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quinta-feira, agosto 24, 2023

A cidade de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1944 anos...

 
Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C.
     
    
A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela manteve-se oculta durante cerca de dezasseis séculos, até ser reencontrada, por acaso, em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com cerca de dois milhões e meio de visitantes por ano.
    
   
A erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Nas cercanias as cidades romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano, sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e gases que chegou a uma altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e pedra-pomes a uma proporção de 1.5 milhão de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.
Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700 °C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.
 

quarta-feira, agosto 24, 2022

Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1943 anos

 
Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C.
     
    
A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela manteve-se oculta durante cerca de dezasseis séculos, até ser reencontrada, por acaso, em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com aproximadamente 2.500.000 visitantes por ano.
    
   
A erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Nas cercanias as cidades romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e gases que chegou a uma altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e pedra-pomes a uma proporção de 1.5 milhão de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.
Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700 °C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.
 

terça-feira, agosto 24, 2021

A cidade romana de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1942 anos


Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do actual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C.
   
   
A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela manteve-se oculta durante cerca de dezasseis séculos, até ser reencontrada, por acaso, em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com aproximadamente 2.500.000 visitantes por ano.
  
   
A erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Nas cercanias as ciadades romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e gases que chegou a uma altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e pedra-pomes a uma proporção de 1.5 milhão de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.
Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700 °C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.

quarta-feira, abril 14, 2021

Um vulcão islandês com nome impronunciável gerou o caos na aviação mundial há onze anos


As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull foram uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull, na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que começou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.

Em outubro de 2010 as erupções cessaram, segundo declarações de Ármann Höskuldsson, cientista do Instituto de Ciências Terrestres da Islândia, embora a área ainda esteja geotermicamente ativa e ainda haja uma possibilidade de uma nova erupção no futuro.
 
As cinzas vulcânicas trazidas pelos ventos são um grande perigo para os aviões. Por esse motivo, a segunda fase da erupção causou um grande distúrbio no tráfego aéreo europeu e mundial. Enquanto algumas cinzas foram para áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por ventos do oeste, indo parar à Europa. Os gases e cinzas reduzem a visibilidade e quando entram nas turbinas podem paralisar os motores do avião. Por esse motivo, seguindo as regras da IFR, Finlândia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Holanda Hungria, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suíça e os territórios de Aland e Ilhas Faroé tiveram o tráfego aéreo fechado. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) estimou que a indústria aérea mundial perdeu 148 milhões de euros por dia durante a interrupção.


Mapa composto da nuvem de cinza vulcânica abrangendo nos dias de 14 a 25 de abril de 2010

sábado, abril 14, 2018

Há oito anos o vulcão islandês Eyjafjallajökull paralizou os voos na Europa

O Eyjafjallajökull é um dos glaciares de menores dimensões da Islândia. Situa-se a norte de Skógar e a oeste de um glaciar de maiores dimensões conhecido como Mýrdalsjökull.
A bacia do glaciar cobre um vulcão (1.666 m de altura) cuja actividade eruptiva começou a ser mais frequente a partir da última idade do gelo. A penúltima erupção ocorreu em 1821-23, provocando um jökulhlaup (literalmente, "corrida glaciar") fatal. A cratera do vulcão tem um diâmetro de 3 a 4 km. O glaciar estende-se por cerca de 107 km².
O limite sul da montanha fez, no passado, parte da costa atlântica. Com a regressão marítima, formaram-se penhascos inclinados que originam hoje em dia um conjunto impressionante de quedas de água, sendo a mais conhecida a de Skógafoss. Se houver vento forte, a água das cascatas menores é levada pela montanha acima, pelo ar.
O nome Eyjafjallajökull é uma justaposição dos substantivos islandeses eyja, fjalla e jökull, respectivamente "ilha", "montanha" (ambos no genitivo plural) e "glaciar". O termo pode ser traduzido, literalmente, como "glaciar das montanhas das ilhas" - o Eyjafjallajökull se encontra nas proximidades das ilhas Vestmann.
 
