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quinta-feira, agosto 25, 2011

Saída de Campo: Aves e Dinossáurios

Visita ao Cabo Carvoeiro, Lagoa de Óbidos e Lourinhã (Programa Aves & Dinossauros), com a Birds & Nature
Data: 17 de Setembro de 2011
O Programa Aves & Dinossauros foi concebido pela Birds & Nature em parceria com o Museu da Lourinhã e conjuga, ao longo de um dia, a actividade de observação de aves (na zona do Cabo Carvoeiro e na Lagoa de Óbidos), com a observação de registos fósseis de dinossauros em arribas e falésias do concelho da Lourinhã, bem como uma visita ao Museu desta cidade.
O Museu da Lourinhã é a principal realização do GEAL (Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã), uma associação sem fins lucrativos, cujos objectivos incluem três áreas temáticas principais: a Etnografia, a Arqueologia e a Paleontologia.
Em Portugal, o pavilhão da Paleontologia constitui o local com maior número de dinossauros expostos, incluíndo também vários registos fósseis únicos. O Museu possui o único laboratório de preparação de fósseis que, em Portugal, se dedica a tempo inteiro a essa tarefa e que pode ser visto em laboração.
A visita de campo para observação de registos fósseis, decorrerá no concelho da Lourinhã, em locais privilegiados para a compreensão e aquisição de conhecimentos sobre a história da Terra. Visitaremos arribas e falésias junto ao mar, em terrenos de enorme importância paleontológica, pelas jazidas de dinossauros do Jurássico Superior.
A visita ao museu e a visita de campo para observação de registos fósseis será guiada pelo Doutor Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, paleontólogo com um extenso trabalho de investigação nesta área, tendo publicado numerosos artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras e que já descreveu várias novas espécies de dinossauros para a ciência.

Relativamente à observação de aves, visitaremos o Cabo Carvoeiro/Peniche e a Lagoa de Óbidos. Quanto ao primeiro, trata-se de um excelente local para a observação de diversas espécies de aves marinhas e esta altura do ano é especialmente interessante. É possível observar várias espécies, como são exemplos: a Negrola, a Cagarra, a Pardela-de-barrete, a Pardela-preta, o Fura-bucho do Atlântico, o Fura-bucho das Baleares, a Alma-de-mestre, o Alcatraz, o Corvo-marinho, a Galheta, o Moleiro do Árctico, o Moleiro-pequeno, o Alcaide, o Garajau, a Gaivina e a Gaivina do Árctico. Para além das aves marinhas, é expectável observar algumas outras espécies raras e locais, como é exemplo o Falcão-peregrino.
Na Lagoa de Óbidos, esperamos observar diversas espécies de aves de vários grupos, como são exemplos as limícolas, os patos, as gaivotas, as andorinhas-do-mar e os passeriformes; nesta altura do ano, a lagoa é um óptimo local para observar aves em migração, incluindo espécies emblemáticas como a Águia-pesqueira.
Programa
09.00 – Encontro no Museu da Lourinhã
09.10 – Visita ao Museu
10.30 – Saída para o campo, para observação de registos fósseis nas Arribas da Lourinhã
13.30 – Regresso à Lourinhã, para almoço
13.45 – Almoço (em restaurante ainda a definir)
15.15 – Saída para Peniche / Cabo Carvoeiro
15.30 – Observação de aves marinhas no Cabo Carvoeiro
16.30 – Saída para a Lagoa de Óbidos
17.00 – Observação de aves na Lagoa de Óbidos
19.00 – Final da actividade
Preço: 45 euros por pessoa.
O preço inclui: acompanhamento permanente de guia da Birds & Nature, visita guiada por um especialista em paleontologia às arribas e falésias, bem como ao Museu da Lourinhã, custo de entrada no Museu, utilização de material óptico de qualidade (binóculos e telescópios), seguro de acidentes pessoais e IVA.

Não inclui: almoço, transporte para os locais de observação e outras despesas de carácter pessoal.
Notas
Nos passeios organizados pela Birds & Nature, tentamos proporcionar não só excelentes momentos de birdwatching, mas também oportunidades fotográficas únicas.
O programa realiza-se com um mínimo de 8 participantes; o número máximo de inscrições aceites é de 24.
A Birds & Nature Tours é uma empresa de animação turística licenciada para esta actividade, com o RNAAT nº 25/2008 do Turismo de Portugal, I.P.
Para reservas ou saber mais informações, contacte-nos!

sexta-feira, julho 29, 2011

A primeira ave foi despromovida a dinossáurio...

O Archaeopteryx pode deixar de ser considerado como a primeira ave, mostra um estudo da Nature, que defende que a espécie é um dinossauro igual a tantos outros.


Artigo publicado na Nature
O Archaeopteryx pode deixar de ser uma ave

O fóssil da nova espécie (Xu/Nature)

O primeiro fóssil do Archaeopteryx foi descoberto em 1861 e tornou-se no achado perfeito para dar impulso à teoria evolutiva de Darwin. O vertebrado viveu durante a era dos dinossauros e, apesar das semelhanças com os répteis, tinha características aladas e foi definido como a mais antiga ave de sempre, tornando-se num exemplo académico da passagem evolutiva dos répteis para os vertebrados alados. Passado 150 anos, um artigo da Nature publicado nesta quinta-feira que descreve uma nova espécie parente do Archaeopteryx, sugere que “a primeira ave” não passa de um dinossauro com penas, iguais a tantos outros que existiam na altura.

