segunda-feira, abril 15, 2024
Os protestos na Praça da Paz Celestial começaram há 35 anos
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domingo, abril 14, 2024
François Duvalier, o Papa Doc, nasceu há 117 anos
François Duvalier (Porto Príncipe, 14 de abril de 1907 - Porto Príncipe, 21 de abril de 1971), também conhecido como Papa Doc, foi um político e médico haitiano que serviu como Presidente do Haiti de 1957 a 1971. Ele foi eleito Chefe de Estado da sua nação com uma plataforma populista e de nacionalismo negro. Após deter um golpe militar, em 1958, o seu regime tomou um caráter totalitário e despótico. Entre um dos seus atos mais notórios foi a formação de um esquadrão da morte, conhecido como Tonton Macoute (em crioulo haitiano: Tonton Makout), cujo principal propósito era assassinar opositores do governo de Duvalier. Os Tonton Macoute eram tão eficientes nas suas atividades clandestinas de caçar e matar dissidentes, que a população geral haitiana ficava extremamente receosa de expressar qualquer forma de descontentamento com o governo, mesmo que em privado.
Duvalier buscou consolidar o seu poder ao incorporar elementos da mitologia haitiana no culto à personalidade que foi erguido à sua volta. O seu governo foi marcado por prisões arbitrárias, tortura e morte de opositores, corrupção e nepotismo. No âmbito externo, de início manteve-se alinhado aos Estados Unidos, mas quando o seu regime começou a ficar cada vez mais opressor, os americanos foram lentamente cortando os seus laços com ele. Em 1962, Papa Doc anunciou que seu país rejeitaria qualquer ajuda monetária vinda do governo americano. Ele então se apropriou de toda a ajuda externa que vinha para o Haiti, desviando milhões de dólares para contas pessoais. Com o passar dos anos, o seu regime foi se tornando cada vez mais repressivo. Bens privados eram expropriados pelo governo e toda a oposição era silenciada. Fome e má-nutrição tornaram-se recorrentes. Por causa destas atrocidades, Duvalier era chamado de "Diabo do Haiti".
Durante o seu regime, a economia do Haiti sofreu, enquanto ele acumulava uma enorme fortuna pessoal. A repressão política e a falta de oportunidades fez com que houvesse uma enorme fuga de cérebros do país, com a elite intelectual haitiana fugindo em grande número para o exterior. Ainda assim a sua popularidade permaneceu alta durante boa parte do seu governo, sustentada pela população maioritariamente rural, que dependia de subsídios do governo para se manter relevante economicamente. O seu discurso do nacionalismo negro também ressoava na classe média-baixa.
Antes de se tornar presidente, Duvalier foi um médico com certo prestígio. O seu profissionalismo e conhecimento da área deram-lhe a alcunha de "Papa Doc". Uma vez no poder, foi reeleito, em 1961, numa eleição conturbada, onde ele foi o único candidato nas listas de voto. Em seguida, continuou a consolidar o seu poder até ao ponto em que, em 1964, se proclamou Président à vie ("presidente vitalício") após outra eleição fraudulenta, mantendo-se no poder até à sua morte, em abril de 1971. Ele foi sucedido por seu filho, Jean‑Claude, que foi apelidado de "Baby Doc".Postado por Fernando Martins às 01:17 0 bocas
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quinta-feira, abril 11, 2024
Idi Amin foi expulso do Uganda há 45 anos...!
Idi Amin Dada (~1920 – 16 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin fez parte do King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quénia. Eventualmente, ele chegou à patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Chefe Supremo do Exército, antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele auto-promoveu-se a Marechal de Campo.
Em janeiro de 1979, o presidente tanzaniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandeses, como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente à contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país, a 11 de abril de 1979, após a queda da capital, Kampala. Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio, quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita, em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até ao fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e os seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar ao Uganda para morrer, mas o governo negou-lhe o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.
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segunda-feira, abril 08, 2024
Música para celebrar um dia de um povo especial...
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Hoje é o Dia Internacional do Cigano...!
Em Portugal, e como forma de representação da cultura cigana, tem vindo a ser feito ao longo dos últimos anos um trabalho orientado para a inclusão da comunidade cigana na sociedade civil portuguesa, a partir de uma intervenção articulada junto destas comunidades e de diferentes agências governamentais ou entidades privadas.
Em 2009, a propósito do Ano Europeu para o Diálogo Intercultural, a Subcomissão para a Igualdade de Oportunidades e Família, da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura elaborou um relatório que revela situações de exclusão e pobreza que estas comunidades continuam a ser alvo. O relatório aponta ainda algumas recomendações para intervenção, nomeadamente ao nível da educação e da habitação. Este documento abre a porta para a introdução desta questão na agenda política nacional e a partir daqui muitas iniciativas têm vindo a ser tomadas no sentido da integração social dos ciganos, valorizando e respeitando a sua cultura e identidade próprias e procurando a sua integração e participação plenas enquanto cidadãos e cidadãs portugueses/as. Para a sistematização e priorização desta intervenção, foi criada uma Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas.
NOTA: dedico este post aos meus alunos ciganos, atuais e antigos, bem como aos ciganos meus conterrâneos (da minha terra natal e da terra que escolhi para viver), a todos os meus amigos ciganos e à minha mãe, apreciadora de música cigana, deste tenra idade...
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quinta-feira, abril 04, 2024
Martin Luther King foi assassinado há cinquenta e seis anos...
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quarta-feira, abril 03, 2024
Helin Bölek, do Grup Yorum, morreu há quatro anos...
Helin Bölek (5 June, 1991 – 3 April 2020) was a Kurdish member of the leftist Turkish folk music band Grup Yorum.
