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domingo, fevereiro 25, 2024

O Massacre do Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, foi há trinta anos...

 
O Massacre do Túmulo dos Patriarcas ocorreu quando Baruch Goldstein, um colono israelita e membro do movimento de extrema-direita israelita Kach, abriu fogo contra palestinianos muçulmanos desarmados que estavam a rezar dentro da Mesquita Ibrahim, no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, na Cisjordânia. Aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1994, durante os feriados religiosos, com a sobreposição do Purim judaico e Ramadão muçulmano, com 29 muçulmanos mortos e mais de 100 feridos. O ataque terminou quando Goldstein foi subjugado e espancado até à morte pelos sobreviventes.

O ataque deflagrou vários tumultos e protestos em toda a Cisjordânia e mais 19 palestinianos foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel nas 48 horas seguintes após o massacre.

O então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, condenou o ataque, descrevendo Goldstein como um "assassino degenerado", "uma vergonha para o sionismo e um constrangimento para o judaísmo". Depois do massacre, Rabin impôs  recolher obrigatório aos 120.000 residentes palestinianos da cidade, mas os 400 colonos judeus, em Hebron, continuaram livres para circular.

Goldstein era visto como um mártir por extremistas judeus em Hebrom e a sua sepultura tornou-se posteriormente  um local de peregrinação para os seus apoiantes.
 

sábado, dezembro 09, 2023

A Intifada começou há trinta e seis anos...

  
Intifada é o nome popular das insurreições dos palestinianos de Cisjordânia contra Israel. O objetivo destes levantamentos estão sujeitos a debate: alguns setores assinalam que têm como objetivo combater a ocupação nos territórios ocupados por Israel. Estes levantamentos estão entre os aspetos que mais influenciaram o desenvolvimento do conflito israelo-palestiniano.
Ambas intifadas foram utilizadas como campanhas de resistência dos palestinianos, seguidas de represálias dos israelitas, gerando-se assim um ciclo de violência por inércia de difícil resolução.
O termo surgiu após o levantamento espontâneo que rebentou a partir de 9 de dezembro de 1987, com a população civil palestiniana a atirar pedras contra os militares israelitas. Este levantamento seria conhecido mais tarde como "Primeira Intifada" ou "guerra das pedras".
Com a recusa de Arafat em aceitar a proposta de paz de Israel, a "Segunda Intifada" palestiniana, também conhecida como a intifada de Al-Aqsa, teve início em 29 de setembro de 2000, no dia seguinte à caminhada de Ariel Sharon pela Esplanada das Mesquitas e no Monte do Templo, nas cercanias da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém - área considerada sagrada tanto por muçulmanos quanto por judeus.
Apesar de ter surgido no contexto do conflito israelo-palestiniano, o termo foi utilizado para designar outras ocasiões:
   
   

quinta-feira, novembro 30, 2023

A guerra civil, ainda durante o Mandato Britânico da Palestina, começou há 76 anos

  
A guerra civil durante o Mandato da Palestina (também chamada de guerra palestino-sionista) ocorreu entre 30 de novembro de 1947 (um dia depois da aprovação, pelas Nações Unidas, do Plano de Partilha da Palestina, que marcou o fim do Mandato Britânico na região) e 14 de maio de 1948.

Este período é o primeira fase da Guerra da Palestina de 1948, durante a qual os judeus e os árabes da Palestina se confrontaram, enquanto os britânicos, que supostamente tinham a obrigação de manter a ordem e garantir a segurança da região, organizaram a sua retirada, intervindo apenas ocasionalmente.

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina se tornou uma guerra total entre o novo Estado judeu e os seus vizinhos árabes. 

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina tornou-se uma guerra total entre o novo Estado judeu e seus vizinhos árabes.

A guerra da Palestina de 1948 teve início em 30 de novembro de 1947 e perdurou até meados de 1949 na Palestina Mandatária.

