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terça-feira, março 26, 2024

O Japão perdeu a Batalha de Iwo Jima há 79 anos

Memorial que recria a famosa imagem da tomada da ilha e o hastear da bandeira
   
A Batalha de Iwo Jima (Operação Detachment) foi travada entre os Estados Unidos e o Japão, entre 19 de fevereiro e 26 de março de 1945, durante a Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial. Como resultado da batalha, os EUA ganharam controle da ilha de Iwo Jima e os campos aéreos localizados nessa mesma ilha.
O combate foi intenso, em parte devido à preparação japonesa, e as tropas norte-americanas capturaram o ponto mais elevado da ilha, o Monte Suribachi, perdendo 6.812 homens. O motivo para a invasão de Iwo Jima era capturar os seus campos aéreos de modo a fornecer um local de aterragem e de reabastecimento para os bombardeiros norte-americanos no avanço para o Japão, enquanto também tornava possível a escolta dos bombardeiros por caças.
A imagem mais famosa desta batalha é o hastear da bandeira norte-americana pelos combatentes do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos no cume do Monte Suribachi.

  

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As forças Aliadas sofreram mais de 26.000 baixas, com mais de 7.000 mortos. Mais de um quarto das Medalhas de Honra que foram atribuídas a fuzileiros navais norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial foram dadas pela sua conduta em Iwo Jima.
A ilha de Iwo Jima foi declarada segura a 26 de março de 1945.
A marinha norte-americana atribuiu o nome de USS Iwo Jima a vários barcos.
O memorial da Corporação de Infantaria da Marinha dos Estados Unidos, nos arredores de Washington, homenageia todos os fuzileiros navais norte-americanos com uma estátua da famosa fotografia.
        

domingo, março 24, 2024

Os nazis perpetraram o Massacre das Fossas Ardeatinas há oitenta anos

Entrada para as Fossas Ardeatinas
     
Num certo dia, num combate durante a primavera de 1944, uma bomba da resistência italiana matou 33 soldados alemães e, por represália pelos alemães mortos, sob ordem do Führer, os militares alemães teriam que matar dez italianos por cada alemão morto, ou seja, 330 italianos seriam fuzilados como castigo da morte dos 33 soldados mortos. Passado vinte e quatro horas a Gestapo reuniu 335 pessoas para serem executadas, filas para a morte foram formadas e fossas foram abertas para abrigar os corpos, sendo as vitimas maioritariamente italianas, incluindo judeus, crianças e idosos. O massacre ocorreu sob o comando de Erich Priebke.

Priebke era capitão das SS quando, em 24 de março de 1944, ordenou o fuzilamento de 335 civis italianos, e participou do mesmo, como represália pelo ataque partigiano de via Rasella, onde morreram 33 militares alemães.

Em junho de 1944, Priebke foi capturado nos Alpes italianos pelo exército americano, quando confessou a sua participação no massacre e ficou detido por cerca de 20 meses numa série de campos de prisioneiros de guerra na Europa. Uma noite, Priebke decidiu fugir com mais dois cúmplices, e foi pelo arame farpado que eles conseguiram escapar do campo. Ele sabia que não podia ficar escondido por muito tempo, e que seria mais seguro imigrar com a família para outro país.

    
       

Erich Priebke (Hennigsdorf, Brandemburgo, 29 de julho de 1913Roma, 11 de outubro de 2013) foi um hauptsturmführer (capitão) da SS durante a Segunda Guerra Mundial. Viveu 20 meses no período final da guerra como prisioneiro de guerra, tendo escapado do campo pelos arames farpados e tomado o "caminho dos ratos" (ratline), uma rota europeia conhecida para fuga de nazis para a América do Sul, que passava por Nápoles. De lá embarcou num navio e foi se refugiar no interior da Argentina.

Viveu na Argentina com o seu nome verdadeiro e passaporte alemão. Cinquenta anos depois ele foi localizado por uma equipe da TV norte-americana da CBS, que confirmou a sua identidade e inclusive o entrevistou na saída de um colégio onde ministrava aulas. Preso pela polícia argentina depois de a notícia ter sido transmitida nos Estados Unidos, levou mais um ano e meio até a justiça argentina expatriá-lo para a Itália para julgamento por crimes de guerra na península itálica.

