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domingo, novembro 17, 2013

Uma má notícia para a cultura e geologia portuguesas

Calçada portuguesa, o princípio do fim?

(imagem daqui)

A notícia que dá conta da intenção oficial da CML, plasmada na "janela de oportunidade" Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa (em consulta pública), em substituir, paulatinamente mas em força, a quase totalidade da calçada portuguesa de Lisboa salvo na zona histórica, por novos pavimentos ditos menos perigosos e, supomos, mais fáceis e baratos de colocar e manter, não é nova, apenas recorrente, mas desta vez é a sério, parece.
Desde logo, há duas questões básicas por esclarecer: uma, semântica, sobre o que se entende por "zona histórica" (o novel PDM consagra quase toda a Lisboa como histórica, certo?), outra, de igualdade de género, como agora se diz: a calçada portuguesa passa a ser apenas para turista ver? Só ao turista é "permitido" cair e estatelar-se?
É que ao avançar com esse condicionamento no tratamento do espaço público, a CML passa a ter duas realidades, duas cidades: a do natural e a do turista - afinal de contas, já se passa o mesmo na portagem ao Castelo, dirão os mais sarcásticos, pelo que por aí também nada de novo...
Há também um punhado de esclarecimentos que tardam a vir da CML (quererá mesmo fazê-lo?), e que responda às perguntas, também básicas, infelizmente recorrentes: a escola de calceteiros da CML forma quantos calceteiros por ano? Depois de formados, vão trabalhar com quem? Quem costuma colocar a calçada? É calçada aquilo que é colocado na generalidade do espaço público ou outra coisa qualquer a que se chama calçada? Não é verdade que existem vários tipos de vidrado? Por que razão não é sempre aplicado o melhor vidrado? Qual o ordenado-base de um calceteiro da CML e que incentivos extra há em termos de carreira e outros? Por que não é dignificada esta profissão? Quanto é que custa e quanto demora em média a boa colocação/reparação de um metro quadrado de calçada portuguesa vs bloco de lioz, por ex.? Quando é que a CML acaba com o estacionamento automóvel em cima dos passeios? Quando é que a CML regulamenta convenientemente as obras avulsas que abrem e fecham o subsolo? Por que não dispõe a CML de brigadas de calceteiros de fiscalização diária aos arruamentos da cidade, de modo a poder corrigir o mau calcetamento no devido tempo? Não é sadio e custa a aceitar que a CML decida unilateralmente (a calçada nem sequer foi minimamente abordada durante a campanha (?) eleitoral recente), mesmo que pela melhor das intenções (maior segurança e conforto aos peões mais velhos, deficientes motores, senhoras de saltos altos ou, simplesmente, aos distraídos), abrir guerra à calçada portuguesa e condicionar Lisboa a duas velocidades: a "moderna", pseudo-asséptica e antiderrapante, e a retrógrada, histórica, para postalinho de ocasião (os belos tapetes de calçada artística de Belém ou da Baixa, etc.) só que a CML já se contradisse ao repavimentar com lioz o miradouro de Santa Catarina e a Rua da Vitória...
Pior, parece haver também duas CML: a que pugna pela boa manutenção da calçada portuguesa e que procura soluções para a dignificar e manter como ex-líbris da cidade a par do azulejo, do fado, dos eléctricos e dos Santos Populares (veja-se a excelente intervenção recente nos passeios íngremes e estreitos das calçadas do Sacramento e do Combro, em que se misturaram dois tipos de pedra, diminuindo drasticamente o risco de escorregadela e o polimento rápido) e a que não vê forma de colocar senão lioz, tantas vezes mal cortado e fica logo sujo, feio e também esburacado e tão escorregadio como a melhor das calçadas - dirão que é mais barato, não precisa de mestres-calceteiros, é de rápida colocação e substituição, e implicará um maior negócio do que um simples cubo de calçada, talvez.
Seja como for, a CML parece esquecer-se de um facto insofismável: a calçada portuguesa é parte intrínseca de Lisboa, faz parte do nosso ADN, como é moda ouvir-se. E é uma vantagem comparativa e competitiva (idem) para a nossa capital, inclusive, chega a ser o elemento distintivo e valorizador de um espaço público (e urbano) feito, regra geral, de pouca valia estética e fraca luminosidade.
Daí este alerta a quem de direito: para que não deixe escapar este trunfo para terras distantes do Brasil, por ex., onde a calçada parece estar já a ser mais acarinhada do que aqui... E para que não ceda ao facilitismo e a supostos ganhos de poupança no curto prazo, pois tal será, creio, um tremendo erro estratégico e que custará caro no longo prazo. Haja CML!