     
Mapa mostrando os países em que o tráfego aéreo foi completamente paralisado (vermelho) e parcialmente (laranja); a Islândia aparece a verde
As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull (pronúncia: eia-fiatla-iocutl) são uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull, na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que se iniciou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.
Mapa composto da nuvem de cinza vulcânica abrangendo nos dias de 14 a 25 de abril de 2010
  
As cinzas vulcânicas trazidas pelos ventos são um grande perigo para as aeronaves. Por esse motivo, a segunda fase da erupção causou um grande distúrbio no tráfego aéreo europeu e mundial. Enquanto algumas cinzas foram a áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por ventos do oeste, indo parar à Europa. Os gases e cinzas reduzem a visibilidade e quando entram nas turbinas podem paralisar os motores do avião. Por esse motivo, seguindo as regras da IFR, Finlândia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Holanda Hungria, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suíça e os territórios de Aland e Ilhas Faroé tiveram o tráfego aéreo fechado. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) estima que a indústria aérea mundial perdeu cerca de 148 milhões por dia durante a interrupção.
 

domingo, abril 14, 2013

Há três anos, um vulcão islandês com nome impronunciavel, paralizou os céus europeus

Eyjafjallajökull é um dos glaciares de menores dimensões da Islândia. Situa-se a norte de Skógar e a oeste do glaciar de maiores dimensões conhecido como Mýrdalsjökull.
A bacia do glaciar cobre um vulcão (1666 m de altura) cuja actividade eruptiva começou a ser mais frequente a partir da última idade do gelo. A penúltima erupção ocorreu em 1821-23, provocando um jökulhlaup (literalmente, "corrida glaciar") fatal. A cratera do vulcão tem um diâmetro de 3 a 4 km. O glaciar estende-se por cerca de 107 km².
O limite sul da montanha fez, no passado, parte da costa atlântica. Com a regressão marítima, formaram-se penhascos inclinados que originam hoje em dia um conjunto impressionante de quedas de água, sendo a mais conhecida a de Skógafoss. Se houver vento forte, a água das cascatas menores é levada pela montanha acima, pelo ar.
O nome Eyjafjallajökull é uma justaposição dos substantivos islandeses eyja, fjalla e jökull, respectivamente "ilha", "montanha" (ambos no genitivo plural) e "glaciar". O termo pode ser traduzido, literalmente, como "glaciar das montanhas das ilhas" - o Eyjafjallajökull se encontra nas proximidades das ilhas Vestmann.


Mapa mostrando os países em que o tráfego aéreo foi completamente paralisado (vermelho) e parcialmente (laranja); a Islândia aparece a verde

As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull (pronúncia: eia-fiatla-iocutl) são uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull, na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que se iniciou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.

Mapa composto da nuvem de cinza vulcânica abrangendo nos dias de 14 a 25 de abril de 2010

As cinzas vulcânicas trazidas pelos ventos são um grande perigo para as aeronaves. Por esse motivo, a segunda fase da erupção causou um grande distúrbio no tráfego aéreo europeu e mundial. Enquanto algumas cinzas foram a áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por ventos do oeste, indo parar à Europa. Os gases e cinzas reduzem a visibilidade e quando entram nas turbinas podem paralisar os motores do avião. Por esse motivo, seguindo as regras da IFR, Finlândia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Holanda Hungria, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suíça e os territórios de Aland e Ilhas Faroé tiveram o tráfego aéreo fechado. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) estima que a indústria aérea mundial perdeu cerca de 148 milhões por dia durante a interrupção.

sábado, agosto 27, 2011

A erupção que destruiu a ilha indonésia de Krakatoa ocorreu há 128 anos

 Uma ilustração do Krakatoa feita no século XIX

No dia 27 de Agosto de 1883, a ilha de Krakatoa ou Cracatoa(em indonésio: Krakatau), localizada no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, desapareceu quando o vulcão de mesmo nome, no monte Perboewatan - supostamente extinto - entrou em erupção. É considerada a erupção vulcânica mais violenta que o homem moderno já testemunhou.
A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 37 mil mortos. Sua explosão atirou pedras a aproximadamente 27 km de altitude e o som da grande última explosão foi ouvida a cinco mil quilómetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpreendidos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. Os barógrafos de Bogotá (próximo às antípodas do local da explosão) e Washington enlouqueceram. O barulho chegou também até Austrália, Filipinas e Índia.
Acredita-se que o som da última grande explosão foi o mais intenso já ouvido na face da Terra e reverberou pelo planeta ao longo de nove dias. Todos os que se encontravam em um raio de 15 km do vulcão tiveram seus tímpanos rompidos e ficaram surdos.
Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.
A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 km de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.
Actualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau (Anak Krakatoa, filho de Krakatoa ou Krakatau), que já possui mais de 800 metros de altura, sendo que a cada ano aumenta cinco metros aproximadamente, podendo haver mudanças.