Recaía sobre ele a acusação de assassinato de 355 civis italianos (dez civis italianos para cada soldado alemão morto em um atentado da resistência italiana), no chamado Massacre das Fossas Ardeatinas em Roma, em 24 de março de 1944. Em 1996, foi condenado à prisão perpétua. Cumpriu prisão domiciliar pelas leis italianas, proibido de estar numa prisão pela sua idade avançada.

Morreu em 11 de outubro de 2013, aos cem anos de idade, em Roma, na Itália. O seu sepultamento e local do túmulo foi considerado secreto, após diversas cidades negarem acolher o corpo do ex-comandante da SS, temendo que o seu túmulo se convertesse num local de peregrinação para os neonazis.

sexta-feira, março 22, 2024

O Massacre de Khatyn foi há 81 anos...

    
O Massacre de Khatyn foi um extermínio em massa ocorrido na vila de Khatyn (bielorruso) ou Chatyń (russo), na província de Minsk, Bielorrúsia (então União Soviética), durante a II Guerra Mundial. Em 22 de março de 1943 a população local foi exterminada por homens de um batalhão auxiliar de colaboradores das tropas ocupantes nazis, o 118º Schutzmannschaft, formado um ano antes em Kiev na sua maioria com colaboradores ucranianos, desertores do exército russo e prisioneiros de guerra, juntamente com homens das Waffen-SS, integrantes da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS.
O massacre não foi um acidente isolado. Cerca de 5.300 pequenas localidades bielorrussas foram destruídas pelos nazis e vários dos seus habitantes executados pelos invasores. Na região de Vitebsk, 243 vilas foram queimadas por duas vezes, 83 três vezes e 22 vilas foram destruídas mais de três vezes. Na região de Minsk, 92 vilas foram queimadas duas vezes, 40 delas três vezes, nove quatro vezes e seis vilas cinco ou mais vezes. No total, cerca de dois milhões de civis foram executados na Bielorrússia durante os três anos de ocupação nazi, cerca de um quarto da população total do país.
  
O Massacre
Em 22 de março de 1943, um comboio militar alemão foi atacado por membros da resistência, perto da vila de Kozin, a cerca de 6 km de Khatyn. O ataque resultou na morte de quatro oficiais de polícia do 118º batalhão Schutzmannschaft, composto na sua maioria de desertores russos, ex-prisioneiros de guerra e colaboradores ucranianos, comandados pelo capitão Hans Woellke, morto no atentado. Woellke tinha sido campeão olímpico do lançamento do martelo nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Naquela tarde, reforçado por homens da 36ª Divisão Waffen Grenadier da SS, uma unidade composta na sua maioria de ex-criminosos recrutados para combate anti-guerrilha, o batalhão entrou em Khatyn e retirou todos os habitantes das suas casas, acordando-as com a ponta de rifles e colocando-os num grande barracão, que teve as suas portas trancadas, foi coberto com palha e incendiado. As pessoas aprisionadas do lado de dentro que tentavam escapar, forçando as portas, eram mortas a tiros de metralhadora. 140 pessoas, incluindo 75 crianças, foram assassinadas. A vila foi então saqueada e queimada até o chão. Apenas três crianças conseguiram escapar do cerco, escondendo-se nas redondezas. A mais jovem morta tinha apenas sete semanas de vida.
De entre os que foram aprisionados, Viktor Zhelobkovich, um menino de sete anos, conseguiu sobreviver ferido debaixo do corpo de sua mãe. Outro, Anton Baranovsky, de 12 anos, foi dado como morto por ter uma perna ferida e também escapou. O único adulto sobrevivente, Yuzif Kaminsky, queimado e ferido à bala, recobrou a consciência após os assassinos terem se retirado. Ele teria encontrado o seu filho no meio dos corpos, totalmente queimado e ferido, mas ainda vivo, e a criança morreu nos seus braços. Esse incidente foi depois reproduzido com uma estátua de ambos, no Memorial de Khatyn.
   
