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quarta-feira, março 13, 2024

O Papa Francisco foi eleito há onze anos

   
Francisco (em latim: Franciscus), cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936), é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou em 28 de fevereiro de 2013.
É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se Arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero em 21 de fevereiro de 2001, foi eleito papa em 13 de março de 2013.
   
   

Foi há 11 anos: Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!

Papa Francisco e D. Cláudio Hummes na varanda central da basílica de S. Pedro

 

O filme da eleição do papa Francisco contado pelo cardeal que lhe pediu para não se esquecer dos pobres

«Estava sentado ao lado dele, ele estava à minha direita e nós trocávamos algumas pequenas meditações, em voz baixa, ao ouvido…»

Começa assim, como um filme gravado em direto, a narração de outro protagonista que elegeu o primeiro papa latino-americano da história, um cardeal também dessa lado do mundo, Claudio Hummes, arcebispo emérito da maior diocese do Brasil, S. Paulo.

Um ao lado do outro, como acontecia há muito tempo, no conclave de 2005, nos sínodos da última década, nas liturgias solenes, juntos por causa daquele critério iniludível que é a idade.

«Os votos convergiam nele: estava a interiorizar muito naquele momento, silencioso. Comentei com ele a possibilidade de poder alcançar o número necessário para se tornar papa. Quando as coisas começaram a estar um pouco mais perigosas para ele, confortei-o. Depois houve o voto definitivo, e houve um grande aplauso. A contagem prosseguiu até ao fim, mas eu abracei-o e beijei-o logo. E disse-lhe aquela frase: “Não te esqueças dos pobres”.»

«Não tinha preparado nada, mas naquele momento veio do meu coração, com força, dizer-lhe isso, sem me dar conta de ser a boca através da qual falava o Espírito Santo. Ele disse que aquelas palavras lhe tinham com força, que foi naquele momento que pensou nos pobres e lhe veio à ideia o nome de S. Francisco.»

Tudo em poucos minutos, uma sucessão de instantes que D. Cláudio Hummes decompõe instante por instante.

«Foi interpelado, foi-lhe pedido se aceitava e com que nome desejava ser chamado. O nome que pronunciou, Francisco, foi uma enorme surpresa para todos. Quem teria imaginado que um papa poderia chamar-se Francisco! Porque é uma figura exigente, e ele escolheu-a com coração feliz e leve.»

«Identificou-se logo, percebeu que este nome significava também um programa de Igreja. Até porque em S. Damião, S. Francisco ouviu a palavra do crucifixo: vai e repara a minha igreja, que está em ruína. São coisas fortes e ele teve esta coragem. Estava sereno, muito sereno, todos estávamos espantados pela sua serenidade e espontaneidade, e estava muito concentrado.»

D. Cláudio Hummes não precisa que lhe façam perguntas: a sequência dos acontecimentos desenrola-se diante dos seus olhos e as palavras acorrem aos seus lábios naturalmente e em bom italiano.

«Foi paramentar-se como papa na antiga sacristia da Capela Sistina e ali começou a distender-se; realizou desde logo gestos significativos: não colocou o manto mais solene, não quis a cruz de ouro. Também não calçou os sapatos vermelhos, ficou com os seus; quanto à estola, disse que só queria usá-la para a bênção [na varanda central da Basílica de S. Pedro].»

Regressou à capela [Sistina] assim, despojado, vestido com simplicidade, com os sapatos pretos com que tinha chegado de Buenos Aires. Havia lá um trono onde devia sentar-se para a saudação, como prevê o cerimonial; mas ficou de pé, abraçou os cardeais, um a um, com uma espontaneidade maravilhosa. Era já Francisco que agia.»

