sábado, setembro 11, 2010

Desastre de Alcafache - 25 anos

O 11 de Setembro de Alcafache foi há 25 anos

Este foi um dos piores acidentes ferroviários do país

Foi um dos piores acidentes ferroviários do país. "Enviem muitas ambulâncias para a estrada Nelas - Mangualde!" Um pedido insistente, repetido, feito há 25 anos. Ainda hoje não há certeza do número de mortos. Eram outros tempos, em que os emigrantes viajavam de comboio. E com eles muitos turistas, sobretudo jovens de Inter-Rail.


Esperar. Não havia nada a fazer. Apenas esperar e talvez rezar por um milagre que não aconteceu. Na pequena estação de província, em plena linha da Beira Alta, os quatro ferroviários "nem tinham voz para falar". Uma espera ansiosa, um silêncio terrível. E uns minutos depois uma coluna de fumo que se ergue para as bandas de Alcafache. Os comboios tinham batido.

Adão Oliveira Costa era carregador na estação de Nelas e recorda bem esse fim de tarde quente de Setembro de 1985. Estava na gare a arrumar volumes, num tempo em que os comboios transportavam mercadorias a retalho, que recolhiam e deixavam nas estações. A chegada do comboio 315 era pura rotina. O Internacional, que ligava o Porto a Paris, era uma espécie de desdobramento do Sud Expresso, que a CP realizava para responder à forte procura durante o Verão. Eram outros tempos, em que os emigrantes viajavam de comboio. E com eles muitos turistas, sobretudo jovens de Inter-Rail.

O comboio chegou a Nelas e partiu. Tudo normal para o carregador Adão, que não tinha quaisquer responsabilidades na circulação do tráfego. Isso era tarefa do chefe da estação, que acabara de dar a partida ao Internacional. A composição tinha muitas carruagens, ao ponto de a locomotiva ficar lá muito à frente, já quase fora da gare.

Só quando vê o chefe sair, "muito pálido", do seu gabinete, é que o carregador se dá conta que alguma coisa estava mal. "Vem aí o outro comboio", murmura o homem, quase sem fala. Apercebera-se disso quando ligara para a estação seguinte, Alcafache, a "dar horas", isto é, a comunicar que tinha expedido o comboio e o colega lhe respondera que também ele já lhe tinha enviado o regional.

"Nós sabíamos que se um comboio tinha saído de um lado e o outro do outro, alguma coisa tinha de acontecer", conta Adão Oliveira Costa.

Naquele tempo a exploração ferroviária dependia integralmente de meios humanos e não havia forma de comunicar com os maquinistas. O chefe de Nelas ainda telefonou para a única passagem de nível que havia entre a sua estação e Alcafache para que esta fizesse sinal ao comboio para parar, mas já era tarde. O acidente ocorreu em poucos minutos, às 18h37, sem estrondo que se ouvisse. Apenas uma densa coluna de fumo que se avistava ao longe.

O normal seria que o Internacional (311) fosse cruzar em Mangualde com o regional (10320) que vinha em sentido contrário. Mas como o 311 vinha atrasado, este deveria ter esperado em Nelas pelo 10320. Que acontecera, então?

Uma sucessão de erros grosseiros. Uma falha de Coimbra, onde estava instalado o posto de comando que geria a linha da Beira Alta, que se esquecera de avisar o chefe de Nelas da alteração do cruzamento de Mangualde para a sua estação. E uma falha dos dois ferroviários de Nelas e Alcafache, que, na sua rotina, não cumpriram a pesada regulamentação que os obriga a pedir avanço para os comboios.

"Os registos estavam bem feitos", contou ao P2 um dos elementos da comissão de inquérito ao acidente, que pediu para não ser identificado. Cada um pedira autorização ao outro para expedir o comboio e registara-o em conformidade. Só quando foram colocados frente a frente é que reconheceram: "Nós enganámo-nos um ao outro."

João Marques, bombeiro de Canas de Senhorim, tinha 36 anos e estava nesse fim de tarde a apagar um incêndio florestal a seis quilómetros de Alcafache. Também pura rotina, numa região em que nos dias de calor os fogos se multiplicam pelo mato. Por isso, o mais natural era que a coluna de fumo lá para os lados da via férrea fosse mais um incêndio igual aos outros.