Julgamentos
No pós-guerra, os perpetradores do massacre foram identificados. O comandante do batalhão ucraniano, Vasyl Meleshko, foi julgado pelas autoridades soviéticas, condenado à morte e executado em 1975. O seu chefe-de-staff, outro ucraniano, Grigory Vassiura, foi julgado em Minsk, em 1986, e também condenado à morte. O caso e o julgamento do massacre de Khatin não teve um grande noticiário nos media local, devido ao receio dos soviéticos de provocar uma divisão na unidade entre os povos da Ucrânia e da Bielorrússia, então duas repúblicas da URSS.
   
Memorial
Durante o governo de Leonid Brejnev na União Soviética, uma enorme atenção foi dada a este episódio por parte das autoridades e da imprensa oficial, possivelmente com a intenção de desviar a atenção de outro massacre cujas evidências surgiam em outra região de nome similar, o Massacre de Katyn, na Polónia, quando milhares de soldados polacos prisioneiros foram executados pela NKVD soviética e que começava a tomar o noticiário internacional com as suas descobertas. 
Khatyn tornou-se um símbolo do genocídio da população civil durante as lutas entre guerrilheiros, tropas invasores e colaboradores. Em 1969 ele foi nomeado como memorial de guerra nacional da então República Socialista Soviética da Bielorrússia. Entre os símbolos mais conhecidos dentro do complexo do memorial, há um monumento com três bétulas e uma chama eterna no lugar de uma quarta, que representa um tributo a um em cada quatro bielorrussos que morreram durante a II Guerra. Há também uma estátua de Yuzif Kaminsky carregando o seu filho morto e uma grande parede com nichos que representam as vítimas dos campos de concentração, os maiores deles representando os com mais de 20 mil vítimas. Sinos tocam a cada 30 segundos, para lembrar a taxa de tempo em que cada vida de um bielorrusso foi perdida no período de tempo da guerra.
Entre os líderes mundiais que já visitaram o Memorial, encontram-se Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos, Fidel Castro de Cuba, Rajiv Gandhi ex-primeiro-ministro da Índia, Yasser Arafat e Jiang Zemin, ex-presidente da China.
  

sexta-feira, março 01, 2024

Saudades das big bands...

Glenn Miller nasceu há cento e vinte anos...


Alton Glenn Miller (Clarinda, 1 de março de 1904 - Canal da Mancha, 15 de dezembro de 1944) foi um músico de jazz dos Estados Unidos e bandleader na era do swing. Ele foi um dos artistas com mais vendas entre 1939 e 1942, liderando uma das mais famosas big bands.
  
Biografia
Após ter estudado na Universidade de Colorado, em 1926 Miller transformara-se num trombonista profissional na banda de Ben Pollack. Por volta de 1930, já era um reconhecido músico independente de Nova Iorque. Mais tarde transformou-se num organizador de orquestras ligeira masculinas, sobretudo a dos irmãos Dorsey, iniciada em 1934, e a de Ray Noble, organizada em 1935. Depois de ter tentado infrutiferamente formar a sua própria orquestra em 1937, acabou por o conseguir no ano seguinte e, em finais de 1939, era já um famoso director de orquestra ligeira. Ingressou no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-lhe sido dado o posto de capitão, sendo promovido mais tarde a major e a director da banda da Força Aérea do Exército dos Estados Unidos na Europa. Ao voar de Inglaterra para Paris, desapareceu, não tendo os corpos nem os destroços dos ocupantes do avião em que viajava sido alguma vez avistados ou recuperados.
Os triunfos de Miller nos salões de dança basearam-se em orquestrações doces, executadas meticulosamente. O som do trombone de Miller, imediatamente reconhecível e muito copiado, baseava-se em princípios musicais muito simples, como foram todos os seus grandes sucessos, incluindo a sua própria composição, "Moonlight Serenade", que nasceu de um exercício que tinha escrito para Joseph Schillinger. Os seus dois filmes realizados em Hollywood, Sun Valley Serenade, de 1941, e Orchestra Wives, do ano seguinte, não deixaram de contribuir para aumentar a sua reputação, mas o factor mais importante para a continuação do seu reconhecimento foi a saída, em 1953, do filme biográfico, um pouco aligeirado, The Glenn Miller Story.
Alguns críticos afirmam que o contributo do jazz para a música da sua orquestra foi insignificante, mas outros consideram que o seu som representa o paradigma da música popular do seu tempo.
 