A guerra é dividida em duas fases principais :

Os protagonistas e comentadores denominam esses eventos de maneiras diferentes: os palestiniana referem-se à Guerra Civil de 1947-1948 como Al-Naqba ou Al Nakba ("a catástrofe"), aludindo principalmente ao primeiro período, durante o qual os árabes foram vencidos pelas forças judaicas, e grande parte da população árabe da Palestina viveu um êxodo. Já do ponto de vista israelita, trata-se da Guerra da Independência ou Guerra da Libertação, expressão que concerne sobretudo ao segundo período, iniciado com a declaração de independência do Estado de Israel e seguida de confronto entre Israel e os Estados Árabes vizinhos.

A partir dos anos 80, após a abertura dos arquivos israelitas sobre a guerra da Palestina, o conflito foi objeto de novos estudos, realizados sobretudo pelos chamados Novos Historiadores, que reescreveram (ou, segundo os seus detratores, fabricaram) a história do conflito.

O último armistício assinado foi entre Israel e a Síria, em 20 de abril de 1949, porém nenhum acordo foi feito entre Israel e o Iraque, nem entre Israel e o Alto Comité Árabe.

A população árabe palestiniana incluía uma importante comunidade cristã, estabelecida principalmente em Haifa, Nazareth e no norte da Galileia.

 

sábado, novembro 11, 2023

Yasser Arafat morreu há dezanove anos...


Yasser Arafat
(Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das fações da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

 

Túmulo de Arafat em Ramallah

      
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.
  

domingo, abril 09, 2023

O massacre de Deir Yassin começou há 75 anos...

Comunicado do Irgun sobre o ataque
  
O massacre de Deir Yassin se refere ao assassinato de entre 107 e 120 civis palestinianos desarmados (estimativa geralmente aceite pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da Palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Stern Gang) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948. Ocorreu quando as forças judaicas do Yishuv conseguiram romper o cerco a Jerusalém, durante a guerra civil que antecedeu o fim do Mandato Britânico, em maio.
Relatos contemporâneos, aparentemente originários de um dos oficiais que comandaram desde Jerusalém uma das forças irregulares envolvidas (o Irgun), Mordechai Ra'anan, davam uma estimativa inicial de 254 mortos. O número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito, que já ocorria na região, ao criar pânico e se tornar uma das principais causas do êxodo palestiniano de 1948.
O massacre foi condenado universalmente na época, inclusive pelo comando do Haganá e pela Agência Judaica.
       
Selo egípcio de memória do massacre
   

sábado, fevereiro 25, 2023

O Massacre do Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, foi há 29 anos

 
O Massacre do Túmulo dos Patriarcas ocorreu quando Baruch Goldstein, um colono israelita e membro do movimento de extrema-direita israelita Kach, abriu fogo contra palestinianos muçulmanos desarmados que estavam a rezar dentro da Mesquita Ibrahim, no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, na Cisjordânia. Aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1994, durante os feriados religiosos, com a sobreposição do Purim judaico e Ramadão muçulmano, com 29 muçulmanos mortos e mais de 100 feridos. O ataque terminou quando Goldstein foi subjugado e espancado até à morte pelos sobreviventes. Muitos sustentam de que o massacre terá tido inspirações sionistas.

O ataque deflagrou vários tumultos e protestos em toda a Cisjordânia e mais 19 palestinianos foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel nas 48 horas seguintes após o massacre.

O então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, condenou o ataque, descrevendo Goldstein como um "assassino degenerado", "uma vergonha para o sionismo e um constrangimento para o judaísmo". Depois do massacre, Rabin impôs  recolher obrigatório aos 120.000 residentes palestinianos da cidade, mas os 400 colonos judeus em Hebron continuaram livres para circular.

Goldstein era visto como um mártir por extremistas judeus em Hebrom e a sua sepultura tornou-se posteriormente  um local de peregrinação para os seus apoiantes.
 

sexta-feira, dezembro 09, 2022

A Intifada começou há 35 anos...