domingo, junho 05, 2011

Vulcão andino entra em erupção no Chile

Cinzas do Puyehue chegaram à Argentina
Vulcão no Chile “acordou” passados 50 anos e obrigou à fuga de 3500 pessoas

O vulcão lançou uma nuvem de cinzas com cerca de dez quilómetros de altitude

O vulcão Puyehue, no Sul do Chile, entrou ontem em erupção, depois de 50 anos adormecido, e obrigou 3500 pessoas a abandonar as suas casas. A nuvem de cinzas chegou à vizinha Argentina.

A entrada em erupção do Puyehue, 870 quilómetros a Sul de Santiago, provocou “uma explosão que causou uma coluna de cinzas com uma altura aproximada de dez quilómetros e cinco de extensão”, informou ontem o Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin) do Chile.

O Governo ordenou, ao início da tarde de ontem, a retirada de cerca de 3500 pessoas que viviam em cerca de 20 localidades nas proximidades do vulcão. Inicialmente, apenas 600 pessoas tinham recebido ordens de retirada, pela manhã, como medida de prevenção. Mas um alerta do Sernageomin, prevendo uma forte actividade sísmica na região, reforçou as medidas das autoridades.

Às 15h15 (19h15, hora em Portugal), o Departamento nacional de emergências (Onemi) anunciou que “o nível de alerta vulcânico do Serviço de Geologia foi elevado para o nível 6 (numa escala de 8), correspondendo a uma erupção moderada”.

“Apercebemo-nos de uma coluna de fumo no cimo do vulcão (...) e sentimos um odor a enxofre”, contou o autarca da região de Los Rios, Juan Andres Varas, citado pelos media chilenos.

O ministro chileno do Interior, Rodrigo Hinzpeter, acredita que as medidas de emergência accionadas para proteger a população serão de “curta duração”. “Pensamos que foram tomadas as medidas adequadas e esperamos que as coisas evoluam favoravelmente.”

Na Argentina, na cidade de Bariloche, a nuvem de cinzas obrigou ao encerramento do aeroporto. Durante a tarde, “registámos uma forte queda de cinzas, como se fosse neve”, disse à estação de televisão TN o porta-voz da autarquia, Carlos Hidalgo. “A cidade ficou completamente cinzenta.” As autoridades aconselharam os habitantes a não sair de casa e a fechar portas e janelas.

O vulcão Puyehue, com 2240 metros de altura, situa-se na cordilheira dos Andes. A sua última grande erupção aconteceu em 1960, depois do sismo de Valdivia, de magnitude 9,5 na escala de Richter. Morreram 5700 pessoas no Chile.

A entrada em actividade do Puyehue é a última de uma série de alertas vulcânicos no Sul do Chile nos últimos anos. Em 2008, a erupção do Chaiten, a 1300 quilómetros de Santiago, forçou a evacuação da cidade com o mesmo nome. As ruas ficaram cobertas de uma camada de cinzas com dezenas de centímetros de espessura. Também em 2008 e depois em 2009, o vulcão Llaima - um dos mais activos do Chile, a 700 quilómetros de Santiago – forçou a retirada de dezenas de habitantes das localidades mais próximas.

quinta-feira, maio 26, 2011

Parou a erupção na Islândia!

Vulcão Grímsvötn cessou erupção - informação recebida do IM


O Serviço Meteorológico da Islândia confirmou que o vulcão Grímsvötn diminuiu substancialmente a sua actividade, sendo apenas visível a emissão de uma pluma de vapor de água, estando a emissão de cinzas confinada à zona de erupção.

As últimas previsões do Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas (VAAC) de Londres, para o período entre as 06.00 horas de hoje e as 00.00 horas UTC do dia 27 de Maio (entre as 07.00 horas de hoje e 01.00 hora local de amanhã no Continente e Madeira), apontam para que pluma de cinzas vulcânicas esteja a diminuir, prevendo-se que deixe de afectar a região central da Europa, mantendo-se apenas numa pequena parte da Rússia e Escandinávia.

O Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas (VAAC) de Londres está a monitorizar a situação emitindo informação para o tráfego aéreo, de acordo com as normas da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO).

O IM encontra-se a acompanhar a situação e actualizará a informação sempre que se considere necessário.

domingo, maio 22, 2011

Mais um vulcão islandês a chatear os viajantes áreos

Episódio não deverá ser tão grave como o do ano passado
Cinzas de vulcão islandês podem chegar ao Reino Unidos, França e Espanha

Nuvem de cinzas emerge do Vulcão Grimsvotn na Islândia

As cinzas do vulcão Grimsvotn, que entrou em erupção sábado, na Islândia, poderão atingir o Reino Unido, França e Espanha ao longo desta semana, segundo um previsão porém com um substancial grau de incerteza. A erupção já obrigou ao encerramento dos aeroportos na Islândia.

As previsões feitas neste domingo para as 24 horas seguintes sugerem que a nuvem expelida pelo vulcão continuará a dirigir-se para Norte, sem impacto sobre a Europa. Mas a chegada de um centro de baixa pressão pode alterar a situação, empurrando as cinzas primeiro para a Escócia, na terça-feira, e para outras partes do Reino Unido, França e Espanha na quinta e sexta-feira.

Este cenário leva em conta que o vulcão mantenha a mesma actividade nos próximos dias, mas há uma certa dose de incerteza nesta antecipação. Ainda assim, segundo a agência Reuters, as companhias aéreas europeias terão sido informadas de que poderá eventualmente haver alguma interferência no espaço aéreo.

O espaço aéreo islandês já foi encerrado por causa da erupção do Grimsvotn, o vulcão mais activo do país, situado a cerca de 50 quilómetros daquele que, no ano passado, fez parar durante vários dias o tráfego aéreo europeu.

As cinzas vulcânicas elevaram-se a cerca de 20 quilómetros mas, numa primeira apreciação, o instituto meteorológico islandês considerou que esta erupção não deveria, desta feita, causar transtornos generalizados.

No ano passado, as cinzas vulcânicas do vulcão Eyjafjallajokul obrigaram ao encerramento de praticamente todo o espaço aéreo europeu, provocando o caos nos aeroportos.

Hjordis Gudmundsdottir, uma porta-voz das autoridades nacionais de aviação civil - que impuseram uma proibição de voos num raio de cerca de 200 quilómetros em redor do vulcão - disse: “Fechámos a área até que percebamos melhor que efeito terão as cinzas vulcânicas”.

Mas os responsáveis islandeses parecem concordar que este episódio não deverá causar os mesmos transtornos do ano passado, que originou o mais generalizado fecho do espaço aéreo europeu desde a II Guerra Mundial, estimando-se que tenha afectado cerca de 10 milhões de pessoas.

Pall Einarsson, um geofísico da Universidade de Islândia, disse à BBC que a erupção de 2010 foi um evento raro: “As cinzas do Eyjafjallajokull foram persistentes e eram finas”, disse. “As cinzas do Grimsvotn são mais grossas e não são tão perigosas, uma vez que caem ao chão mais rapidamente e não ficam tanto tempo suspensas no ar como aconteceu durante a erupção do Eyjafjallajokull”.

O vulcão Grimsvotn fica debaixo do maior glaciar da Europa, o Vatnajokull, no sudeste do país.

A Reuters indica que da última vez que este vulcão entrou em erupção, em 2004, os voos transatlânticos tiveram que ser redireccionados para o sul da Islândia mas que nenhum aeroporto foi fechado nessa altura.

quinta-feira, abril 14, 2011

Há um ano, um vulcão com nome impronunciável parou imensos aviões e gerou o caos


Eyjafjallajökull  é um dos glaciares de menores dimensões da Islândia. Situa-se a norte de Skógar e a oeste do glaciar de maiores dimensões conhecido como Mýrdalsjökull.
A bacia do glaciar cobre um vulcão (1666 metros de altitude) cuja actividade eruptiva começou a ser mais frequente a partir da última idade do gelo. A penúltima erupção ocorreu em 1821-23, provocando um jökulhlaup (literalmente, "corrida glaciar") fatal. A cratera do vulcão tem um diâmetro de 3 a 4 km. O glaciar estende-se por cerca de 107 km².
 (...)