     
in Wikipédia
 

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Os norte-americanos colocaram a sua bandeira no Monte Suribachi há 79 anos

Raising the Flag on Iwo Jima, por Joe Rosenthal - The Associated Press
     
Raising the Flag on Iwo Jima é uma fotografia histórica, tirada em 23 de fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Ela mostra cinco fuzileiros navais americanos e um paramédico da Marinha dos Estados Unidos fincando a bandeira dos Estados Unidos da América no topo do Monte Suribachi, indicando a sua conquista, durante a batalha de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial.
A fotografia é muito popular, vindo a ser reproduzida em milhares de publicações. Foi a primeira fotografia a ganhar o Prémio Pulitzer no mesmo ano da sua publicação e veio a ser lembrada nos Estados Unidos como uma das mais significantes e reconhecidas imagens de guerra, e uma das mais reproduzidas fotografias de todos os tempos.
Dos seis homens que aparecem na fotografia, três morreram durante a batalha (Franklin Sousley, Harlon Block e Michael Strank) e três sobreviveram a esta (John Bradley, Rene Gagnon e Ira Hayes). Os que sobreviveram acabaram por se tornar célebres, depois de identificados. A imagem foi usada depois por Felix de Weldn para esculpir o USMC War Memorial, no Cemitério Nacional de Arlington, na Virgínia.
     

Paul Tibbets, o homem que lançou a bomba nuclear em Hiroshima, nasceu há 109 anos

Paul Tibbets, acenando do cockpit do Enola Gay, a 6 de agosto de 1945, antes de partir para Hiroshima
 
     
Paul Warfield Tibbets, Jr. (Quincy, 23 de fevereiro de 1915 - Columbus, 1 de novembro de 2007) foi um brigadeiro-general da Força Aérea dos Estados Unidos, comandante do avião que lançou a bomba atómica sobre Hiroshima, a 6 de agosto de 1945.
Piloto americano de missões de bombardeio sobre a Alemanha durante a Segunda Guerra, o então tenente-coronel Tibbets, de 30 anos, foi o escolhido para lançar a bomba atómica sobre Hiroshima. Na ocasião comandava o 509.º Agrupamento Aéreo dos Estados Unidos e desde fevereiro de 1945 preparava-se para a missão.
Desde o final de abril, o comandante aguardava, na pequena ilha de Tinian, no arquipélago das Marianas, no Oceano Pacífico, a ordem para bombardear o Japão.
Para realizá-la, Tibbets escolheu pessoalmente um quadrimotor B-29, que foi denominado Enola Gay, em infeliz homenagem à sua mãe.
Dos 1.500 membros do esquadrão, Tibbets era o único que sabia para o que estava a ser treinado. Os demais membros da tripulação que acompanhou o piloto apenas tinham recebido instruções, pouco precisas, sobre os reais objetivos da missão.
Até ao fim de sua vida, Tibbets acreditou ter feito o necessário para acabar com a guerra e não demonstrou arrependimento pela bomba por ele lançada ser responsável pela morte de mais de 119 mil pessoas, no primeiro ataque nuclear contra seres humanos na história.
O presidente Harry Truman, que ordenou o ataque, teria dito à tripulação, depois do retorno aos Estados Unidos: "Não percam o sono por terem cumprido esta missão; a decisão foi minha, vocês não podiam escolher".
Paul Tibbets viveu por mais de sessenta anos após bombardear Hiroshima, falecendo em casa, no estado de Ohio, a 1 de novembro de 2007, aos 92 anos de idade.
    

quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Sophie Scholl, resistente anti-nazi da rede Rosa Branca, foi guilhotinada há oitenta e um anos...


 
Sophie Magdalena Scholl (Forchtenberg, 9 de maio de 1921Munique, 22 de fevereiro de 1943) era membro da Rosa Branca, movimento da resistência alemã anti-nazi. Foi condenada por traição e executada na guilhotina. É conhecida como uma das poucas alemãs que se opuseram ativamente ao Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial e é também vista como uma mártir.
  