  
Intifada é o nome popular das insurreições dos palestinianos de Cisjordânia contra Israel. O objetivo destes levantamentos estão sujeitos a debate: alguns setores assinalam que têm como objetivo combater a ocupação nos territórios ocupados por Israel. Estes levantamentos estão entre os aspetos que mais influenciaram o desenvolvimento do conflito israelo-palestiniano.
Ambas intifadas foram utilizadas como campanhas de resistência dos palestinianos, seguidas de represálias dos israelitas, gerando-se assim um ciclo de violência por inércia de difícil resolução.
O termo surgiu após o levantamento espontâneo que rebentou a partir de 9 de dezembro de 1987, com a população civil palestiniana a atirar pedras contra os militares israelitas. Este levantamento seria conhecido mais tarde como "Primeira Intifada" ou "guerra das pedras".
Com a recusa de Arafat em aceitar a proposta de paz de Israel, a "Segunda Intifada" palestiniana, também conhecida como a intifada de Al-Aqsa, teve início em 29 de setembro de 2000, no dia seguinte à caminhada de Ariel Sharon pela Esplanada das Mesquitas e no Monte do Templo, nas cercanias da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém - área considerada sagrada tanto por muçulmanos quanto por judeus.
Apesar de ter surgido no contexto do conflito israelo-palestiniano, o termo foi utilizado para designar outras ocasiões:
   
   

quarta-feira, novembro 30, 2022

A guerra civil, durante o Mandato Britânico da Palestina, começou há 75 anos

  
A guerra civil durante o Mandato da Palestina (também chamada de guerra palestino-sionista) ocorreu entre 30 de novembro de 1947 (um dia depois da aprovação, pelas Nações Unidas, do Plano de Partilha da Palestina, que marcou o fim do Mandato Britânico na região) e 14 de maio de 1948.

Este período é o primeira fase da Guerra da Palestina de 1948, durante a qual os judeus e os árabes da Palestina se confrontaram, enquanto os britânicos, que supostamente tinham a obrigação de manter a ordem e garantir a segurança da região, organizaram a sua retirada, intervindo apenas ocasionalmente.

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina se tornou uma guerra total entre o novo Estado judeu e os seus vizinhos árabes. 

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina tornou-se uma guerra total entre o novo Estado judeu e seus vizinhos árabes.

A guerra da Palestina de 1948 teve início em 30 de novembro de 1947 e perdurou até meados de 1949 na Palestina Mandatária.

A guerra é dividida em duas fases principais :

Os protagonistas e comentadores denominam esses eventos de maneiras diferentes: os palestiniana referem-se à Guerra Civil de 1947-1948 como Al-Naqba ou Al Nakba ("a catástrofe"), aludindo principalmente ao primeiro período, durante o qual os árabes foram vencidos pelas forças judaicas, e grande parte da população árabe da Palestina viveu um êxodo. Já do ponto de vista israelita, trata-se da Guerra da Independência ou Guerra da Libertação, expressão que concerne sobretudo ao segundo período, iniciado com a declaração de independência do Estado de Israel e seguida de confronto entre Israel e os Estados Árabes vizinhos.

A partir dos anos 80, após a abertura dos arquivos israelitas sobre a guerra da Palestina, o conflito foi objeto de novos estudos, realizados sobretudo pelos chamados Novos Historiadores, que reescreveram (ou, segundo os seus detratores, fabricaram) a história do conflito.

O último armistício assinado foi entre Israel e a Síria, em 20 de abril de 1949, porém nenhum acordo foi feito entre Israel e o Iraque, nem entre Israel e o Alto Comité Árabe.

A população árabe palestiniana incluía uma importante comunidade cristã, estabelecida principalmente em Haifa, Nazareth e no norte da Galileia.

 

sexta-feira, novembro 11, 2022

Yasser Arafat morreu há dezoito anos...


Yasser Arafat
(Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das fações da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

 

Túmulo de Arafat em Ramallah

      
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.
  

sábado, abril 09, 2022

O massacre de Deir Yassin foi há 74 anos...