Por um momento D. Cláudio Hummes concede-se um parêntesis:

«A coisa mais extraordinária é que os cardeais do primeiro mundo confiaram-se a um latino-americano. Conduzir a Igreja universal! Um latino-americano! Que fará com a Igreja? Pensa-se assim, é natural para um europeu pensar assim. Sabemos que nos amam, nos respeitam, no fundo somos filhos da Igreja da Europa. Mas somos uma Igreja jovem. Então confia-se a um europeu. Ficamos todos mais seguros. E foi sempre assim… se correu bem até agora… então é melhor continuar assim.

«Mas estas seguranças em que nos apoiamos matam o dinamismo do renovamento, de reforma, missionário da Igreja. O Espírito Santo trabalhou os corações dos cardeais para se confiarem assim.»

Hummes retoma a narração:

«Canta-se um “Te Deum” em gregoriano enquanto se forma a procissão para a varanda sobre a praça [de S. Pedro]. Já tinha chamado o cardeal Vallini, o seu vigário para Roma; olhou para mim e disse-me: “Vem, quero que estejas comigo neste momento”. Eu fui. Não estava tenso, era espontâneo, uma coisa extraordinária! Permanecia o homem gentil, simples de todos os dias.»

«Disse-nos para ir com ele à capela para uma oração antes de chegar à praça. Entre a Capela Sistina e a varanda está a Capela Paulina, onde celebrámos missa algumas vezes durante o conclave. Quis ir lá, e enquanto se formava a procissão dos cardeais rezou-se durante alguns minutos. Depois fomos para a praça.»

«Tinha acabado de chover, as pessoas tinham fechado os chapéus-de-chuva. Mas dali, da varanda, talvez por causa das luzes das televisões, não se viam bem as pessoas. Durante algum tempo não disse nada. Muitos se perguntaram porque ficou em silêncio com os braços estendidos ao longo do corpo. Simples: porque no adro havia uma banda que tocava com intensidade; não era possível falar até que parassem, e ele esperou que terminasse a música.»

«Depois saudou com um braço: “Buona sera”. A praça explodiu. Estava muito sereno. Apresentou-se como o bispo de Roma, falou como bispo de Roma; sabia que como bispo de Roma e o papa, mas nunca usou a palavra “papa” em nenhum momento. Também disse: “O meu antecessor, o bispo emérito de Roma Bento XVI”. Todos perceberam que ele abria já grandes portas.»

 

sábado, fevereiro 10, 2024

O Estado do Vaticano tem 95 anos


 

O Tratado de Latrão, "tratado de Santa Sé", "tratado de Roma-Santa Sé" é um dos pactos letaranenses de 1929 feito entre o Reino da Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviaria".

Os pactos consistiam em três documentos:
  1. Um tratado político reconhecendo a total soberania da Santa Sé no estado da Cidade do Vaticano, doravante estabelecida.
  2. Uma concordata regulando a posição da Igreja Católica e a religião católica no Estado italiano.
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé por suas perdas territoriais e de propriedade.
Em 756, Pepino, o Breve, rei dos francos, deu ao Papa um grande território no centro de Itália. A existência destes Estados Pontifícios terminou quando, em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entraram em Roma e incorporaram no Reino de Itália esta parte do território. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indemnização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusa-se a reconhecer a nova situação e considera-se prisioneiro do poder laico, dando início assim à Questão Romana.
Embora tenha negado inicialmente a proposta do governo italiano, a Igreja aceita estas condições em 11 de fevereiro de 1929, por meio do Tratado de São João de Latrão ou simplesmente Tratado de Latrão, que criou um novo estado, assinado por Benito Mussolini, então chefe do Governo italiano, e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé. Este Tratado formalizou a existência do Estado do Vaticano (cidade do Vaticano), Estado soberano, neutro e inviolável, sob a autoridade do papa, e os privilégios de extraterritorialidade do palácio de Castelgandolfo e das três basílicas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Por outro lado, a Santa Sé renunciou aos territórios que havia possuído desde a Idade Média e reconheceu Roma como capital da Itália.
    

domingo, dezembro 17, 2023

O Papa Francisco celebra hoje 87 anos


Francisco (em latim: Franciscus), cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires a 17 de dezembro de 1936, é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou a 28 de fevereiro de 2013.
É o primeiro Papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se Arcebispo de Buenos Aires a 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero a 21 de fevereiro de 2001, sendo eleito Papa a 13 de março de 2013.
  