O nome Eyjafjallajökull é uma justaposição dos substantivos islandeses eyja, fjalla e jökull, respectivamente "ilha", "montanha" (ambos no genitivo plural) e "glaciar". O termo pode ser traduzido, literalmente, como "glaciar das montanhas das ilhas" — o Eyjafjallajökull se encontra nas proximidades das ilhas Vestmann.

(...)

O vulcão entrou em erupção novamente em 21 de Março de 2010; o tráfego aéreo de boa parte do norte da Europa foi prejudicado pela enorme coluna de piroclastos expelidos. Em 15 de Abril o espaço aéreo foi fechado em diversos países do norte e oeste da Europa para voos comerciais devido à precipitação de cinzas na atmosfera, que poderiam causar (...) falhas operacionais dos motores a jacto dos aviões.

in Wikipédia (adaptado)

domingo, abril 10, 2011

A maior erupção vulcânica de toda a história moderna ocorreu há 196 anos


O Monte Tambora ou Vulcão Tambora é um estrato-vulcão ou vulcão composto, activo, na ilha de Sumbawa, Indonésia.
A ilha de Sumbawa é flanqueada tanto ao norte como ao sul por crosta oceânica, e Tambora foi formado pela activas zonas de subducção sob ele. Isto elevou o Monte Tambora a altura de 4300 metros, fazendo-o uma das mais altas formações do arquipélago da Indonésia e injectado uma grande câmara de magma dentro da montanha. Demorando séculos para abastecer a câmara de magma, sua actividade vulcânica atingindo o pico em Abril de 1815.
O Monte Tambora entrou em erupção entre 5 e 10 de Abril de 1815, atingindo o nível 7 no índice de explosividade vulcânica, realizando a maior erupção desde a erupção do Lago Taupo em 181 DC. Esta erupção é considerada a maior registrada na Terra, detendo o recorde do volume de matéria expelida: 180.000.000.000 m3 ou 180 Km3.

(...)
A erupção criou anomalias climáticas globais. Não houve verão no hemisfério norte em consequência da erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas devido a falta de alimento com registos estatísticos confiáveis especialmente na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido como Ano Sem Verão. Culturas agrícolas colapsaram e gado morreu, resultando na pior fome do século XIX.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Etna em erupção

Aeroporto e base militar encerrados
Itália: Vulcão Etna entra em breve erupção

Erupção vulcânica foi vista das cidades de Catânia e Taormina

O vulcão Etna, na ilha italiana da Sicília, entrou em breve erupção na noite passada, obrigando ao encerramento temporário do aeroporto internacional da Catânia e da base militar de Signonella

A actividade do vulcão aumentou de intensidade durante umas horas, apesar de ter abrandado durante a noite de quarta-feira, informa o Instituto de Nacional de Geofísica e Vulcanologia.

O Etna expeliu cinzas e um rio de lava pela encosta do Valle del Bove, uma zona desértica, obrigando ao fecho, por precaução, do espaço aéreo circundante ao aeroporto internacional de Catânia, entre as 00h00 e as 06h30.

A erupção vulcânica foi vista das cidades de Catânia e Taormina.

Apesar de a actividade de o Etna ter abrandado, os especialistas, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, não descartam a possibilidade de a lava voltar a correr pela encosta. 

in CM - ler notícia

terça-feira, novembro 16, 2010

Fotos da erupção do Sinabung no Público


O Público tem uma colecção de fotos da actual erupção que vale a pena ver:



quinta-feira, outubro 28, 2010

Indonésia a ferro e fogo

Número de vítimas mortais de sismo e tsunami sobe para 343
Indonésia: Vulcão Merapi volta a entrar em erupção

Quatro mil pessoas perderam as suas casas

O número de mortos devido ao terramoto seguido de tsunami que atingiu na segunda-feira o arquipélago de Mentawai, Indonésia, aumentou esta quinta-feira para 343. A juntar-se à tragédia está novamente o vulcão Merapi, que entrou em actividade esta manhã, dois dias depois da primeira erupção que levou à retirada de mais de 40 mil pessoas e à morte de mais de outras 30.