Comunicado do Irgun sobre o ataque
  
O massacre de Deir Yassin se refere ao assassinato de entre 107 e 120 civis palestinianos desarmados (estimativa geralmente aceite pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da Palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Stern Gang) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948. Ocorreu quando as forças judaicas do Yishuv conseguiram romper o cerco a Jerusalém, durante a guerra civil que antecedeu o fim do Mandato Britânico, em maio.
Relatos contemporâneos, aparentemente originários de um dos oficiais que comandaram desde Jerusalém uma das forças irregulares envolvidas (o Irgun), Mordechai Ra'anan, davam uma estimativa inicial de 254 mortos. O número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito, que já ocorria na região, ao criar pânico e se tornar uma das principais causas do êxodo palestiniano de 1948.
O massacre foi condenado universalmente na época, inclusive pelo comando do Haganá e pela Agência Judaica.
    
Selo egípcio de memória do massacre
   

sexta-feira, fevereiro 25, 2022

O Massacre do Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, foi há 28 anos

 
O Massacre do Túmulo dos Patriarcas ocorreu quando Baruch Goldstein, um colono israelita e membro do movimento de extrema-direita israelita Kach, abriu fogo contra palestinianos muçulmanos desarmados que estavam a rezar dentro da Mesquita Ibrahim, no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, na Cisjordânia. Aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1994, durante os feriados religiosos, com a sobreposição do Purim judaico e Ramadão muçulmano, com 29 muçulmanos mortos e mais de 100 feridos. O ataque terminou quando Goldstein foi subjugado e espancado até à morte pelos sobreviventes. Muitos sustentam de que o massacre terá tido inspirações sionistas.

O ataque deflagrou vários tumultos e protestos em toda a Cisjordânia e mais 19 palestinianos foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel nas 48 horas seguintes após o massacre.

O então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, condenou o ataque, descrevendo Goldstein como um "assassino degenerado", "uma vergonha para o sionismo e um constrangimento para o judaísmo". Depois do massacre, Rabin impôs  recolher obrigatório aos 120.000 residentes palestinianos da cidade, mas os 400 colonos judeus em Hebron continuaram livres para circular.

Goldstein era visto como um mártir por extremistas judeus em Hebrom e a sua sepultura tornou-se posteriormente  um local de peregrinação para os seus apoiantes.
 

quinta-feira, dezembro 09, 2021

A Intifada começou há 34 anos

  
Intifada é o nome popular das insurreições dos palestinianos de Cisjordânia contra Israel. O objetivo destes levantamentos estão sujeitos a debate: alguns setores assinalam que têm como objectivo combater a ocupação nos territórios ocupados por Israel. Estes levantamentos estão entre os aspectos que mais influenciaram o desenvolvimento do conflito israelo-palestiniano.
Ambas intifadas foram utilizadas como campanhas de resistência dos palestinianos, seguidas de represálias dos israelitas, gerando-se assim um ciclo de violência por inércia de difícil resolução.
O termo surgiu após o levantamento espontâneo que rebentou a partir de 9 de dezembro de 1987, com a população civil palestiniana a atirar pedras contra os militares israelitas. Este levantamento seria conhecido mais tarde como "Primeira Intifada" ou "guerra das pedras".
Com a recusa de Arafat em aceitar a proposta de paz de Israel, a "Segunda Intifada" palestiniana, também conhecida como a intifada de Al-Aqsa, teve início em 29 de setembro de 2000, no dia seguinte à caminhada de Ariel Sharon pela Esplanada das Mesquitas e no Monte do Templo, nas cercanias da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém - área considerada sagrada tanto por muçulmanos quanto por judeus.
Apesar de ter surgido no contexto do conflito israelo-palestiniano, o termo foi utilizado para designar outras ocasiões:
   
   

terça-feira, novembro 30, 2021

Uma guerra civil, durante o Mandato Britânico da Palestina, começou há 74 anos

  
A guerra civil durante o Mandato da Palestina (também chamada de guerra palestino-sionista) ocorreu entre 30 de novembro de 1947 (um dia depois da aprovação, pelas Nações Unidas, do Plano de Partilha da Palestina, que marcou o fim do Mandato Britânico na região) e 14 de maio de 1948.