Brasão papal do papa Francisco
  

segunda-feira, novembro 27, 2023

Bernini morreu há 343 anos

Auto-retrato

   

Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini (Nápoles, 7 de dezembro de 1598 – Roma, 28 de novembro de 1680) foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhador, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia. Como arquiteto e escultor é autor de obras de arte presentes até aos dias atuais em Roma e no Vaticano, como a Praça de São Pedro, a Capela Chigi, O Êxtase de Santa Teresa, Habacuc e o Anjo e inúmeras fontes espalhadas por Roma.

   

Colunata da Praça de São Pedro, em Roma

 

segunda-feira, outubro 16, 2023

São João Paulo II foi eleito Papa há 45 anos...!

    
Papa São João Paulo II (nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920  - 2 de abril de 2005) foi o papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até à data da sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou trinta e quatro anos, e Papa Pio IX, que reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polaco até à sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Papa Adriano VI, em 1522.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e, talvez, em toda a Europa, bem como na significativa melhoria nas relações da Igreja Católica com o Judaísmo, Islão, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado pela sua oposição à contraceção e à ordenação de mulheres, bem como pelo apoio ao Concílio Vaticano II e à sua reforma da missa, também foi elogiado.
Foi um dos líderes mundiais que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia expressar-se em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco, a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que a de todos os seus predecessores juntos nos cinco séculos anteriores. Em 2 de abril de 2005, faleceu, devido à sua saúde débil e ao agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado beato em 1 de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano. Em 27 de abril de 2014, numa cerimónia inédita, presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo, juntamente com o Papa São João XXIII; a sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.
   
      
Eleição
Em agosto de 1978, após a morte do papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I. João Paulo I morreu após somente 33 dias como Papa, precipitando assim um outro conclave.
O segundo conclave de 1978 começou a 14 de outubro, dez dias após o funeral do papa João Paulo I. A eleição estava dividida entre dois fortes candidatos ao papado: Cardeal Giuseppe Siri, o conservador Arcebispo de Génova, e o liberal Arcebispo de Florença, Cardeal Giovanni Benelli, um colaborador próximo de João Paulo I.
Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e no início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a magnitude da oposição a ambos significava que possivelmente nenhum deles receberia os votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena, individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso: o Cardeal polaco, Karol Józef Wojtyła, que aos 58 anos foi considerado jovem pelos padrões papais. Finalmente ganhou a eleição na oitava votação, no segundo dia do conclave, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos 111 eleitores participantes.De seguida, ele escolheu o nome de João Paulo II, em homenagem ao seu antecessor, e o tradicional fumo branco informou a multidão reunida na Praça de São Pedro, que um Papa havia sido escolhido. Ele aceitou a sua eleição com essas palavras: ‘Com obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo Sumo Pontífice apareceu à varanda, ele quebrou a tradição, dizendo à multidão reunida:
    
Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu cometer um erro, por favor ‘korrijam’ me...
    
Wojtyła tornou-se o 264 º papa, de acordo com a ordem cronológica da lista oficial dos Papas e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos. Assim como o seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica, que simplificou a cerimónia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele, para beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado polaco, Cardeal Stefan Wyszyński, se ajoelhou, interrompeu-o e, simplesmente, deu-lhe um abraço.
      

quarta-feira, junho 07, 2023

O Estado da Cidade do Vaticano celebra hoje 94 anos

       
O Tratado de Latrão, "Tratado de Santa Sé" ou "Tratado de Roma-Santa Sé" é um dos tratados lateranenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviária".
Os tratados consistiam em três documentos:
  1. Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
  2. Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade. 
  

  
   
  
 
  
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.

