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sexta-feira, dezembro 31, 2010

O triste caso do moço de recados do governo que gosta de bullying



NOTA: o presidente da CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais), pago a peso de ouro para dizer o que o Ministério da Educação lhe manda repetir, está contra a prisão dos rufias que impunemente batem e aterrorizam os colegas nas Escolas Públicas. Espero que esteja a dizer correctamente o que lhe pagam para dizer - era mau que lhe fechassem a torneira...

segunda-feira, maio 10, 2010

Os Rios do Desespero na nossa Escola Pública

Entre os rios, Tejo e Tua

A propósito de carta publicada no blogue de Paulo Guinote sobre as causas do suicídio do professor Luís.

Dois rios, ambos de inicial “T”. Dois nomes, ambos de inicial “L”. Luís e Leandro. Duas pessoas em momentos diferentes do rio da vida, ambos decididos a interromper o curso desta. A lembrar-nos dos outros rios , os de Entre os Rios, entre os quais outro “T”, o Tâmega.

Desaguam todos no mesmo estuário: o da irresponsabilidade, da ausência de valores, da prostituição das consciências dos culpados, que o serão sempre, apesar do sistema proteger não as vítimas mas os intermediários e aqueles que em última instância têm maior culpa. Culpa na consciência que não têm, pode desaparecer das cabeças dessas pessoas responsáveis, que já nem sei se lhes posso chamar “pessoas”. Não desaparecerá nunca nos pensamentos angustiantes de familiares que se sentem impotentes ao verificarem que o sistema existe para proteger detentores de cargos políticos , sejam eles a direcção de uma escola, ou a pasta ministerial. Jorge Coelho demitiu-se e agora está bem melhor na Mota Engil e no mais que se verá e saberá no futuro. Indemnizações calam famílias em Entre-os Rios. Calam os extorquidos da sua visão num hospital público: calam-nas não porque lhes sirva o dinheiro para fazer desaparecer a revolta, mas porque sabem que nada mais podem fazer, o sistema existe para inocentar e indemnizar pedófilos, como os irá proteger a eles? As famílias desistem por impotência económica e desgaste psicológico. É este país que temos, com muitos rios, mesmo muitos, dos quais grande parte nasce em Espanha e é infelizmente que aqui têm a foz, num país prostituído, sem justiça, sem dignidade.

sábado, março 27, 2010

O sacrifício de Leandro não pode ter sido em vão



O menino Leandro pode finalmente descansar. Deus o abençoe! E a sua família pode velá-lo e visitar-lhe a campa. A família pobre de dinheiro e pobre de poder que em lugar do esquecimento e da humilhação da atribuição de culpas, merecia um telefonema de condolências dos mais altos responsáveis do País, lamentando a morte e garantindo que aprenderam e que o menino não morreu em vão.

Mas, na campa, Leandro não fica só. Com ele fica a verdade do que sofreu, enterrada pelo sistema que não assume as culpas e passa-as para o próprio, de 12 anos, cujo corpo chocava com os punhos e pés dos coitados dos rufias de 17 e 18 anos das turmas dos CEFs!). O sistema - a lei (e os seus autores e decisores) e os seus executantes - faz a lei (o famigerado Estatuto do Aluno, leis sobre delinquência juvenil, normas e regulamentos) e executa-a. Executa-a, com pressão sobre os directores das escolas, que resulta em condutas de Pilatos, que se abstêm de punir alunos rufias e desprotegem as vítimas efectivas - alunos e professores.