Ferry Faisal, funcionário da Agência Nacional de Gestão de Desastres de Sumatra Ocidental, indicou que "338 pessoas permanecem desaparecidas" devido ao terramoto magnitude 7,7 na escala Richter e do tsnunami que se fez sentir no país.

Além disso, cerca de 4 mil pessoas perderam as suas casas, destruídas por ondas de até seis metros que entraram nas ilhas Mentawai, situadas próximo ao litoral de Sumatra.

Quarta-feira, chegou à ilha de Pagai, norte de Mentawai, o primeiro avião com ajuda humanitária, carregado com 16 toneladas de barracas, remédios, alimentos e roupas. Contudo as equipas de emergência estão a ter problemas para chegar às ilhas mais remotas.

À tragédia causada pelo tsunami juntou-se a erupção do vulcão Merapi, na região central da ilha de Java, que deixou pelo menos 30 mortos, cerca de 100 feridos e quase 42 mil desalojados.

Esta manhã, família e amigos acompanharam enterros colectivos de algumas vitimas da tragédia que abateu o país.

A Indonésia fica sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande actividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil terramotos anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.




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quarta-feira, outubro 27, 2010

Notícia sobre as catástrofes indonésias

Balanço actualizado de 154 mortos
Equipas de resgate lutam para socorrer vítimas de tsunami e vulcão na Indonésia

O vulcão de Mount Merapi entrou em erupção no fim de Agosto, pela primeira vez em séculos

As equipas de socorro indonésias prosseguem as buscas pelos mais de 400 desaparecidos num tsunami que varreu aldeias inteiras no arquipélago de Mentawai, e cujo balanço oficial de vítimas mortais ascendeu esta manhã a 154.


O chefe dos serviços de emergência da província de Sumatra Oeste sublinhou que as operações de resgate enfrentam muitas dificuldades, dado o difícil acesso às ilhas mais afectadas pela vaga gerada pelo terramoto (de 7,7 na escala de Richter, com epicentro a 78 quilómetros a oeste de Pagai Sul, na noite de segunda-feira).

À dificuldade de acesso juntam-se ainda más condições atmosféricas, com chuvas intensas que se devem prolongar nos próximos dias, além de réplicas do terramoto.

As autoridades sublinham ser urgente fazer chegar ajuda aos sobreviventes que perderam casas e não dispõem nem de alimentos. “Já há algumas tendas de campanha [nos locais], mas não são suficientes, são precisas muitas mais”, avaliava o responsável de Sumatra Oeste.

Hoje o Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyoni – que se encontra em visita ao Vietname – deslocar-se-á a Padang, bem perto das zonas mais devastadas em Sumatra, para avaliar as operações de resgate.

Ao mesmo tempo, as autoridades indonésias enfrentam os efeitos da erupção do vulcão de Mount Merapi, ontem, que provocou 28 mortos e 14 feridos graves. Os esforços estão agora em conseguir deslocar mais de 11 mil aldeões que habitam em redor do vulcão, um dos mais activos da Indonésia, nos arredores da cidade de Yogyakarta, na ilha de Java. O alerta permanece elevado, mas os peritos dizem que o vulcão está agora “bastante calmo”.



NOTA: embora com erros (basta ler atentamente a legenda da figura para descobrir dois...) aqui fica a notícia.

terça-feira, outubro 26, 2010

Erupção na Indonésia

19 mil habitantes retirados do local
Indonésia: Vulcão Merapi entra em erupção


O vulcão indonésio Merapi, localizado na ilha de Java, entrou esta terça-feira em erupção, emitindo por três ocasiões nuvens e cinzas vulcânicas, indicou um vulcanólogo.


"Ouvimos três explosões por volta das 18.00 horas (12.00 horas em Lisboa), que lançaram cinzas até 1,5 quilómetros de altitude e nuvens de vapor ao longo das encostas" do vulcão, afirmou Surono, responsável pela vigilância dos vulcões indonésios.

As autoridades indonésias ordenaram na segunda-feira a retirada de cerca de 19 mil pessoas que vivem num raio de 10 quilómetros, depois de terem elevado o nível de alerta para erupção iminente.

O vulcão Merapi, situado a 26 quilómetros a norte da cidade de Yogyakarta, é um dos 129 vulcões indonésios activos com maior actividade, entrando em erupção, em média, de quatro em quatro anos.