A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 mil milhões de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o Estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes comuns. Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.

O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, descreve-a como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756–1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte desse território foi absorvida pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dela, dez anos depois, em 1870. Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se a Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.


    

quinta-feira, abril 06, 2023

Rafael nasceu há 540 e morreu há 503 anos

Rafael Sanzio, Autorretrato

Rafael Sanzio (em italiano: Raffaello Sanzio; Urbino, 6 de abril de 1483 - Roma, 6 de abril de 1520), frequentemente referido apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Também é conhecido por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi, Raffaello de Urbino ou Rafael Sanzio de Urbino. Juntamente com Miguel Ângelo e Leonardo Da Vinci forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.
Urbino era então capital do ducado do mesmo nome e seu pai, Giovanni Santi, pintor de poucos méritos mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro. Transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício. O duque, personificação do ideal renascentista do príncipe culto, encorajara todas as formas artísticas e transformara Urbino em centro cultural, a que foram atraídos homens como Donato Bramante, Piero della Francesca e Leone Battista Alberti.
     
Rafael era filho de Giovanni Santi, poeta (escreveu uma Crónica famosa, em rima) e também pintor da corte de Mântua. Aquando do nascimento de Rafael, ele dirigia um famoso estúdio em Urbino. Giovanni ensinou o seu filho a pintar e o introduziu na corte humanista de Urbino, que, no final do século XV, havia se tornado um dos mais ativos centros culturais da Itália, sob a regência de Federico da Montefeltro, falecido sete meses antes do nascimento de Rafael. Lá, Rafael pode conhecer os trabalhos de Paolo Uccello, Luca Signorelli, e Melozzo de Forlì. Precoce, aos dezassete anos (em 1500) Rafael já era considerado um mestre.
De acordo com Giorgio Vasari, Rafael foi levado pelo pai aos onze anos para ser aprendiz de Pietro Perugino, em Perúgia, mas esta informação é discutida por autoridades no assunto. É de consenso geral que Rafael estava na Úmbria a partir de 1492, ano do falecimento de seu pai. Com Perugino, Rafael aprendeu a técnica do afresco ou pintura mural.
Em sua primeira obra de realce, O casamento da Virgem (1504), a influência de Perugino evidencia-se na perspectiva e na relação proporcional entre as figuras, de um doce lirismo, e a arquitetura. A disposição das figuras é, no entanto, mais informal e animada que a do mestre.
  
No outono de 1504, Rafael foi para Siena com o pintor Pinturicchio, a quem ele tinha fornecido desenhos para os afrescos da Libreria Picolomini. De lá foi para Florença, atraído pelos trabalhos que estavam sendo realizados, no Palazzo della Signoria, por Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo. Viveu na cidade nos quatro anos seguintes, viajando para outras cidades ocasionalmente. Em 1507, uma nobre de Perugia encomendou-lhe uma "Deposição de Cristo", hoje exposta na Galleria Borghese, em Roma.
Sob a influência sobretudo da obra de Da Vinci, absorveu a estética renascentista e executou diversas Madonas, entre as quais a Madona Esterházy e A Bela Jardineira. Fez uso das grandes inovações introduzidas na pintura do Renascimento, e de Leonardo da Vinci, a partir de 1480: o chiaroscuro (claro-escuro), contraste de luz e sombra que empregou com moderação, e o sfumato (esfumado), sombreado levemente esbatido, em vez de traços, para delinear as formas.
A influência de Miguel Ângelo, patente na Pietà e na Madona do baldaquino, consistiu sobretudo na exploração das possibilidades expressivas da anatomia humana.
Em Florença, Rafael tornou-se amigo de vários pintores locais, destacando-se Fra Bartolomeo, um proponente do idealismo renascentista. A influência de Fra Bartolomeo levou-o a abandonar o estilo suave e gracioso de Perugino e abraçar a grandiosidade e formas mais poderosas. Entretanto, a maior influência sobre a obra de Rafael durante o seu período florentino veio de Leonardo da Vinci e suas composições, figuras e gestuais, bem como suas técnicas inovadoras antes citadas.
  
