro de 1995, tendo ganho em 1986 e 1988 o Reuben Award, da Associação Nacional de Cartunistas dos Estados Unidos.
Calvin é um rapaz de seis anos de idade, cheio de personalidade, que tem como companheiro Hobbes, um tigre sábio e sardónico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de peluche. De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
Ao fim de dez anos de publicação, os fãs consideram Calvin & Hobbes uma obra prima, pela sua visão única do mundo, pela imaginação do protagonista e pelas situações insólitas que se estabelecem.
Watterson abandonou a criação que o tornou famoso em 1995, embora as tiras continuem em publicação em vários jornais, incluindo o português Correio da Manhã e o brasileiro O Estado de S. Paulo, primeiros jornais nos respetivos países a publicar a tira.
A última tira inédita foi publicada a 31 de dezembro de 1995.

 

domingo, setembro 17, 2023

No tempo dos dinossáurios havia mamíferos perigosos...

Há 125 milhões de anos um mamífero morreu a comer um dinossauro vivo

 

Ilustração do encontro entre o dinossauro e o mamífero predador

 

Um predador inesperado deixou um dinossauro em choque há 125 milhões de anos - e a descoberta do seu fóssil permite-nos recriar o épico momento.

O período Cretácico terá sido palco de épicas batalhas pela sobrevivência e uma nova descoberta de uma equipa de paleontólogos da Universidade Vocacional de Ciência e Tecnologia de Hainan, na China, leva a violenta ideia pré-histórica de “salve-se quem puder” a todo um novo nível.

Há 125 milhões de anos, um dinossauro teve um destino infeliz após ser o banquete de um predador inesperado. O encontro terá sido lendário e ficou mesmo registado num fóssil, segundo o Interesting Engineering.

Desafiando a crença comum de que os dinossauros eram os comandantes por ninguém desafiados na era mesozoica, o fóssil captura o momento em que um mamífero carnívoro devora um dinossauro herbívoro.

Mais especificamente, vê-se um Psittacosaurus, um dinossauro ceratopsiano do tamanho de um cão de porte grande, a servir de presa a Repenomamus, um dos maiores mamíferos da sua época, semelhante a um texugo.

“Os dois animais estão trancados em combate mortal, intimamente entrelaçados”, lê-se em comunicado de imprensa, em que o porta-voz do Museu da Natureza do Canadá deixou claro que esta “está entre as primeiras provas de comportamento predatório por um mamífero sobre um dinossauro.”

 

Fóssil mostra os esqueletos entrelaçados do Psittacosaurus e do Repenomamus, momentos antes da morte

 

A dupla fossilizada foi submetida a um exame mais detalhado que permitiu revelar o Psittacosaurus deitado de barriga para baixo, com os seus membros posteriores já afastados, posicionados nas laterais do tronco e dobrados.

Já o gigante texugo encontra-se curvado para o lado direito, em cima da presa, e a agarrar a mandíbula do dinossauro, enquanto morde as suas costelas e aguenta a perna traseira.

A ausência de marcas de dentes nos ossos do dinossauro e a posição entrelaçada em que os dois animais foram encontrados sugerem que o dinossauro não estava morto, mas sim a ser caçado pelo agressor, o Repenomamus. O dinossauro poderá ter colapsado em choque quando foi atacado, facilitando a tarefa do seu predador - ou não, uma vez que foram os dois mortos de seguida.

 

Adaptado e corrigido de ZAP

quinta-feira, agosto 10, 2023

Notícia interessante sobre paleontologia brasileira...

Encontrado o elo perdido que explica porque os dinossauros eram gigantes

 

Os Macrocollum itaquii tinham sacos ocos que permitiram o seu crescimento

 

O elo perdido entre os dinossauros mais antigos, cujo tamanho variava de alguns centímetros até três metros de comprimento, e os gigantes mais recentes, que podiam ser maiores do que dois autocarros, acaba de ser encontrado.

Num novo estudo, investigadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Brasil, apontam a evidência mais antiga do traço evolutivo que favoreceu o gigantismo dos dinossauros: um fóssil de Macrocollum itaquii.

Este dinossauro bípede é um sauropodomorfo, grupo ancestral de dinossauros quadrúpedes gigantes de pescoço longo.

A descoberta foi apresentada num artigo publicado em março na revista científica The Anatomical Record.

Enterrado há 225 milhões de anos no que hoje é o município de Agudo, no Rio Grande do Sul, o Macrocollum itaquii é o dinossauro com estruturas conhecidas como sacos aéreos mais antigo estudado até hoje.

Estes espaços ocos nos ossos, que ainda se encontram atualmente presentes nas aves, ajudavam os dinossauros a obter mais oxigénio, arrefecer melhor o corpo, suportar as duras condições do planeta na altura - e a tornar-se gigantes, como é o caso dos famosos Tyrannosaurus rex e Brachiosaurus.

“Os sacos aéreos tornavam os ossos menos densos, permitindo que os dinossauros pudessem superar os 30 metros de comprimento”, explica o paleontólogo Tito Aureliano, primeiro autor do estudo, realizado durante o seu doutoramento no Instituto de Geociências da Unicamp.

“O Macrocollum itaquii  foi o maior de seu tempo, com cerca de três metros de comprimento, e poucos milhões de anos antes os maiores dinossauros tinham cerca de um metro. Foram certamente os sacos aéreos do Macrocollum que lhe permitiram atingir tamanho”, completa.

“Este foi um dos primeiros dinossauros a pisar na Terra, no período Triássico. Essa adaptação possibilitou que crescessem e resistissem ao clima quer desse período quer dos posteriores, o Jurássico e o Cretácico”, explica Fresia Ricardi Branco, professora do IG-Unicamp e co-autora do estudo.