Este período é o primeira fase da Guerra da Palestina de 1948, durante a qual os judeus e os árabes da Palestina se confrontaram, enquanto os britânicos, que supostamente tinham a obrigação de manter a ordem e garantir a segurança da região, organizaram a sua retirada, intervindo apenas ocasionalmente.

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina se tornou uma guerra total entre o novo Estado judeu e os seus vizinhos árabes. 

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina tornou-se uma guerra total entre o novo Estado judeu e seus vizinhos árabes.

A guerra da Palestina de 1948 teve início em 30 de novembro de 1947 e perdurou até meados de 1949 na Palestina Mandatária.

A guerra é dividida em duas fases principais :

Os protagonistas e comentadores denominam esses eventos de maneiras diferentes: os palestiniana referem-se à Guerra Civil de 1947-1948 como Al-Naqba ou Al Nakba ("a catástrofe"), aludindo principalmente ao primeiro período, durante o qual os árabes foram vencidos pelas forças judaicas, e grande parte da população árabe da Palestina viveu um êxodo. Já do ponto de vista israelita, trata-se da Guerra da Independência ou Guerra da Libertação, expressão que concerne sobretudo ao segundo período, iniciado com a declaração de independência do Estado de Israel e seguida de confronto entre Israel e os Estados Árabes vizinhos.

A partir dos anos 80, após a abertura dos arquivos israelitas sobre a guerra da Palestina, o conflito foi objeto de novos estudos, realizados sobretudo pelos chamados Novos Historiadores, que reescreveram (ou, segundo os seus detratores, fabricaram) a história do conflito.

O último armistício assinado foi entre Israel e a Síria, em 20 de abril de 1949, porém nenhum acordo foi feito entre Israel e o Iraque, nem entre Israel e o Alto Comité Árabe.

A população árabe palestiniana incluía uma importante comunidade cristã, estabelecida principalmente em Haifa, Nazareth e no norte da Galileia.

 

segunda-feira, novembro 29, 2021

O Plano de Partilha da Palestina foi aprovado pela ONU há 74 anos

    
O Plano de Partilha da Palestina (ou, mais exatamente, daquilo que restava da Palestina, pois uma parte já havia sido separada, para constituir a Transjordânia, em 1922) foi um plano aprovado a 29 de novembro de 1947 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da sua Resolução 181.
  

quinta-feira, novembro 11, 2021

Yasser Arafat morreu há dezassete anos...


Yasser Arafat
(Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das facções da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

 

Túmulo de Arafat em Ramallah

    
Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.
  

sexta-feira, abril 09, 2021

O massacre de Deir Yassin foi há 73 anos

Comunicado do Irgun sobre o ataque
  
O massacre de Deir Yassin se refere ao assassinato de entre 107 e 120 civis palestinianos desarmados (estimativa geralmente aceite pelos estudiosos, durante e possivelmente após a batalha), ocorrida na vila de Deir Yassin (também grafada Dayr Yasin ou Dir Yassin), nas proximidades de Jerusalém, no que então era o Mandato Britânico da Palestina, cometida pelas forças de guerrilha judaico-sionistas (Irgun e Stern Gang) entre 9 de abril e 11 de abril de 1948. Ocorreu quando as forças judaicas do Yishuv conseguiram romper o cerco a Jerusalém, durante a guerra civil que antecedeu o fim do Mandato Britânico, em maio.
Relatos contemporâneos, aparentemente originários de um dos oficiais que comandaram desde Jerusalém uma das forças irregulares envolvidas (o Irgun), Mordechai Ra'anan, davam uma estimativa inicial de 254 mortos. O número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito, que já ocorria na região, ao criar pânico e se tornar uma das principais causas do êxodo palestiniano de 1948.
O massacre foi condenado universalmente na época, inclusive pelo comando do Haganá e pela Agência Judaica.
  