Na segunda metade de 1508, o Papa Júlio II, encorajado por Donato Bramante, amigo e parente distante de Rafael e arquiteto do Vaticano, contratou os serviços do pintor. Aos 25 anos, Rafael ainda estava forjando seu estilo. Contudo logo conquistou a fama e os favores do papa. Ele começou a ser chamado de o Príncipe dos Pintores. Nos 12 anos seguintes, Rafael nunca deixou Roma que passou a ser a sua segunda nação. Trabalhou principalmente para Júlio II e seu sucessor, Leão X (filho de Lorenzo de Medici). Ao final do ano de 1508, ele começou a decoração dos apartamentos de Júlio no Vaticano, os quais, na visão do papa, eram destinados a glorificar o poder da Igreja Romana através da justificação do Humanismo e do Neoplatonismo. Uma série de obras-primas, como a Disputa (ou Discussão do Santíssimo Sacramento) e a Escola de Atenas, pintados na Stanza della Segnatura, tornou-o o artista mais procurado da cidade.
Nos doze anos em que permaneceu nessa cidade incumbiu-se de numerosos projetos de envergadura, nos quais deu mostras de uma imaginação variada e fértil. Dos afrescos do Vaticano, os mais importantes são a "Disputa" (ou "Discussão do Santíssimo Sacramento") e a "Escola de Atenas", ambos pintados na Stanza della Segnatura. O primeiro, que mostra uma visão celestial de Deus, os seus profetas e apóstolos, a encimar um conjunto de representantes da igreja, equipara a vitória do catolicismo à afirmação da verdade. Já a "Escola de Atenas" é uma alegoria complexa do conhecimento filosófico profano. Mostra um grupo de filósofos de várias épocas históricas ao redor de Aristóteles e Platão, ilustrando a continuidade histórica do pensamento platónico.
Após a morte de Júlio II, em 1513, a decoração dos aposentos pontifícios prosseguiu sob o novo papa, Leão X, até 1517. Apesar da grandiosidade do empreendimento, cujas últimas partes foram deixadas principalmente por conta de seus discípulos, Rafael, que então se tornara o pintor da moda, assumiu ao mesmo tempo numerosas outras tarefas: criou retratos, altares, cartões para tapeçarias - os chamados Cartões de Rafael, cenários teatrais e projetos arquitetónicos de construções profanas e igrejas como a de Sant'Eligio degli Orefici. Tal era o seu prestígio que, segundo o biógrafo Giorgio Vasari, Leão X chegou a pensar em fazê-lo cardeal.
Rafael continuou o trabalho nos quartos até 1513, sob o governo de Leão X, mas deixou as últimas seções quase que inteiramente sob cuidado de seus pupilos. Nesse meio tempo, ele realizou outras tarefas como decorações sacras e seculares para vários prédios, retratos, altares, design para pratos e até trabalhos cenográficos.
Alguns de seus trabalhos mais famosos desse período nasceram da amizade com que mantinha com um rico banqueiro de Siena, Agostino Chigi, que lhe encomendou o afresco de Galateia para sua Villa Farnesina e as Sibilas na igreja de Santa Maria della Pace, juntamente com o projeto e a decoração da Capela de Chigi na igreja de Santa Maria del Popolo, em 1513.
Em 1514, com a morte de Bramante, Rafael foi nomeado para suceder-lhe como arquiteto do Vaticano e assumiu as obras em curso na Basílica de São Pedro, onde substituiu a planta em cruz grega, ou radial, por outra mais simples, em cruz latina, ou longitudinal. Sucedeu também a Bramante na decoração das loggias (galerias) do Vaticano, aí realizando composições de lírica simplicidade que pareciam contrabalançar a aterradora grandeza da capela Sistina pintada por Miguel Ângelo.
  