O grupo de bombeiros acabou o que estava a fazer e só depois é que seguiu para o local. "Naquele tempo as comunicações rádio não tinham a mesma fiabilidade, havia muitas interferências e ouvia-se mal", conta João Marques, hoje comandante daquela corporação.

"Só o homem que estava na viatura junto ao rádio é que começou a perceber melhor o que estava a acontecer e gritou-nos: "Vamos despachar isto, que há um comboio a arder perto de Alcafache."" E partiram. "Eu não me passava pela cabeça o que iria encontrar. Só imaginava que era um comboio de mercadorias. Mas tivemos logo uma "vacina" que nos preparou para o resto - o cadáver de uma senhora, queimada." E mais à frente os dois comboios - de passageiros - a arder.Os homens ficaram com a tarefa de extinguir o incêndio florestal que tinha deflagrado em ambos os lados da linha e só meia hora depois é que se aproximaram das carruagens. "Nessa altura já tinham saído muitas ambulâncias e a fase do pânico e dos gritos já tinha passado. Mas vi pelas caras dos meus colegas que aquilo era uma situação aterradora, tinham um ar estupefacto e alguns choravam..."

João Marques já viu muita coisa em dezenas de anos de bombeiro, mas estas recordações... Faz uma pausa, baixa a cabeça e quando a levanta tem os olhos húmidos e a voz treme-lhe. Para este bombeiro o 11 de Setembro já há muito era uma data marcante, muito antes de este dia ser conhecido pelo atentado nas torres gémeas.

Nas horas seguintes ao acidente tratou-se de evacuar os feridos para Mangualde, Nelas, Viseu. "Até que o nosso comandante, Américo Borges, nos disse que já estava tudo feito pelos vivos." A tarefa seguinte era remover os destroços.

O comandante estava nesse dia na central de comunicações dos bombeiros de Canas. O médico Américo Borges passava sempre por ali, quando saía do consultório, para se inteirar dos incêndios florestais do momento. Foi então que ouviu um alerta enviado por uma ambulância de Aguiar da Beira que, por acaso, passara no local no momento do choque: "Enviem muitas ambulâncias para a estrada Nelas-Mangualde!" Um pedido insistente, repetido, sem dar hipóteses de diálogo, pois na rádio só podia falar um de cada vez. "Pensei num acidente com autocarro. Nunca me lembrei que poderia ser um comboio", conta Américo Borges. Até que a mesma ambulância faz novo pedido: "Enviem autotanques que as carruagens estão a arder."

O comandante percebeu então que era um acidente ferroviário e partiu para o local para coordenar o socorro. Sem farda, sem botas, calçado com uns sapatos de corda. "Vi corpos completamente carbonizados, as carruagens a arder, as locomotivas descarriladas", conta. Curiosamente, a primeira carruagem do Internacional não ardeu, apesar de as três seguintes terem ficado calcinadas. Na primeira, uma carruagem-couchete onde as pessoas viajavam deitadas, Américo Borges só contou quatro dos 10 compartimentos. Os restantes tinham ficado completamente espalmados.

Foi nesta carruagem que se procedeu ao salvamento de uma senhora que tinha ficado encarcerada. "Com o embate, o corpo ficou protegido pelo colchão. Os outros ocupantes do compartimento morreram, mas esta senhora conseguimos tirá-la pela janela. Que coragem! Dizia-nos: "Tenham calma, tirem-me quando puderem.""

O operacional conta que algumas carruagens não arderam logo e que houve pessoas que morreram queimadas porque voltaram para dentro para recuperar os seus haveres, tendo sido apanhadas pelo deflagrar das chamas. E fala na solidariedade dos bombeiros, que chegaram a ser várias centenas no local, pois acorreram inúmeras corporações. "Dois dias antes tinham morrido em Armamar 14 bombeiros e eu acho que isso criou um reforço ainda maior ao lema Vida por Vida que explicou actos de heroicidade que ali foram cometidos", diz. "A GNR portou-se exemplarmente, porque abriu rapidamente um caminho de evacuação para os feridos. Naquela altura o IP5 estava construído, mas não tinha sido aberto ao tráfego e foi por lá que se chegou mais rapidamente ao hospital de Viseu."