No início do verão de 1942, Sophie Scholl participou da produção e distribuição de panfletos da Rosa Branca, um movimento de inspiração católica. Foi presa em 18 de fevereiro de 1943 enquanto distribuía o 6º panfleto na Universidade de Munique. Os panfletos eram redigidos e depois copiados, sendo, depois, entregues nas caixas de correio das casas de grandes cidades da Baviera (berço do movimento nazi). Esses panfletos continham trechos apocalípticos da Bíblia, para impressionar. Sophie, o seu irmão, Hans Scholl, e mais um universitário, Christoph Probst, foram presos em 18 de fevereiro de 1943, depois de o reitor da universidade de Munique os surpreender distribuindo panfletos no pátio da universidade. A Gestapo prendeu-os, julgou-os e, menos de quatro horas depois de condenados, foram guilhotinados.
Desobedecendo a ordens superiores, os carcereiros deixaram os jovens reencontrarem os seus pais antes de encontrarem o trágico destino dos opositores ao nacional-socialismo, a morte. Os três são hoje tidos como heróis nacionais alemães. É bom lembrar que, entre fevereiro e outubro de 1943, foram mortos ainda mais 50 integrantes do movimento Rosa Branca.
   

   

Monumento de homenagem ao movimento "Rosa Branca", em frente à Universidade Ludwig Maximilian em Munique 
   
Rosa Branca (em alemão: Weiße Rose) foi um movimento anti-nazi da resistência alemã, de inspiração católica, surgido na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Os seus principais membros eram Sophie Scholl, Hans Scholl e Cristoph Probst. Eles foram todos guilhotinados pela Gestapo em 1943 depois de Sophie ser presa com panfletos anti-nazis. Os seus panfletos tinham citações do Apocalipse e frases anti-nazis e eram deixados nas caixas de correio. Em julho de 1943, milhões de cópias do último panfleto da resistência, contrabandeado para o Reino Unido, foram lançadas sobre a Alemanha pelos aviões dos Aliados. Os membros da Rosa Branca, especialmente Sophie, tornaram-se ícones na Alemanha do pós-guerra.
    
Perseguição e resistência
: selo alemão de 1983

 

segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Campos de concentração para cidadãos nipo-americanos foram criados há 82 anos...

  
Os campos de concentração nos Estados Unidos alojaram cerca de 120.000 pessoas, na sua maior parte de etnia japonesa, sendo mais da metade delas cidadãos norte-americanos. Os campos, situados no interior do país, foram desenhados para esse fim e estiveram ocupados de 1942 até 1948.

O objetivo foi deslocá-los da sua residência habitual, maioritariamente na Costa Oeste, para instalações construídas sob medidas extremas de segurança; os campos estavam fechados com arame farpado, vigiados por guardas armados, e situados em paragens afastadas dos centro populacional. As tentativas de abandono do campo resultaram ocasionalmente no abatimento dos reclusos.

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A 19 de fevereiro de 1942, Roosevelt assinou a ordem executiva Nº 9.066, autorizando o Departamento de Guerra a delimitar áreas militares onde a permanência das pessoas seria decidida pelo Secretário da Guerra, Henry Stimson. Este último aclarou a DeWitt que os descendentes de italianos não deveriam ser molestados e que somente alguns refugiados alemães deviam ser considerados.


A Batalha de Iwo Jima começou há 79 anos

Raising the Flag on Iwo Jima
        
A Batalha de Iwo Jima (Operação Detachment) foi travada entre os Estados Unidos e o Japão, entre 19 de fevereiro e 26 de março de 1945, durante a Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial. Como resultado da batalha, os EUA ganharam controle da ilha de Iwo Jima e os campos aéreos localizados nessa mesma ilha.
O combate foi intenso, em parte devido à preparação japonesa, e as tropas norte-americanas capturaram o ponto mais elevado da ilha, o Monte Suribachi, perdendo 6.812 homens. O motivo para a invasão de Iwo Jima era capturar as suas pistas de aviação, de modo a fornecer um local de aterragem e de reabastecimento para os bombardeiros norte-americanos no avanço para o Japão, enquanto também tornava possível a escolta dos bombardeiros por caças.
A imagem mais famosa desta batalha é o hastear da bandeira norte-americana, pelos combatentes do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, no cume do Monte Suribachi.
     

terça-feira, fevereiro 13, 2024

O vergonhoso bombardeamento de Dresden foi há 79 anos...