“Os sacos aéreos foram uma vantagem evolutiva sobre outros grupos, como os mamíferos, permitindo aos dinossauros diversificar-se mais rapidamente”, acrescenta a investigadora.

Num estudo anterior, a equipa de investigadores tinha mostrado que os fósseis mais antigos até agora encontrados não tinham evidências de sacos aéreos, o que sugere que esta característica evoluiu pelo menos três vezes de forma independente.

“É como se a evolução tivesse feito experiências diferentes até chegar a uma configuração definitiva, em que os sacos aéreos iam desde a região cervical até à cauda. Não foi um processo linear”, conclui Aureliano.

 

in Wikipédia

segunda-feira, julho 31, 2023

As coisas que se pode descobrir num restaurante chinês...

Pegadas de dinossauro com 100 milhões de anos descobertas em restaurante chinês

 

   

Pegadas fossilizadas de vários dinossauros foram encontradas num restaurante chinês, tendo já sido verificadas por uma equipa internacional.

 De acordo com o Anthony Romilio, investigador da Universidade de Queensland, a descoberta foi feita no ano passado, quando foram encontrados uma “dúzia de fossos regularmente espaçados no chão, no pátio exterior do Garden Restaurant, na província de Sichuan”.

“São pegadas fossilizadas de 50-60 centímetros de comprimento de um dinossauro saurópode de pescoço comprido, que viveu no período do Cretáceo, há cerca de 100 milhões de anos. Esta é uma descoberta realmente excitante porque mostra que importantes pegadas de dinossauros podem ser encontradas em lugares inesperados”, acrescentou.

De acordo com um estudo, publicado recentemente na Cretaceous Research, os “fossos” foram notados pela primeira vez na década de 1950, mas o proprietário na altura cobriu-os até ao nível do solo.

Os novos proprietários transformaram a propriedade num restaurante há cerca de três anos, segundo o professor Lida Xing, da Universidade Chinesa de Geociências, e os fossos foram novamente expostos.

Em “meados de 2022, um cliente observador indicou que poderiam ser algo mais do que simples buracos no chão. As pegadas passaram despercebidas durante tanto tempo, mas quando se sabe o que são, é difícil desvendá-las. A região não tem registo esquelético de dinossauros, pelo que estas pegadas fossilizadas fornecem informações inestimáveis sobre os tipos de dinossauros que viveram na área”.

Os dinossauros tinham cerca de 10 metros de comprimento, indicaram os investigadores.

“Comparámos o tamanho das pegadas com o esqueleto fóssil completo. Também sabemos que os dinossauros estavam a dar passos bastante curtos para um animal tão grande, com uma velocidade de caminhada de cerca de dois quilómetros por hora”, indicou Anthony Romilio.

“É uma prova do valor sermos curiosos sobre o nosso ambiente e prestarmos atenção ao mundo que nos rodeia. Para algumas pessoas sortudas as descobertas podem vir de lugares improváveis – mesmo quando se está a comer qualquer coisa”, disse ainda o investigador.

 

in ZAP

quinta-feira, julho 20, 2023

Richard Owen nasceu há 219 anos

    
Richard Owen (Lancaster, 20 de julho de 1804 - Londres, 18 de dezembro de 1892) foi um biólogo,  especialista em anatomia comparada e paleontólogo britânico. É considerado (depois de Charles Darwin) o segundo mais significativo naturalista da era vitoriana.
     
Sir Richard Owen ao lado do esqueleto de um Dinornis robustus (Moa)
     
Introduziu na Inglaterra a anatomia comparada, desenvolvida na França e Alemanha. Foi laureado com a Medalha Wollaston em 1838, com a Medalha Real em 1846, com a Medalha Copley em 1851 e com a Medalha Linneana em 1888. Owen foi o primeiro a sugerir o termo dinossauro (lagarto terrível) para indicar os repteis de ossos gigantes que encontrara no sul da Inglaterra.
    
       

quarta-feira, julho 05, 2023

Bill Watterson, o pai de Calvin & Hobbes, nasceu há 65 anos...!

  
William B. Watterson II, mais conhecido como Bill Watterson, (Washington, 5 de julho de 1958) é o autor da tira de jornal Calvin e Hobbes.
Watterson nasceu em Washington DC, mas mudou-se com a família para Changrin Falls, em Ohio, com seis anos de idade. Ele formou-se no Kenyon College em ciências políticas em 1980 e começou a trabalhar no Cincinnati Post como caricaturista, mas foi demitido em poucos meses. Calvin e Hobbes só foi publicado em 18 de novembro de 1985. Watterson retirou-se em 9 de novembro de 1995, dedicando-se desde então à pintura
        
 
in Wikipédia
 

 

sábado, maio 27, 2023

Numismática e Geologia...!

 


Moeda de cinco euros entra em circulação em Portugal a partir de junho
 
Uma moeda de cinco euros vai entrar em circulação em Portugal a partir do dia 1 de junho, anunciou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BP).

A moeda apenas poderá ser usada em Portugal e terá o nome de "Miragaia longicollum". Produzida em liga de cuproníquel, estará integrada na série "Dinossauros de Portugal".

No anverso (ou coroa) a moeda apresenta a imagem do fóssil de um dinossauro, o valor e o escudo nacional, além de inscrições onde se lê "Portugal" e "2023". No reverso (ou cara), é visível, novamente, o dinossauro e o nome científico da espécie que dá nome à moeda, um arvoredo e a representação do solo.

A distribuição será efetuada apenas por intermédio de "
instituições de crédito, das tesourarias do Banco de Portugal e das lojas da Imprensa Nacional", informa o BP. Serão emitidas apenas 30 mil moedas.  
  
in CM