O Archaeopteryx é um género que incluí várias espécies que viveram há cerca de 150 milhões de anos, no final do período Jurássico. A primeira espécie foi descoberta no Sul da Alemanha, dois anos depois de Charles Darwin publicar o livro revolucionário do século XIX, Na Origem das Espécies, onde defendeu a teoria da evolução através de uma colecção robusta de exemplos que sustentavam a tese.

Quando se encontrou o fóssil do animal pré-histórico, o que se conhecia do mundo dos dinossauros era um deserto comparado com o que se sabe hoje. As penas, as asas, a parte superior do osso esterno parecido com as aves, eram tão diferentes dos outros fósseis de dinossauros da época, que mesmo havendo várias características de réptil, o Archaeopteryx foi não só considerado a primeira ave, como toda a teoria da evolução das aves foi construída a partir deste grupo.

Ao longo do último século e meio, vários autores puseram em causa “a primeira ave” e a partir de meados da década de 1990, quando vários fósseis mostraram que existiu uma proliferação de penas e asas em dinossauros, o aspecto do Archaeopteryx passou a ser muito mais vulgar. O artigo de Xing Xu, investigador da Universidade de Linyi, da província de Shandong, China, é mais um argumento contra esta classificação com 150 anos.

No estudo, os autores descrevem a espécie Xiaotingia zhengi. O fóssil do animal foi encontrado na formação geológica de Tiaojishan, que fica na província chinesa de Liaoning, no Nordeste. A placa de rocha onde está incluído tem a marca de penas à volta dos ossos. O animal, que viveu há cerca de 155 milhões de anos, teria asas, penas e seria capaz de planar.

Comparar a árvore da evolução
A equipa de Xu decidiu fazer uma análise comparativa das características morfológicas destas duas espécies e de mais algumas dezenas de dinossauros e aves que estão próximos para compreender quais é que serão as relações familiares na árvore da evolução.

O que descobriram, é que quando juntavam a nova espécie, o Archaeopteryx saltava do ramo evolutivo que hoje é representado pelas aves para o ramo do grupo de dinossauros chamado Deinonychosauria, que inclui, por exemplo, os famosos velociraptors, e que se extinguiu no final do Cretácico, juntamente com o resto dos dinossauros. Mas quando a análise excluía o Xiaotingia zhengi, o Archaeopteryx permanecia no ramo evolutivo das aves.

“Há muitas, muitas características que sugerem que o Xiaotingia e o Archaeopteryx sejam dois tipos de dinossauro chamados Deinonychosauria e não aves. Por exemplo, ambos têm um grande buraco em frente aos olhos, estes buracos só é visto nestas espécies e não está presente noutras aves”, disse Xu citado pela BBC News. O investigador também aponta para a garra do segundo dedo do pé, muito extensível nos Deinonychosauria, e que “tanto o Archaeopteryx como o Xiaotingia apresentam o desenvolvimento inicial desta característica”.

Lawrence Witmer, um paleontólogo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que escreveu um artigo na < i=""> a acompanhar o estudo, afirma que esta descoberta vai “arrebatar a comunidade de paleontólogos simplesmente porque, no último século e meio, estes fósseis familiares [do Archaeopterix] guiaram todos os pensamentos científicos sobre o inicio das aves”.

Para Xing Xu, esta definição feita quando a teoria da evolução ainda era jovem “foi o resultado da História e das poucas amostras que existiam da transição de dinossauros para pássaros”, disse citado numa notícia da Nature. Mas há quem discorde. “Acho que isto não vai ser a última palavra sobre este assunto”, disse à Nature Thomas Holtz, paleontólogo da Universidade de Maryland, Estados Unidos. “Se tiramos esta espécie chinesa do conjunto de espécies analisadas, os argumentos caem por terra, por isso esta nova localização é na melhor das hipóteses precária até que haja mais descobertas que a comprovem.”Entretanto, os autores chineses avançaram com outras três espécies da era dos dinossauros, descobertas recentemente, para substituirem o lugar de ave mais antiga: o Epidexipteryx, o Jeholornis e o Sapeornis. Quanto ao Archaeopterix, apesar da discussão continuar e de uma resposta conclusiva para o seu lugar na evolução das aves esperar por mais investigação, o seu lugar na história da vida ficou comprometido. “Talvez tenha chegado a altura de aceitarmos finalmente que o Archaeopterix era somente outro pequeno terópode com aspecto de ave, que esvoaçava por aí, durante o Jurássico”, defendeu Lawrence Witmer.



terça-feira, abril 26, 2011

As aves de Audubon no Google Doodle do dia


John James Audubon (26 de Abril de 178527 de Janeiro de 1851) foi um naturalista norte-americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se no segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a incluir a selecta Royal Society britânica para as ciências.