O número indeterminado de mortos deste acidente tem contribuído para o tornar mais lendário. Américo Borges diz que ele próprio contou 58 corpos, embora estime as vítimas mortais à volta de uma centena. E explica, com uma fria precisão científica, o desaparecimento dos outros: "Com a carbonização dos corpos e a quantidade de água que foi introduzida nas carruagens, as cinzas ficaram solubilizadas." Isto é, desapareceram, varridas pela água. De resto, a temperatura do incêndio ultrapassou os mil graus. Já o inquérito da CP refere 49 mortos, sendo esse o número oficial divulgado pela transportadora, que ainda não tornou público o relatório do acidente. A mesma fonte da comissão de inquérito não enjeita que tenha havido mais, mas explica que foi esse o número apurado pelos serviços jurídicos da empresa e com o qual se trabalhou nos tribunais.

Há 25 anos, as técnicas forenses não estavam tão desenvolvidas, houve cadáveres não reclamados e estão enterradas no cemitério de Mangualde urnas com pedaços de corpos que foram retirados dos destroços.

Dentro do comboio

Duarte Correia embarcara no comboio em Nelas e iniciava ali uma viagem de 30 horas até à Alemanha, onde trabalhava. Esperava-o uma noite e um dia de viagem até Paris e mais uma noite de comboio até Dortmund. Mas mal teve tempo de se sentar na carruagem de 2ª classe, porque minutos depois sentiu um "estrondo, um vulcão". "A carruagem parece que saltou para o ar e depois caiu e começou a arder."

A viagem deste emigrante terminara ali, subitamente, entre gritos e pedidos de socorro. "Como o corredor da carruagem ficou para baixo e o compartimento para cima, eu consegui sair pela janela e ajudei um casal que estava comigo lá dentro. Depois ainda entrei num corredor e vinha um homem a fugir todo queimado. Fui a mais carruagens, mas já não consegui salvar mais ninguém."

O homem que viu a arder na carruagem chama-se Carlos Ramos e sobreviveu ao acidente após muito sofrimento, que incluiu internamento durante três anos e 31 operações cirúrgicas. Ia sair do país pela primeira vez, com um contrato de trabalho para a Suíça, onde hoje vive e de onde falou ao P2 pelo telefone. Apanhara o comboio em Santa Comba Dão e também a sua viagem durou pouco. O Internacional só deveria voltar a parar em Nelas, mas poucos sabem que fez uma paragem não oficial em Carregal do Sal, uns escassos segundos, os suficientes para a mulher do ajudante de maquinista lhe estender um embrulho com a refeição dessa noite, que ele não comeu, porque nenhuma das tripulações das locomotivas sobreviveu ao embate.

Carlos Ramos viajava também sentado na 2ª classe e no momento do embate vinha à janela a conversar com uma senhora que ia para Madrid. "Andei aos trambolhões dentro da carruagem e quando aquilo parou eu estava bem e saí. Mas ouvi gritos lá dentro e voltei a entrar. Ainda tirei uma senhora e uma moça e voltei para tirar uma criança de cinco ou seis anos. Senti que estava a queimar-me todo, que também lá iria ficar e... tive que sair e a menina ficou por lá..." A voz embarga-se e murmura: "Que Deus me perdoe."

Ferido em estado grave, acabaria por ser evacuado do hospital de Viseu no dia seguinte, à boleia do helicóptero do Presidente da República, que ali fora visitar as vítimas. "O general Ramalho Eanes salvou-me a vida", conta.

Os dois passageiros - Duarte Correia e Carlos Ramos - vão estar hoje numa cerimónia que assinala a efeméride, junto ao monumento erguido no local do acidente, e na qual irão participar outros sobreviventes, familiares, autarcas, deputados da Assembleia da República e, sobretudo, muitos bombeiros que ficaram marcados por aquele dia.