Competente pesquisador interessado na antiguidade clássica, Rafael foi designado, em 1515, para supervisionar a preservação de preciosas inscrições latinas em mármore. Dois anos depois, foi nomeado encarregado geral de todas as antiguidades romanas, pelo que executou um mapa arqueológico da cidade. Fez um exame detalhado da estrutura e dos elementos arquitetónicos do Panteão, como ninguém havia feito até aquele momento. A sua última obra, a "Transfiguração", encomendada em 1517, desvia-se da serenidade típica de seu estilo para prefigurar coordenadas do novo mundo turbulento - o da expressão barroca.
Em consequência da profundidade filosófica de muitos de seus trabalhos, a reputação de humanista e pensador neoplatónico de Rafael implantou-se em Roma. Entre seus amigos havia respeitados homens, como Castiglione e Pietro Aretino, além de muitos artistas. Em 1519 projetou os cenários para a comédia I suppositi, de Ludovico Ariosto. Coberto de honrarias, Rafael morreu em Roma a 6 de abril de 1520.
   
A morte precoce de Rafael, no dia em que completava 37 anos, reforçou a aura mística que rodeava sua figura. Admirado pela aristocracia e pela corte papal, que o viam como o "príncipe dos pintores", foi encarregado pelo papa Júlio III de decorar com afrescos as salas do Vaticano hoje conhecidas como as "Stanze di Raffaello".
Em seus últimos anos (1518-1520), a intervenção do estúdio em seus trabalhos tornou-se mais significativa, como pode-se ver em obras como Il Spasimo da Sicília, para uma igreja de Palermo, e a Visitação, hoje abrigada pelo Museu do Prado em Madrid. Também a decoração do "Quarto de Constantino" no Vaticano foi executada inteiramente por seus pupilos, baseado em desenhos do mestre. Os seus últimos trabalhos foram o Auto-retrato com um amigo que se encontra no Louvre, o pequeno mas monumental A Visão de Ezequiel e a Transfiguração.
Rafael morreu em Roma no seu aniversário de 37 anos, (alegadamente apenas algumas semanas depois de Leão X nomeá-lo como cardeal), acometido por uma febre após um encontro à meia-noite, e foi profundamente lamentado por todos aqueles que reconheciam sua grandeza. O seu corpo repousou por um certo tempo numa das salas na qual ele havia demonstrado sua genialidade e foi honrado com um funeral público. A sua obra Transfiguração precedeu seu corpo durante a procissão fúnebre.
A "incansável mão da morte" (nas palavras de seu biógrafo) pôs um limite em suas conquistas e privou o mundo de um benefício maior de seus talentos, na idade em que a maioria dos outros homens começa a ser útil.
Rafael foi enterrado no Panteão de Roma, o mais honorável mausoléu na Itália, atendendo ao seu próprio pedido.
Na sua tumba foi colocada uma frase de Pietro Bembo em latim que diz: "Aqui jaz Rafael, que fez temer à Natureza por si fosse derrotada, em sua vida, e, uma vez morto, que morresse consigo".
      
 
     

segunda-feira, março 13, 2023

Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!

Foto 

Papa Francisco e D. Cláudio Hummes na varanda central da basílica de S. Pedro

 

O filme da eleição do papa Francisco contado pelo cardeal que lhe pediu para não se esquecer dos pobres

«Estava sentado ao lado dele, ele estava à minha direita e nós trocávamos algumas pequenas meditações, em voz baixa, ao ouvido…»

Começa assim, como um filme gravado em direto, a narração de outro protagonista que elegeu o primeiro papa latino-americano da história, um cardeal também dessa lado do mundo, Claudio Hummes, arcebispo emérito da maior diocese do Brasil, S. Paulo.

Um ao lado do outro, como acontecia há muito tempo, no conclave de 2005, nos sínodos da última década, nas liturgias solenes, juntos por causa daquele critério iniludível que é a idade.