Dresden após o ataque aéreo
  
O bombardeamento de Dresden foi um bombardeamento militar efetuado durante a Segunda Guerra Mundial pelos aliados da Força Aérea Real (RAF) e a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos da América (USAAF) entre 13 e 15 de fevereiro de 1945. Em quatro ataques-surpresa, 1.300 bombardeiros pesados lançaram mais de 3.900 toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente explosivas na cidade, a capital barroca do estado alemão de Saxónia. A tempestade de fogo resultante destruiu 39 quilómetros quadrados do centro da cidade.
Um relatório da Força Aérea dos Estados Unidos escrito em 1953 por Joseph W. Angell defendeu a operação como o bombardeamento justificado de um alvo militar, industrial e centro importante de transportes e comunicação, sediando 110 fábricas e 50.000 trabalhadores em apoio aos esforços nazis. Em contrapartida, diversos pesquisadores argumentaram que nem toda a infraestrutura comunicacional, como pontes, foram de facto alvo do bombardeamento, assim como extensas áreas industriais distantes do centro da cidade. Alega-se que Dresden era um marco cultural de pouca ou nenhuma significância militar, uma "Florença do Elba", como era conhecida, e que os ataques foram um bombardeamento indiscriminado e desproporcional aos comensuráveis ganhos militares.
Nas primeiras décadas após a guerra, estimativas de mortos chegavam a 250.000, número atualmente considerado absurdo. Uma investigação independente encomendada pelo conselho municipal de Dresden em 2010 chegou a um total mínimo de 22.700 vítimas, com um número máximo de mortos em torno de 25.000 pessoas.
Em comparação direta com o bombardeamento de Hamburgo de 1943, que criou uma das maiores tempestades de fogo provocadas pela RAF e a Força Aérea dos Estados Unidos, matando aproximadamente 50.000 civis e destruindo praticamente toda a cidade, e o bombardeamento de Pforzheim, em 1945, que matou aproximadamente 18.000 civis, os ataques aéreos contra Dresden não podem ser considerados os mais graves da Segunda Guerra Mundial. No entanto, eles continuam conhecidos como um dos piores exemplos de sacrifício civil provocado por bombardeamento estratégico, ocupando lugar de destaque entre as causes célèbres morais da Segunda Guerra. Discussões pós-guerra, lendas populares, revisionismo histórico e propaganda da Guerra Fria levantaram debates entre comentaristas, oficiais e historiadores a respeito da fundamentação ou não do bombardeamento, e se sua realização teria constituído um crime de guerra.
Apesar de nenhum dos envolvidos no bombardeamento de Dresden jamais ter sido acusado de crime de guerra, muitos defendem que o bombardeamento foi um crime de guerra. Segundo o Dr. Gregory H. Stanton, advogado e presidente da Genocide Watch:
 

O Holocausto nazi está entre os genocídios mais perversos da história. Mas o bombardeamento de Dresden pelos Aliados e a destruição nuclear de Hiroshima e Nagasaki também foram crimes de guerra...
- Gregory H. Stanton

    

Uma pilha de corpos antes da cremação
     

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

A Batalha de Guadalcanal terminou há oitenta e um anos

Fuzileiros navais americanos patrulhando as margens do rio Matanikau, em Guadalcanal, em setembro de 42
      