"Isto é uma coisa que não se esquece, que a gente via na televisão e pensa que é lá longe. Se fosse hoje, havia lá psicólogos e tudo, mas há 25 anos..."

Diogo Lopes, o adjunto do comando dos Bombeiros de Mangualde, tinha na altura 38 anos e preparava-se para, findo o dia de trabalho às 19h, partir para os incêndios das matas. "Tocou o alarme e disseram-nos que era um acidente na linha em Alcafache. Pensámos que era na passagem de nível e mentalizei-me que iria ver alguém aos bocados. Quando nos aproximámos, vi o fogo e pensei que era mais um incêndio florestal. Mas não, era um comboio a arder!"Diogo Lopes conduzia a primeira ambulância de Mangualde a ocorrer ao sinistro, mas nem chegou lá perto, porque havia pessoas que tinham feito chegar os feridos à estrada. "Levei logo uma senhora que tinha um buraco enorme no corpo devido à queimadura e que só gritava para que lhe encontrassem o seu netinho..."

Ao chegar ao hospital de Mangualde, nem parou, tal era a confusão que ali havia e seguiu directamente para Viseu, onde ainda voltou mais duas vezes nessa noite para transportar feridos.

"À terceira ainda dei sangue. Deram-me uma sandes e foi com essa sandes que andei alimentado durante dois dias. Até que num momento encostei-me um bocado para descansar e acordei numa maca. Tinha estado à beira da exaustão."

Durante dois dias os bombeiros removeram destroços, deparando-se a todo o momento com pedaços de corpos. De vez em quando havia reacendimentos devido ao calor e ao combustível derramado. Um cenário dantesco. Um cheiro a corpos queimados que fez com que, durante dois anos, Diogo Lopes fosse incapaz de comer carne assada às refeições.

Quando refere o apoio psicológico tão em moda hoje nos acidentes, não desdenha. Diz que é importante, que muitos bombeiros tiveram dificuldades no sono, que não é fácil esquecer os braços e pernas espalhados pelas carruagens, as pessoas que se viam a arder através dos vidros, os corpos pendurados nas janelas.

Houve heróis, diz. Um passageiro que ajudou a tirar seis pessoas e regressou a uma carruagem em chamas para retirar uma criança e já de lá não saiu. E reconhece, tal como Américo Borges, que teve o seu 11 de Setembro muito antes de 2001.

Ai balhame deus ou cá vamos, cantando e rindo

não devo ter perçebido bem

mas ia a jurar que os olhos saltitaram numa posição tipo .... "estamos feliçiçimos porque a emiçção de dívida púbica portuguesa teve procura cumó camandru" seguinda duma "desvalorização" do facto dos jurozitus da referida acima supracitada dita cuja dívida terem subido mais uns pontos valentes....



ahhhh senhores ministros permitam que partilhe convoscum um segredo .... se ofereçerem juros de 40% tenho cá pra mim como certo (é que nem é probabilisticu reparem..) mesmo como garantido que amanhem apareçem gajos às carradas a comprar divida pubica com entusiasmo nunca antes visto ...e ....se  ofereçerem ainda mais uns pózitos senhores ouvintes..... 

in anårca cønštipadö - post de José Manuel Fonseca

Os atentados de 11 de Setembro foram há 9 anos



Os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, chamados também de atentados de 11 de Setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001. Naquela manhã, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gémeas do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalham nos edifícios. Ambos os edifícios desmoronaram em duas horas, destruindo prédios vizinhos e causando outros danos. Os sequestradores de um terceiro avião de passageiros caiu contra o Pentágono, em Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião, que os sequestradores tinham reencaminhado para Washington, D.C. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.

O número total de mortos nos ataques foi 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países.

Visca Catalunya!

Hoje é o Dia da Catalunha - recordemos a data em catalão, para mim a língua mais musical da nossa amada Ibéria...

Celebremo-lo com uma música que refere uma data importante para Portugal:


Abril 74 - Lluís Llach

Companys, si sabeu on dorm la lluna blanca,
digueu-li que la vull
però no puc anar a estimar-la,
que encara hi ha combat.


Companys, si coneixeu el cau de la sirena,
allà enmig de la mar,
jo l'aniria a veure,
però encara hi ha combat.