in Público - Opinião (Paulo Ferrero - Fundador do Fórum Cidadania Lx)


NOTA: Como português e geólogo, acho uma vergonha que o Presidente da Câmara de Lisboa decida sozinho, sem consultar a sério à população alfacinha, sobre um aspeto único da nossa capital. Porque não falou do assunto na campanha eleitoral? E pode alguém, sem ouvir os argumentos contrários, decidir sobre um aspeto cultural tão importante para todo o país? Sabe o Presidente da CML qual o valor económico deste subsetor da indústria extrativa portuguesa? Há que alertar quem de direito para que isto nunca venha a acontecer...

terça-feira, julho 26, 2011

Encontro dos Geopedrados - Fotos 5

Geopedrados - foto do Grupo à saída da Gruta de Alcobertas

Pedreira e aerogeradores - Serra dos Candeeiros

Oficina de Tecelagem da Cooperativa Terra Chã

Visita à Oficina de Tecelagem da Cooperativa Terra Chã 

sábado, abril 24, 2010

Seminário sobre Explosivos e Operações de Desmonte


Numa colaboração com a AP3E – Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos realiza-se no dia 12 de MAIO de 2010 (Quarta-Feira), pelas 14.30 horas, no Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa um Seminário sobre Explosivos e Operações de Desmonte.

O referido Seminário prevê o desenvolvimento dos seguintes temas e oradores:
1. Explosivos civis: suas propriedades e colocação no mercado – Prof. José Carlos Góis (DEM-FCTUC)
2. Aplicação de explosivos em operações de desmonte de rocha – Eng.º António Vieira (ISEP)
3. Controlo de impactes ambientais decorrentes da aplicação de explosivos – Prof. Pedro Bernardo (IST)
4. Aspectos legislativos relacionados com o sector dos explosivos – Dr. Victor Rodrigues (MAXAMPor, SA)
5. Aplicação de explosivos no desmonte de rochas para a indústria cimenteira – Engª Dina Gomes (Urmaquinas, Lda.)

Local: sala 336, Departamento de Ciências da Terra, Campus de Caparica, telefone 212 948 573.

Objectivo: Promover a Engenharia dos Explosivos junto dos alunos das licenciaturas e dos mestrados dos cursos sediados no Departamento de Ciências da Terra e outros potenciais interessados (Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, Engenharia do Ambiente …).


a. Entrega de 1 exemplar do DETONICA (revista da AP3E)


b. Para os estudantes são oferecidas condições especiais de inscrição na AP3E como associado - dispensa do pagamento de jóia
‒ Sócio estudante: 10 € (valor da quota anual)


c. Para informações junto da AP3E contactar:

‒ Secretariado AP3E: Dra. Cidália Faria
Tel/Fax: 239 941234
Email: secretariado@ap3e.pt
http://www.ap3e.pt

Contactos no DCT-FCT/UNL: José António de Almeida: ja@fct.unl.pt.

ENTRADA LIVRE

Mais informações AQUI

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Seminário em Porto de Mós sobre Sustentabilidade na Indústria Extractiva

Seminário “Sustentabilidade na Indústria Extractiva”

24 de Fevereiro de 2010 (4ª) - 14.15 horas

Cine-Teatro de Porto de Mós

(clicar para aumentar)

Esta iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Porto de Mós e pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, com a colaboração da Associação de Exploradores de Calçada à Portuguesa (AECP), da Associação Portuguesa de Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (ASSIMAGRA) e da Associação Gestora de Inertes, contará com a presença de vários representantes de entidades implicadas e conhecedoras do tema.

A entrada é gratuita mas os interessados deverão proceder a uma inscrição, através do número 244 499 605 ou para o e-mail comunicacao@municipio-portodemos.pt indicando o nome individual/empresarial e contacto.