O vulcão, que entrou em erupção pela última vez em 2006, já tinha lançado na segunda-feira pequenas quantidades de lava que atingiram o rio Gendol.

As autoridades oficiais explicaram então que a erupção do Merapi poderia ser idêntica à ocorrida em 1930 quando soterrou 13 aldeias e provocou a morte a 1.400 pessoas.

Em 2006, o vulcão entrou em erupção depois de um terramoto em Yogyacarta e provocou uma nuvem de cinza e gás que causou dois mortos.

terça-feira, agosto 24, 2010

A cidade romana de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1931 anos


Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do actual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C.

A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exacto em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.

segunda-feira, maio 17, 2010

O Eyjafallajoekull e aviação - nova notícia

Aeroportos devem funcionar sem grandes perturbações durante esta semana
Nuvem de cinzas pode ser uma presença constante no Verão europeu

Situação criada pelo vulcão tende a melhorar durante a semana (Ingolfur Juliusson/Reuters)

Mil dos 28 mil voos que diariamente se realizam na Europa foram hoje cancelados, com os aeroportos britânicos e holandeses a serem obrigados a encerrar, da parte da manhã, por causa da nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia e soprada para sul. Mas este pode bem ser o prenúncio de um Verão do nosso descontentamento, com a nuvem provocada pela erupção do Eyjafjallajökull a deixar milhares de passageiros em terra a qualquer momento.

A situação tende a melhorar durante a semana, com ventos vindos do sul a levarem a nuvem em direcção ao Árctico, adiantam os serviços meteorológicos britânicos. Não se espera, portanto, que a nuvem de cinzas fique parada vários dias sobre a Europa, como aconteceu em Abril, obrigando o tráfego aéreo a parar durante vários dias — e causando um caos a nível global e não apenas na Europa.

As companhias aéreas protestaram violentamente nessa altura — e começam a fazê-lo agora. Willie Walsh, director executivo da British Airways, afirmou que fechar o espaço aéreo “é uma reacção brutalmente excessiva face a um risco menor”, segundo a Reuters. “Pode ser gerido, não precisamos destes encerramentos de larga escala”, afirmou em Londres. Richard Branson, o patrão da Virgin, disse que a interdição de voar era “para lá de uma piada”.

Philip Hammond, o novo ministro dos Transportes britânico, avançou que está a ser estudado, com os fabricantes de aeronaves, se será seguro permitir voos através de maiores densidades de cinzas vulcânicas.

Novas erupções?

Parece sensato precaver os próximos tempos, porque a erupção do Eyjafjallajökull não parece estar com tendência para acalmar. “A taxa de erupção das cinzas e a altura que atinge diminuíram, embora de vez em quando se voltem a intensificar. É de esperar que este padrão continue”, comentou David Rothery, do Departamento de Ciências da Terra e do Ambiente da Universidade Aberta do Reino Unido, citado pela Reuters.

“As grandes perturbações do tráfego aéreo são prováveis quando a coluna de cinzas é alta e o vento as leva para sudeste, portanto, penso que acontecerá alguns dias todos os meses”, adianta Rothery.

Thor Thordarson, um vulcanólogo islandês que trabalha na Universidade de Edimburgo, tem estado a trabalhar num modelo estatístico das erupções naquela ilha nos últimos 1100 anos que acrescenta mais uma preocupação para o tráfego aéreo europeu: “A frequência das erupções vulcânicas na Islândia parece subir e descer em ciclos de cerca de 140 anos. Na última parte do século XX, estivemos num período de acalmia, mas agora há indícios de que estaremos a aproximar-nos de um pico”, disse ao Sunday Times.

Pelo menos três outros grandes vulcões islandeses podem estar a aproximar-se de uma erupção: Grimsvotn, Hekla e Askja, todos maiores do que o Eyjafjallajökull, diz Thordarson. Mas isto é apenas uma teoria.

quinta-feira, maio 13, 2010

Notícia sobre a erupção do Eyjafallajoekull e aviação

Erupção do vulcão não dá sinais de querer abrandar
Será possível minimizar o caos no tráfego aéreo?