I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
si guanyem el combat.


Companys, si enyoreu les primaveres lliures,
amb vosaltres vull anar,
que per poder-les viure
jo me n'he fet soldat.


I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
quan guanyem el combat.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Anárquica súmula noticiária

novidades do mundo ... e arredores

tenho de refazer uma cadeira e portanto tou a ver artigos reçentes pra ver a tendênçia outono invenor do "mercado das ideias".... esbarro logo com este importante paper "the power of intrafirm networks"... dxa ver... pois ... não sei quanto inquéritos ... partial least square.... strong networking is positively related to knowledge e knowing .... ahhhh.... conclui este formidável estudo que partilhar cafézadas e boas relações face to face e ambientes descontraídos facilitam a passagem de informação tácita qué como quem diz "pá ó Xico sabes alguma merda disto?"....responde o Xico "sei pá é só fazeres assim e assado e avisares o Silva quele trata lá com os gajos do cliente e do fornecedor"..... formidável .... mas com partial least squares fica mais impressive ....

entretanto resoilveuçe a contento a questão das Scuts e portanto não paga scut se ficar a menos de 20 km do centro da vila que for atravessada pela bissectriz do paralelo próximo do marco geodézicu que se cruze com o vector bipolar do segundo quadrante do distrito em que tenha atraveçamento a maior parte dos segundos afluentes de uma linha de água que demarque a fronteira da freguesia equidistante.... só náo entende se for contra o governo... parece-me perfeitamente cristalino....

entrementes não se conçeguiu comprar toner prás impreççoras lá do tribunal ....



a dívida pública portuguesa vai de vento em poupa....  e é assim ...é a vida... é fazer as contas....

in anårca cønštipadö - post de José Manuel Fonseca

Mais um sismo no Chile

Na escala de Ritcher
Chile: Sismo de magnitude 6,1

Um forte sismo de magnitude 6,1 na escala de Richter abalou esta quinta-feira a mesma região do devastador sismo de Fevereiro, de acordo com o Instituto de Sismologia norte-americano (USGS). O sismo com epicentro a35 quilómetros a sudoeste da cidade costeira de Concepcion e a uma profundidade de 17 quilómetros não motivou porém um alerta de tsunami.


Recorde-se que no dia 17 Fevereiro deste ano, um sismo na mesma área de intensidade 8,8 na escala de Ritcher, motivou um alerta de tsunami e destruiu aldeias inteiras. Nessa altura, morreram 521 pessoas, de acordo com o balanço oficial divulgado na época pelo governo chileno.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Humor (quase) geológico...

Prémio Stuart de Tira Cómica 2010



Cravo & Ferradura, DN, 07.08.2009
(Desculpe a vaidade, não resisti, ok?)

Contributos para uma abolição de escravatura

mahayana está a ler...



Professores, os escravos do ministério

Ante o relatório da OCDE, José Sócrates esqueceu um pormenor: os nossos professores são escravos. E Sócrates continua a esquecer aquilo que não pode aparecer nesses relatórios da OCDE: um aluno de 12º ano não sabe escrever.


I. José Sócrates, o propagandista-que-por-acaso-é-o-nosso-primeiro-ministro, lançou por aí uns foguetes pedagógicos depois de ver um relatório da OCDE sobre a educação. Consta que a educação em Portugal melhorou. Pois claro, com um ministério da educação a fabricar falsas estatísticas através do facilitismo, eu aposto que Portugal ainda vai passar a Suécia. As nossas crianças não sabem escrever ou fazer uma simples conta, mas, força Sócrates, tu consegues.

II. Mas, enquanto a Ministra Alçada apanhava as canas do eng., outras pessoas fizeram outras contas. Por exemplo, Paulo Guinote viu aqui uma coisa: os professores portugueses trabalham mais 100 horas do que a média europeia. Não são 10. São 100. Eu não percebi se estas horas são apenas horas passadas nas salas de aula ou se já incluem as horas infindáveis que um professor gasta a preencher papéis e fichas para o ministério.