Por que é que o sistema mantém no degenerado vigor este modelo permissivista?
  • para encenar que a violência social diminui e os problemas nas escolas também;
  • para exibir evolução das estatísticas e provar, contra toda a evidência e bom senso, a redução de ocorrências de crime, violência e problemas;
  • para mostrar que a organização das Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e das Escolas Secundárias com 2º e 3º Ciclos, onde convivem, sem protecção especial, crianças de 10 anos com jovens adultos das turmas dos CEFs, é a correcta e funciona às mil maravilhas;
  • para demonstrar que a pretensa responsabilização dos pais também corre bem, quando se sabe que são muitos raros os pais de rufias e de alunos problemáticos que comparecem às notificações dos directores de turma e de Escola, sem que nada lhes aconteça (e não basta punir os pais negligentes que sejam beneficiários do Rendimento Social, como quer o PP, mas todos!).
O que o sistema não prova é a eficácia do modelo do bom selvagem que premeia os erros em vez de os punir. Porque existem vítimas alunos, e também vítimas professores, de uma utopia delirante e da sua absurda tentativa de concretização. Será assim tão difícil enterrar o modelo utópico, que os professores sabem que não funciona, e copiar modelos que efectivamente funcionam noutros países, com a responsabilização efectiva dos alunos e dos pais, com um sistema disciplinar claro e fácil de executar, com responsáveis determinados, em vez da diluição dos conselhos e das garantias, complexas e demoradas, semelhantes às de processo judicial para aplicação à educação imediata e atempada de crianças e jovens?...

Este paradigma ideológico do desleixo está a destruir a educação e a promover a indisciplina e mediocridade nas escolas. Julgo que seria importante, nesta altura, e face ao desnorte do Governo, o Presidente da República promover um grande debate nacional sobre a disciplina na escola e a violência e delinquência juvenil para que se atinja um consenso viável para a educação das crianças e jovens do País.

Nota: a proposta de Rui Zink (rufia) para a tradução de «bullying» parece-me adequada. Assim, em vez de «bully», rufia e, em vez de «bullying», rufiagem.

in Blog Do Portugal Profundo - post de António Balbino Caldeira

domingo, novembro 16, 2008

Conferência em Leiria sobre “Bullying”


No âmbito do ciclo de sessões temáticas promovidas pelo Centro de Formação da Rede de Cooperação e Aprendizagem (CF RCA) vai ser realizada uma conferência no próximo dia 27.11.08, pelas 18.00 horas, no Auditório da Escola Superior de Educação de Leiria, subordinada ao seguinte tema:

Agressividade Contínua Entre Pares na Escola - “Bullying”


Estão convidados para participar no debate desta temática que tem por vezes impactos dramáticos na vida escolar dos alunos. O evento destina-se ainda a encarregados de educação e público em geral.

PROGRAMA
18.00 – Recepção
18.15 – Sessão de Abertura

18.20 – Comportamentos de bullying em contexto escolar: repercussões e sinais de alerta - Sónia Raquel Seixas
Licenciatura em Antropologia Social e Psicologia Educacional. Doutoramento em Psicologia da Educação (sobre comportamentos de bullying). Docente do Ensino Superior desde 1998, tendo leccionado em locais como o ISPA,o Instituto Piaget, a ESE João de Deus e, presentemente, a ESE de Santarém. Várias comunicações e publicações apresentadas no domínio do desenvolvimento da criança e jovem e no âmbito do bullying.

18.50 - O Maltrato em Contexto Escolar no Concelho de Leiria - Cristina Maria Alveirinho Cardoso Marques
Licenciada em Psicologia pela Universidade de Coimbra e Pós-Graduada em Psicologia Clínica. É psicóloga escolar desde 1985 e exerce funções na Escola Secundária de Domingos Sequeira desde 1991. Aluna da Universidad de Extremadura na Facultad de Educación onde obteve Diploma de Estudos Avançados e projecta o seu Doutoramento no âmbito da temática do encontro.

19.20 - Debate
Moderador: Dulce Pedrosa (Presidente do Conselho Pedagógico da Escola Secundária Domingos Sequeira)



Mais informações e inscrições em http://rca.ccems.pt


A inscrição é gratuita mas limitada à capacidade do Auditório, pelo que se recomenda que que se inscrevam o mais rapidamente possível.