Selo egípcio de memória do massacre
   

quinta-feira, fevereiro 25, 2021

O Massacre do Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, foi há 27 anos

 
O Massacre do Túmulo dos Patriarcas ocorreu quando Baruch Goldstein, um colono israelita e membro do movimento de extrema-direita israelita Kach, abriu fogo contra palestinianos muçulmanos desarmados que estavam a rezar dentro da Mesquita Ibrahim, no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom, na Cisjordânia. Aconteceu no dia 25 de fevereiro de 1994, durante os feriados religiosos, com a sobreposição do Purim judaico e Ramadão muçulmano, com 29 muçulmanos mortos e mais de 100 feridos. O ataque terminou quando Goldstein foi subjugado e espancado até à morte pelos sobreviventes. Muitos sustentam de que o massacre terá tido inspirações sionistas.

O ataque deflagrou vários tumultos e protestos em toda a Cisjordânia e mais 19 palestinianos foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel nas 48 horas seguintes após o massacre.

O então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, condenou o ataque, descrevendo Goldstein como um "assassino degenerado", "uma vergonha para o sionismo e um constrangimento para o judaísmo". Depois do massacre, Rabin impôs  recolher obrigatório aos 120.000 residentes palestinianos da cidade, mas os 400 colonos judeus em Hebron continuaram livres para ir e vir.

Goldstein era visto como um mártir por extremistas judeus em Hebrom e a sua sepultura tornou-se posteriormente  um local de peregrinação para os seus apoiantes.
 

segunda-feira, novembro 30, 2020

A guerra civil durante o Mandato Britânico da Palestina começou há 73 anos

  
A guerra civil durante o Mandato da Palestina (também chamada de guerra palestino-sionista) ocorreu entre 30 de novembro de 1947 (um dia depois da aprovação, pelas Nações Unidas, do Plano de Partilha da Palestina, que marcou o fim do Mandato Britânico na região) e 14 de maio de 1948.

Este período é o primeira fase da Guerra da Palestina de 1948, durante a qual os judeus e os árabes da Palestina se confrontaram, enquanto os britânicos, que supostamente tinham a obrigação de manter a ordem e garantir a segurança da região, organizaram a sua retirada, intervindo apenas ocasionalmente.

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina se tornou uma guerra total entre o novo Estado judeu e os seus vizinhos árabes. 

A fase seguinte, a Guerra árabe-israelita de 1948, iniciou-se em 15 de maio de 1948, com o fim do Mandato Britânico e a criação do Estado de Israel, quando o conflito na Palestina tornou-se uma guerra total entre o novo Estado judeu e seus vizinhos árabes.

A guerra da Palestina de 1948 teve início em 30 de novembro de 1947 e perdurou até meados de 1949 na Palestina Mandatária.

A guerra é dividida em duas fases principais :

Os protagonistas e comentadores denominam esses eventos de maneiras diferentes: os palestiniana referem-se à Guerra Civil de 1947-1948 como Al-Naqba ou Al Nakba ("a catástrofe"), aludindo principalmente ao primeiro período, durante o qual os árabes foram vencidos pelas forças judaicas, e grande parte da população árabe da Palestina viveu um êxodo. Já do ponto de vista israelita, trata-se da Guerra da Independência ou Guerra da Libertação, expressão que concerne sobretudo ao segundo período, iniciado com a declaração de independência do Estado de Israel e seguida de confronto entre Israel e os Estados Árabes vizinhos.

A partir dos anos 1980, após a abertura dos arquivos israelitas sobre a guerra da Palestina, o conflito foi objeto de novos estudos, realizados sobretudo pelos chamados Novos Historiadores, que reescreveram (ou, segundo os seus detratores, fabricaram) a história do conflito.

O último armistício assinado foi entre Israel e a Síria, em 20 de abril de 1949, porém nenhum acordo foi feito entre Israel e o Iraque, nem entre Israel e o Alto Comité Árabe.

A população árabe palestiniana incluía uma importante comunidade cristã, estabelecida principalmente em Haifa, Nazareth e no norte da Galileia.

 

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