III. Em todo o caso, interessa fixar isto: se o excesso de trabalho fosse em prol dos alunos, o problema não seria grave. Mas, na verdade, o excesso de trabalho dos professores representa trabalho escravo, representa a subalternização do professor em relação aos pedagogos do ministério da educação. Como já escrevi 1234 vezes, o nosso maior problema é este centralismo do Ministério da Educação. E esse centralismo autoritário (e herdeiro de Salazar) é visível na forma como Lisboa controla as escolas no Fundão, Faro ou Bragança. Um absurdo intolerável. Mas este absurdo intolerável não se vê apenas nesta parte burocrática e administrativa. Também se vê na parte pedagógica. Os desgraçados dos professores têm de preencher fichas e fichinhas intermináveis. Para quê? Para que os pedagogos centralistas controlem tudo. Para que a senhora ministra tenha dados bonitinhos para apresentar à OCDE. Resultado? Sempre que se fala com um professora, a desilusão é sempre a mesma: "eu não sou uma professora, sou uma burocrata do ministério".

IV. Um partido que pretenda, de facto, resolver este assunto tem de atacar os pedagogos do ministério e não os professores que estão nas escolas. Temos de tirar poder ao ministério. Temos de dar esse poder às escolas e aos professores. É preciso retirar poder a estes pedagogos pós-moderninhos que têm mestrados e doutoramentos naquela pseudo-ciência (ciências da educação? É assim que se diz?) e que têm, acima de tudo, um cartão da cor política certa. Quantos boys and girls vivem nas catacumbas do ministério da educação? Quantas horas os professores perdem a preencher as fichinhas dos boys and girls que andam a destruir o futuro dos jovens portugueses há duas ou três décadas? Sem poder sobre o ministério, os professores nunca vão conseguir fazer aquilo que têm de fazer: ensinar sem facilitismos.

A educação no país do faz de conta…


1. O governo decidiu, em cima do início do novo ano lectivo, terminar com o ensino recorrente. Fê-lo supostamente com base na diminuição do número de alunos neste sistema de ensino que, nos últimos dois anos, passou de 31.319 para 16.701 alunos . A razão é simples, muitos perceberam que inscrevendo-se nos sistemas EFA (educação e formação de adultos) e RVCC (reconhecimento, validação e certificação de competências) poderiam obter os ansiados diplomas do 9º ou do 12º ano com muito menor esforço e dedicação (num país em que cada vez mais vigora a máxima ridícula que quem não tem canudo é necessariamente inferior, independentemente da sua maior ou menor aptidão profissional). Ao terminar com o ensino recorrente, o governo não só direcciona alunos para essas relativas fantochadas, como impede todos aqueles que têm vontade real de aprender de o fazer em condições dignas e prejudica bastante quem, estando impedido de aprender no regime diurno, pretende prosseguir estudos para o Ensino Superior, dado que a formação obtida será naturalmente escassa. Em condições normais, seria um escândalo, mas já não é. É apenas a continuidade de uma política de promoção de  mediocridade e ignorância, seguida tanto no regime diurno (como denunciei no post “O Aluno esperto”), como no nocturno. A isto juntamos a má-fé e a incompetência, em que temos como exemplo recente (um de muitos) o fecho das escolas anunciado (com a alegria cínica de quem apresenta uma medida positiva incontestável) a poucos meses do início do ano lectivo (e não ter sido em pleno Verão, como o fim dos estágios remunerados em 2005, já foi uma sorte), com a instabilidade de, a poucos dias do início das aulas, muitas situações ainda estarem por definir.