«Os votos convergiam nele: estava a interiorizar muito naquele momento, silencioso. Comentei com ele a possibilidade de poder alcançar o número necessário para se tornar papa. Quando as coisas começaram a estar um pouco mais perigosas para ele, confortei-o. Depois houve o voto definitivo, e houve um grande aplauso. A contagem prosseguiu até ao fim, mas eu abracei-o e beijei-o logo. E disse-lhe aquela frase: “Não te esqueças dos pobres”.»

«Não tinha preparado nada, mas naquele momento veio do meu coração, com força, dizer-lhe isso, sem me dar conta de ser a boca através da qual falava o Espírito Santo. Ele disse que aquelas palavras lhe tinham com força, que foi naquele momento que pensou nos pobres e lhe veio à ideia o nome de S. Francisco.»

Tudo em poucos minutos, uma sucessão de instantes que D. Cláudio Hummes decompõe instante por instante.

«Foi interpelado, foi-lhe pedido se aceitava e com que nome desejava ser chamado. O nome que pronunciou, Francisco, foi uma enorme surpresa para todos. Quem teria imaginado que um papa poderia chamar-se Francisco! Porque é uma figura exigente, e ele escolheu-a com coração feliz e leve.»

«Identificou-se logo, percebeu que este nome significava também um programa de Igreja. Até porque em S. Damião, S. Francisco ouviu a palavra do crucifixo: vai e repara a minha igreja, que está em ruína. São coisas fortes e ele teve esta coragem. Estava sereno, muito sereno, todos estávamos espantados pela sua serenidade e espontaneidade, e estava muito concentrado.»

D. Cláudio Hummes não precisa que lhe façam perguntas: a sequência dos acontecimentos desenrola-se diante dos seus olhos e as palavras acorrem aos seus lábios naturalmente e em bom italiano.

«Foi paramentar-se como papa na antiga sacristia da Capela Sistina e ali começou a distender-se; realizou desde logo gestos significativos: não colocou o manto mais solene, não quis a cruz de ouro. Também não calçou os sapatos vermelhos, ficou com os seus; quanto à estola, disse que só queria usá-la para a bênção [na varanda central da Basílica de S. Pedro].»

Regressou à capela [Sistina] assim, despojado, vestido com simplicidade, com os sapatos pretos com que tinha chegado de Buenos Aires. Havia lá um trono onde devia sentar-se para a saudação, como prevê o cerimonial; mas ficou de pé, abraçou os cardeais, um a um, com uma espontaneidade maravilhosa. Era já Francisco que agia.»

Por um momento D. Cláudio Hummes concede-se um parêntesis:

«A coisa mais extraordinária é que os cardeais do primeiro mundo confiaram-se a um latino-americano. Conduzir a Igreja universal! Um latino-americano! Que fará com a Igreja? Pensa-se assim, é natural para um europeu pensar assim. Sabemos que nos amam, nos respeitam, no fundo somos filhos da Igreja da Europa. Mas somos uma Igreja jovem. Então confia-se a um europeu. Ficamos todos mais seguros. E foi sempre assim… se correu bem até agora… então é melhor continuar assim.

«Mas estas seguranças em que nos apoiamos matam o dinamismo do renovamento, de reforma, missionário da Igreja. O Espírito Santo trabalhou os corações dos cardeais para se confiarem assim.»

Hummes retoma a narração:

«Canta-se um “Te Deum” em gregoriano enquanto se forma a procissão para a varanda sobre a praça [de S. Pedro]. Já tinha chamado o cardeal Vallini, o seu vigário para Roma; olhou para mim e disse-me: “Vem, quero que estejas comigo neste momento”. Eu fui. Não estava tenso, era espontâneo, uma coisa extraordinária! Permanecia o homem gentil, simples de todos os dias.»

«Disse-nos para ir com ele à capela para uma oração antes de chegar à praça. Entre a Capela Sistina e a varanda está a Capela Paulina, onde celebrámos missa algumas vezes durante o conclave. Quis ir lá, e enquanto se formava a procissão dos cardeais rezou-se durante alguns minutos. Depois fomos para a praça.»