A Batalha de Guadalcanal, também conhecida como Campanha de Guadalcanal (nome de código Operation Watchtower), foi uma batalha travada entre 7 de agosto de 1942 e 9 de fevereiro de 1943 na Ilha de Guadalcanal, entre as Forças Aliadas e o Império do Japão durante a Guerra do Pacífico, no contexto da Segunda Guerra Mundial.
A 7 de agosto de 1942, tropas aliadas, encabeçadas por fuzileiros navais dos Estados Unidos, desembarcaram nas ilhas de Guadalcanal, Tulagi e Florida, nas Ilhas Salomão, com o objetivo de negar aos japoneses o uso dessas ilhotas como base para atacar as linhas de suprimento e rotas de comunicação entre os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia. Os Aliados também pretendiam usar Guadalcanal e Tulagi como uma base para lançar futuras campanhas no sul do Pacífico e conquistar, ou neutralizar, a principal base japonesa em Rabaul, na Nova Bretanha. Os Aliados sobrepujaram os japoneses com seu número e destruíram as suas guarnições em Guadalcanal, conquistando também as ilhas de Tulagi e Florida. Um dos pontos chave das operações foi a tomada do aeroporto de Henderson Field, que estava sendo construído pelos japoneses em Guadalcanal. O poderio militar americano, com apoio dos australianos, desempenhou ações fundamentais para o sucesso da campanha, realizando o primeiro grande desembarque naval de tropas na segunda grande guerra.
Surpreendidos pela repentina e feroz ofensiva Aliada, os japoneses lançaram-se, entre agosto e novembro de 1942, em várias tentativas de reconquistar o aeroporto Henderson. Três grandes incursões terrestres, sete batalhas navais em larga escala e contínuas, quase que diárias, ações aéreas culminaram na decisiva batalha naval de Guadalcanal no começo de novembro, em que a última tentativa dos japoneses de tentar subjugar o aeroporto Henderson por meio de maciços bombardeamentos por terra e por mar, para que forças terrestres pudessem avançar, terminou em fracasso e ainda sofreram pesadas baixas no processo. Em dezembro, os japoneses abandonaram os seus esforços de retomar Guadalcanal e, no início de fevereiro de 1943, iniciaram uma operação de retirada da região, em face de uma nova grande ofensiva encabeçada pelo exército dos Estados Unidos.
A campanha de Guadalcanal foi uma grande e significativa vitória para os Aliados ocidentais no teatro de operações do Pacífico. Juntamente com a batalha de Midway, é considerado o ponto de virada na guerra contra o Japão. No começo de 1943, os japoneses alcançaram o máximo de suas conquistas territoriais no Pacífico. Porém, as vitórias aliadas em Baía Milne, Buna-Gona e Guadalcanal marcaram a transição da vantagem na guerra para os Estados Unidos e os seus aliados de uma postura defensiva para uma ofensiva, liderando, subsequentemente, operações bem sucedidas nas Ilhas Salomão e na Nova Guiné, eventualmente avançando rumo ao norte do Pacífico, até forçar o Japão a se render, em 1945, encerrando a Segunda Guerra Mundial.
   

domingo, fevereiro 04, 2024

A conferência que redesenhou as fronteiras da Europa começou há 79 anos

          
A Conferência de Ialta, também chamada de Conferência da Crimeia, foi um conjunto de reuniões, ocorridas entre 4 e 11 de fevereiro de 1945 no Palácio Livadia, na estação balneária de Yalta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia. Foi a segunda das três conferências em tempo de guerra entre os líderes das principais nações aliadas (a anterior ocorreu em Teerão, e a posterior seria em Potsdam).
Os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Estaline), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se, em segredo, em Ialta, para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste.
Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos, cujos objetivos eram os de assegurar um fim rápido da guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final.
Estes acordos são essenciais para a compreensão do mundo pós-guerra. Mesmo se as suas interpretações pelos historiadores são diversas e variadas, vários deles estão de acordo sobre diversos pontos dos acordos. As diretrizes afirmadas nesta reunião determinaram boa parte da ordem durante a Guerra Fria, precisando as zonas de influência e ação dos blocos antagónicos, capitalista e socialista. Contudo, em 1991, após a queda da União Soviética, o ambiente internacional entrou em um período de transição, abandonando estes preceitos.
   

sábado, fevereiro 03, 2024

A Batalha de Manila começou há 79 anos...


A Batalha de Manila foi a maior batalha urbana da Guerra do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre norte-americanos, filipinos e japoneses pela posse da capital das Filipinas, entre 3 de fevereiro e 3 de março de 1945 durante a contra-ofensiva aliada no teatro de guerra do Sudeste Asiático.

A batalha, que culminou num banho de sangue e na devastação total da cidade, encerrou um domínio japonês de três anos nas Filipinas, e foi considerada pelo general Douglas MacArthur, comandante das forças aliadas no Pacífico, como a chave para a reconquista do país. 