2. Ainda no terreno da educação, muito se tem falado do concurso de professores e do número elevado de docentes que ficaram sem colocação. Não faltaram opinion makers a referir que há muito menos oferta do que procura e que, portanto, cabe aos professores não colocados encontrarem alternativas. MENTIRA. Por um lado, porque só assim é porque a preocupação com a qualidade de ensino é quase nula e, como tal, não há nenhuma vontade de, por exemplo, diminuir o número de alunos por turma, na linha do que sucede na Finlândia, esse autentico paraíso educativo dos governos socratinos, mas que só o é no plano teórico. Ridícula e despudorada é a justificação da ministra do sorriso, Isabel Alçada, para nao o fazer, referindo que as experiências portuguesas mostram que turmas pequenas até causam maior insucesso (!!), “esquecendo-se” de acrescentar que isso sucede em currículos alternativos ou em situações com muitos alunos com necessidades educativas especiais, em que as dificuldades são naturalmente muito mais acentuadas. Por outro lado, analisar a questão da oferta e da procura com base no concurso, sem ter em atenção as especificidades dos diversos grupos de recrutamento (a situação em Filosofia não é a mesma que em Biologia, por exemplo), é fazer uma péssima análise da situação. Muitos dos professores vão ainda ser colocados, nomeadamente nas escolas TEIP (Territórios educativos de intervenção prioritária), escolas mais problemáticas onde quase ninguém quer ficar e onde acabam por se instalar muitos professores com pouca ou nenhuma experiência (!!), e a situação é de tal forma diferente do que se pinta que há por vezes a meio do ano carências de professores em determinadas áreas que obrigam à contratação de pessoas não profissionalizadas, com qualificação para a função bastante discutível. Claro que tudo isto é do interesse da tutela, em nome de um ideal que implicitamente preconiza, o da precariedade, e em nome de uma aposta inequívoca, o corte da despesa neste autêntico encargo financeiro (é assim que o consideram) chamado Sistema Educativo Público Português.

Posto isto e tudo o que tem sucedido nos últimos 5 anos (e não só, naturalmente), reforço a pergunta do Tiago:

       O QUE RESTARÁ DO ENSINO PÚBLICO QUANDO A COMISSÃO LIQUIDATÁRIA INSTALADA NA 5 DE OUTUBRO ACABAR A SUA MISSÃO?

in Blog cinco dias - post de João Torgal

Mas um dinossáurio ibérico

Paleontologia
Dinossauro carnívoro com bossa descoberto em Espanha

O terápoda tinha seis metros de comprimento

Um dinossauro carnívoro foi descoberto em Los Hayos, na região da Cuenca em Espanha. O réptil viveu há cerca de 125 milhões de anos num clima mais tropical e tinha uma estranha bossa óssea perto da cauda.


Os investigadores espanhóis deram o nome de Concavenator corcovatus à nova espécie, que significa “comedor de carne de Cuenca com uma bossa”. O artigo onde a espécie foi descrita foi publicado agora na revista Nature.

O réptil faz parte dos terápoda. "São um grupo muito importante de dinossauros porque dentro deste grupo estão as aves”, explicou Jose Sanz, da Universidade Autónoma de Madrid. “Este mundo não seria o mesmo sem as aves, as aves são mesmo uma espécie de dinossauros terápodes com asas, capazes de voar”, explicou o autor do estudo, citado pela BBC News.

O dinossauro tinha seis metros de comprimento e viveu no início do Cretácico, o último período onde os répteis terríveis existiram, entre há 146 e 65 milhões de anos. Caçava, mas também podia rapinar carne de animais já mortos.

O esqueleto do Concavenator corcovatus é um enigma. As ossadas mostram que por cima do ílio, onde os ossos das pernas contactam com a coluna vertebral, existia uma bossa. Esta estrutura poderia servir para a regulação do calor, para exibição como uma crista de galo ou para armazenamento de energia. Mas os cientistas não têm nenhuma certeza.

Outro mistério é os cinco espinhos que o dinossauro tinha em cada antebraço que podem estar relacionados com as penas nas aves. “Parecem exactamente como as inserções que as aves têm nas penas grandes utilizadas para voo”, disse à Nature Michael Benton, paleontólogo da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

A equipa defende que estas estruturas podem depois ter evoluído para a inserção das penas que conhecemos nas aves de hoje. “Vamos ter que olhar para mais dinossauros como sendo animais mais parecidos com aves”, disse Francisco Ortega, primeiro autor do estudo.



NOTA: os geólogos usam, em português, o termo terópode e não o citado terápode...