O problema é saber qual a quantidade de matéria que sai do vulcão

O glaciar Eyjafjalla, no sul da Islândia, costumava ser branco, como são normalmente os glaciares. Agora, porém, a quase totalidade da sua superfície está preta, devido à acumulação das cinzas cuspidas nas últimas semanas pelo vulcão do cimo do Eyjafjallajökull (jökull é "glaciar", em islandês). Assim descrevem José Luis Fernández Turiel e colegas, do Conselho Superior da Investigação científica espanhol, a paisagem com que se depararam quando viajaram para o local na semana passada. Os investigadores, citados pela agência Efe, dizem que os efeitos negativos sobre o espaço aéreo europeu vão continuar - porque a erupção não vai parar.

Nestas condições, o que irá acontecer nos próximos tempos? Vamos continuar a ter de sofrer, ciclicamente, as consequências do cancelamento maciço de voos aéreos, como tem acontecido em Portugal e noutros países europeus desde Abril? Ou haverá maneiras de minimizar o caos no espaço aéreo, evitando assim pesadas facturas para a economia mundial, mas sem sacrificar os níveis de segurança dos transportes aéreos? E, mesmo que esta erupção acabe daqui a uns meses, será que nos podemos dar ao luxo de ignorar que poderá haver outras no futuro?

O modelo matemático utilizado desde o início da erupção para simular - e portanto prever - a dispersão na atmosfera da nuvem de cinzas expelida pelo vulcão foi desenvolvido, depois do desastre de Chernobil de 1986, para seguir o rasto à nuvem de cinzas radioactivas então cuspidas pela explosão do reactor nuclear soviético. Como explicava há dias a revista Nature, o modelo "permite calcular como as partículas se difundem na atmosfera - a que distância, velocidade e altitude - com base na velocidade e na direcção do vento e na concentração, composição e tamanho das partículas de cinza".

Simular e observar

Este modelo tem sido muito criticado desde Abril, em particular pelas companhias aéreas, que acham que as autoridades aeronáuticas europeias deixaram muitos aviões desnecessariamente em terra. Mas se a maior parte dos cientistas não parece ter dúvidas sobre o modelo em si, já não se pode dizer o mesmo de uma variável crucial para o modelo funcionar. "O modelo é bastante bom", disse-nos pelo telefone Pierre Flamant, do Laboratório de Meteorologia Dinâmica de Palaiseau, perto de Paris. "O problema é saber qual a quantidade de matéria que sai do vulcão. Sem isso, a previsão da distribuição das cinzas estará errada."

Ora, foi esta situação que se verificou em Abril: ninguém sabia ao certo a quantidade de matéria emitida na fonte. Mas, durante o mês de Maio, uma missão científica do Instituto de Física da Atmosfera de Wessling (Munique) sobrevoou a área em volta do vulcão e conseguiu recolher dados mais certeiros: sabe-se agora que o vulcão produz três toneladas de cinzas por segundo e que elas permanecem suspensas no ar durante pelo menos sete horas. "Estes dados vão permitir calibrar o modelo utilizado para a previsão de forma a determinar exactamente a quantidade de cinzas presentes no ar", disse na altura Ulrich Schumann, director daquele instituto alemão, citado pela AFP. Porém, a simulação matemática só será válida se for acompanhada por monitorizações terrestres, aéreas e a partir de satélites.

"Já existe uma rede de vigilância", diz-nos Flamant. A rede é a Earlinet, uma rede de 21 lidares, aparelhos que funcionam à maneira dos radares mas são capazes de detectar partículas em suspensão até aos 15 quilómetros de altitude. E acrescenta: "A União Europeia vai ter de apostar neste tipo de previsão. É evidente que, se isso acontecer, os cientistas vão poder desenvolver ferramentas que, dentro de uns anos, forneçam resultados fiáveis".

Uma ferramenta que nunca chegou a ver a luz do dia e que, na situação actual, poderia ter marcado a diferença, foi proposta em 1991 por Fred Prata, do Instituto Norueguês de Estudos Atmosféricos. Este investigador tinha sugerido a instalação, a bordo dos aviões, de monitores que, associados às leituras dos radares, permitissem a detecção pelos pilotos de eventuais nuvens de cinzas, que poderiam assim ser contornadas, evitando o perigo. "Se os aviões tivessem entretanto sido equipados com esse sistema", desabafou Prata à revista Nature em plena crise do espaço aéreo europeu no mês de Abril, "neste momento, eles estariam no ar".