«Tinha acabado de chover, as pessoas tinham fechado os chapéus-de-chuva. Mas dali, da varanda, talvez por causa das luzes das televisões, não se viam bem as pessoas. Durante algum tempo não disse nada. Muitos se perguntaram porque ficou em silêncio com os braços estendidos ao longo do corpo. Simples: porque no adro havia uma banda que tocava com intensidade; não era possível falar até que parassem, e ele esperou que terminasse a música.»

«Depois saudou com um braço: “Buona sera”. A praça explodiu. Estava muito sereno. Apresentou-se como o bispo de Roma, falou como bispo de Roma; sabia que como bispo de Roma e o papa, mas nunca usou a palavra “papa” em nenhum momento. Também disse: “O meu antecessor, o bispo emérito de Roma Bento XVI”. Todos perceberam que ele abria já grandes portas.»

 

in Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

O Papa Francisco foi eleito há dez anos...!

 

   
Francisco (em latim: Franciscus), cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936), é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou em 28 de fevereiro de 2013.
É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se Arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero em 21 de fevereiro de 2001, foi eleito papa em 13 de março de 2013.
   
   

   

sexta-feira, fevereiro 10, 2023

O Estado do Vaticano existe há 94 anos


 

O Tratado de Latrão, "tratado de Santa Sé", "tratado de Roma-Santa Sé" é um dos pactos letaranenses de 1929 feito entre o Reino da Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviaria".

Os pactos consistiam em três documentos:
  1. Um tratado político reconhecendo a total soberania da Santa Sé no estado da Cidade do Vaticano, doravante estabelecida.
  2. Uma concordata regulando a posição da Igreja Católica e a religião católica no Estado italiano.
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé por suas perdas territoriais e de propriedade.
Em 756, Pepino, o Breve, rei dos francos, deu ao Papa um grande território no centro de Itália. A existência destes Estados Pontifícios terminou quando, em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entraram em Roma e incorporaram no Reino de Itália esta parte do território. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indemnização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusa-se a reconhecer a nova situação e considera-se prisioneiro do poder laico, dando início assim à Questão Romana.
Embora tenha negado inicialmente a proposta do governo italiano, a Igreja aceita estas condições em 11 de fevereiro de 1929, por meio do Tratado de São João de Latrão ou simplesmente Tratado de Latrão, que criou um novo estado, assinado por Benito Mussolini, então chefe do Governo italiano, e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé. Este Tratado formalizou a existência do Estado do Vaticano (cidade do Vaticano), Estado soberano, neutro e inviolável, sob a autoridade do papa, e os privilégios de extraterritorialidade do palácio de Castelgandolfo e das três basílicas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Por outro lado, a Santa Sé renunciou aos territórios que havia possuído desde a Idade Média e reconheceu Roma como capital da Itália.
    

sábado, dezembro 17, 2022

O Papa Francisco faz hoje 86 anos

  
Francisco (em latim: Franciscus), cujo nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires a 17 de dezembro de 1936, é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou a 28 de fevereiro de 2013.
É o primeiro Papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se Arcebispo de Buenos Aires a 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero a 21 de fevereiro de 2001, sendo eleito Papa a 13 de março de 2013.
  
Brasão papal de Francisco
  

segunda-feira, novembro 28, 2022

Bernini morreu há 342 anos

Auto-retrato

   

Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini (Nápoles, 7 de dezembro de 1598 – Roma, 28 de novembro de 1680) foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhista, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia. Como arquiteto e escultor é autor de obras de arte presentes até aos dias atuais em Roma e no Vaticano, como a Praça de São Pedro, a Capela Chigi, O Êxtase de Santa Teresa, Habacuc e o Anjo e inúmeras fontes espalhadas por Roma.

   

Colunata da Praça de São Pedro, em Roma