Life and struggle
Bölek, the daughter of a family from Diyarbakır, worked in art during her youth. She took part in Grup Yorum as a soloist. She was arrested for the first time during a police operation at the İdil Culture Center in Istanbul in November 2016, when she was detained with seven other members of the group on charges of "resisting the police, insulting and being a member of a terrorist organization". The musicians Bahar Kurt, Barış Yüksel and Ali Aracı announced that they started an "indefinite and irreversible" hunger strike on 17 May 2019, to end the pressures from the state, the concert bans, and the raids on cultural centers.
Bölek joined the hunger strike in June 2019. She was released in November 2019 but kept on fasting. On 11 March 2020, İbrahim Gökçek and Helin Bölek were taken out to the Umraniye State Hospital after a police raid that morning at their home in Küçükarmutlu, Istanbul. In a statement made by their lawyer Didem Ünsal, the two Grup Yorum members stated that they were taken to the hospital by ambulance and that they were admitted to the emergency room, where they declared that they did not accept intervention or treatment.
She died on 3 April 2020, the 288th day of a hunger strike at her home in Istanbul, which was held as a means to protest against the treatment of the band by the Turkish Government led by Recep Tayyip Erdoğan. After her death, large crowds mourned Helin Bölek and they began to march towards a Cemevi. The police intervened the march and detained several participants, but the crowds managed to deliver her coffin to a Cemevi. The crowds intended to go to the cemetery but the police impeded it and detained several participants of the ceremony again. Afterwards, the police transported Helin Bölek to the cemetery.
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O pastor Martin Luther King fez o último sermão há 56 anos...
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domingo, março 31, 2024
Um golpe de estado levou o Brasil à ditadura há sessenta anos...
Tanques na Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, em 2 de abril de 1964
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domingo, março 24, 2024
Óscar Romero foi assassinado há 44 anos...
Óscar Romero é o primeiro salvadorenho a ser elevado aos altares, o primeiro arcebispo martirizado da América, o primeiro a ser declarado mártir depois do Concílio Vaticano II, e o primeiro santo nativo da América Central. Embora também São Pedro de Betancur tenha sido canonizado na cidade de Santiago de los Caballeros, na Guatemala, pelo seu trabalho na região e portanto, também um santo centro-americano, tinha nascido em Tenerife, Espanha.
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terça-feira, março 12, 2024
Ihor Homeniuk morreu vergonhosamente há quatro anos...
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segunda-feira, março 11, 2024
Slobodan Milosevic, o ditador e genocida sérvio, morreu há 18 anos
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domingo, março 10, 2024
O Dalai Lama conseguiu fugir do Tibete há 65 anos...
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Marcadores: China, Dalai Lama, Dia da Revolta Tibetana, direitos humanos, Partido Comunista Chinês, Revolta Tibetana de 1959
sexta-feira, março 08, 2024
Hoje é dia de celebrar a parte melhor da Humanidade...
Postado por Pedro Luna às 08:03 0 bocas
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terça-feira, março 05, 2024
Música adequada à data...
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Marcadores: apartheid, direitos humanos, Eddy Grant, Gimme Hope Jo Anna, Guiana, música, reggae, reggae rock, The Equals
Eddy Grant - 76 anos
Eddy Grant ou Edmond Montague Grant (Plaisance, 5 de março de 1948) é um músico da Guiana. Quando era muito jovem, os seus pais emigraram para o Reino Unido, onde ele se estabeleceu. Em 1968, como guitarrista e compositor do grupo multi-racial The Equals, alcançou pela primeira vez o topo das paradas de sucesso, com a canção "Baby Come Back".
Postado por Fernando Martins às 07:06 0 bocas
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segunda-feira, março 04, 2024
Miriam Makeba nasceu há noventa e dois anos...
Zenzile Miriam Makeba (Joanesburgo, 4 de março de 1932 - Castel Volturno, 10 de novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como "Mama África" e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal.
Postado por Fernando Martins às 09:20 0 bocas
Marcadores: África do Sul, apartheid, Click Song, direitos humanos, Mama Africa, Miriam Makeba, música, Qongqothwane, world music
Saudades de Mama Africa...
Postado por Pedro Luna às 00:09 0 bocas
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domingo, fevereiro 25, 2024
Nikita Khrushchev desmascarou finalmente os crimes de Estaline há 68 anos
O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com o seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, os expurgos e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Estaline, seu predecessor.
...Estaline descartou o método leninista de convencer e educar, ele abandonou o método de luta ideológica para que a violência, repressões em massa e terror...
...É claro que Estaline mostrou em toda uma série de casos a sua intolerância, a sua brutalidade e o seu abuso de poder. Em vez de provar a sua correção política e mobilizar as massas, muitas vezes ele escolheu o caminho da repressão e aniquilação física, não só contra os inimigos reais, mas também contra as pessoas que não tinham cometido qualquer crime contra o partido e o governo soviético. Aqui vemos nenhuma sabedoria, mas apenas uma demonstração da força brutal que outrora tão alarmou Lenine.
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Estaline. Após um longo debate, o discurso veio a tornar-se público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989. Logo após o congresso quase todos os Gulag foram fechados e, somente em Moscovo, regressaram 200.000 presos políticos. Anastas Mikoyan, vice-primeiro ministro, criou comissões para reabilitar os presos acusados ou mortos injustamente.
Postado por Fernando Martins às 06:08 0 bocas
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sexta-feira, fevereiro 23, 2024
Orlando Zapata morreu numa greve de fome (contra a ditadura comunista cubana) há 14 anos...
(imagem daqui)
Postado por Fernando Martins às 00:14 0 bocas
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