 

Data 3 de fevereiro - 3 de março de 1945
Local Manila, Filipinas
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Estados Unidos
Filipinas Filipinas
Império do Japão
Comandantes
Douglas MacArthur
Oscar Griswold
Robert S. Beightler
Verne D. Mudge
Joseph Swing
Filipinas Alfredo M. Santos
Sanji Iwabuchi
Forças
35 000 soldados americanos
3 000 guerrilheiros filipinos
12 500 marinheiros e fuzileiros
4 500 soldados
Baixas
1 010 mortos
5 565 feridos
16 665 mortos
100 mil civis filipinos mortos

 

 

in Wikipédia

A Batalha de Kwajalein terminou há oitenta anos...

 

A Batalha de Kwajalein foi um confronto militar travado durante a Guerra do Pacífico, no contexto da Segunda Guerra Mundial. Foi lutada entre 31 de janeiro e 3 de fevereiro de 1944, no atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall. Usando as táticas aprendidas durante a batalha de Tarawa, os Estados Unidos organizaram uma bem sucedida invasão da ilha de Kwajalein, ao sul, e Roi-Namur, ao norte. Os japoneses resistiram intensamente, apesar da inferioridade numérica e da falta de preparação. Em Roi-Namur, apenas 51 japoneses sobreviveram, de uma guarnição de 3 500 homens.

Para os americanos, a batalha representava um importante passo na estratégia de conquistar ilhas chave para marchar até o Japão. Acabou sendo uma boa vitória moral pois os americanos penetraram nas cadeias de ilhas que formavam as "defesas externas" da esfera de poder japonesa no Pacífico. Já para os japoneses, representou um fracasso na estratégia de defesas costeiras. As batalhas em Peleliu, Guam e nas Marianas foram muito mais sangrentas para os americanos.
 
Data 31 de janeiro - 3 de fevereiro de 1944
Local Atol de Kwajalein, Ilhas Marshall
Desfecho Vitória americana
Beligerantes
Estados Unidos Japão Império do Japão
Comandantes
Richmond K. Turner
Holland M. Smith
Harry Schmidt
Charles H. Corlett
Thomas E. Watson
Monzo Akiyama
Masami Kobayashi
Yamada Michiyuki
Yoshimi Nishida
Forças
46 670 Kwajalein:
~ 5 000

Roi-Namur:
~ 3 000
Baixas
Kwajalein:
142 mortos
845 feridos
2 desaparecidos

Roi-Namur:
206 mortos
617 feridos
181 desaparecidos
Kwajalein:
4 300 mortos
166 capturados

Roi-Namur:
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sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Os nazis foram esmagados na Batalha de Estalinegrado há oitenta e um anos

Marechal Friedrich Paulus e os seus oficiais, após a rendição
  
A Batalha de Estalinegrado foi uma operação militar conduzida pelos alemães e os seus aliados contra as forças soviéticas pela posse da cidade de Estalinegrado (atual Volgogrado), nas margens do rio Volga, na antiga União Soviética, entre 17 de julho de 1942 e 2 de fevereiro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. A batalha foi o ponto de viragem da guerra na Frente Oriental, marcando o limite da expansão alemã no território soviético, a partir de onde o Exército Vermelho empurraria as forças alemãs até Berlim, e é considerada a maior e mais sangrenta batalha de toda a história, causando a morte e ferimentos em cerca de dois milhões de soldados e civis.
Marcada pela sua extrema brutalidade e desrespeito às perdas militares e civis de ambos os lados, a ofensiva alemã sobre a cidade de Estalinegrado, a batalha dentro da cidade e a contra-ofensiva soviética que cercou e destruiu todo o 6º Exército alemão e outras forças do Eixo, foi a segunda derrota em larga escala da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial e a mais decisiva; a partir daí, a ofensiva no leste forçou os alemães cada vez mais em direção ao seu território, e, com a ajuda vinda do oeste pelos Aliados, juntamente com os Estados Unidos, com o "Dia D", deu-se a vitória final contra o Terceiro Reich, em 8 de maio de 1945.