Leonard Cohen come to town

quarta-feira, setembro 08, 2010

terça-feira, setembro 07, 2010

Sessão de Trabalho em Évora - Oportunidades de Financiamento no 7ºPQ


Sessão de Trabalho

Oportunidades de Financiamento no 7ºPQ para os Temas Energia, Ambiente e Programa Específico Pessoas

16 Setembro 2010, 14.00 – 18.00 horas

Colégio Luís Verney - Anfiteatro 2

Universidade de Évora




O 7.º Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (7ºPQ ou FP7) é o principal instrumento Europeu de financiamento de actividades de investigação. Tem um orçamento superior a 50 mil milhões de euros para o período de execução 2007-2013. O 7ºPQ apoia a investigação, desenvolvimento e demonstração em áreas prioritárias e o seu principal objectivo é tornar ou manter a União Europeia na posição de líder mundial nesses sectores. O Gabinete de Promoção do 7ºPQ tem por missão facilitar o acesso das entidades portuguesas a este programa de financiamento, através de uma rede de NCPs – Pontos de Contacto Nacionais.

Esta sessão, organizada em colaboração com o Centro de Geofísica (Universidade de Évora), dará destaque aos concursos abertos em 20 Julho 2010 para projectos de investigação e demonstração, nos Temas Energia (260M€), Ambiente (240M€) e Programa Específico Pessoas (400M€).


PROGRAMA

14.00 – 14.10: Abertura
14.10 - 14.30: O 7º Programa-Quadro de I&DT – Estrutura, Balanço da participação portuguesa
14.30 – 15.00: O tema Energia: destaques
15.00 – 15.30: O tema Ambiente: destaques
15.30 – 16.00: Coffee break
16.00 – 16.30: O Programa Específico Pessoas: destaques
16.30 – 17.00: Aspectos práticos da participação
17.00 – 17.30: Competências e experiência da Universidade de Évora no 7ºPQ
17.30 – 18.00: Debate e conclusão

Participação gratuita, e-mail para inscrição prévia: jmirao@uevora.pt


NOTA: Para mais informações sobre os diferentes temas, contactar os Pontos de Contacto Nacionais (NCP):

Estórias de mineiros em notícia

Histórias
A vida dos exploradores da alma da terra

Na Barroca Grande há minério para mais 12 anos de exploração

Resgatam da escuridão eterna as riquezas da Natureza. Às vezes ela reclama o sangue de um mineiro. Na Panasqueira ou no Chile.


Nenhum homem devia cavar a própria sepultura. Quando abrem as entranhas da Natureza à procura dos seus bens mais preciosos, o medo é latente. O ambiente é inóspito, de isolamento, onde dia e noite são uma longa escuridão, entrecortada por pequenos pontos de luz e barulhos de maquinaria, em galerias abertas atrás dos filões que hão-de ser sugados como a própria vida dos mineiros. Sente-se um estranho fascínio.

Estes homens, cantados por poetas, padres e escritores como Aquilino Ribeiro, em ‘Volfrâmio’, já não andam ao garimpo, não usam canários peritos em cantar silio aviso de gases tóxicos, nem ratos que detectam derrocadas iminentes.

Quando amanhã descerem às galerias, depois das férias a céu aberto, os mineiros da Panasqueira (uma das três explorações nacionais em actividade), levam mais um drama partilhado: o dos colegas soterrados vivos no Chile à espera de que as máquinas violadoras de montanhas sejam agora capazes de os resgatar para o mundo dos vivos.

As aldeias das viúvas, cognome dado em tempos a terras como São Jorge da Beira, de onde saíam os homens para as minas, caídos em combate por força do pó da rocha que lhes trespassava os pulmões em forma de silicose, vestem-se hoje de outras cores que a morte anda mais arredia.


MAIS SEGURANÇA

As condições de segurança e saúde dos mineiros nada têm em comum com as dos pioneiros da serra do Açor, nos concelhos da Covilhã e Fundão. Mas, a espaços, das profundezas de uma galeria ouve-se o grito abafado de uma vida que se esvai. O último deu-o um mineiro reformado, Joaquim Ramos Fernandes, 60 anos de vida e 37 de mina, porque a condição não o fez desistir. A 23 de Junho, o maquinista foi surpreendido pela rocha descontrolada que o esmagou num momento em que trabalhava sozinho.

O negro voltou a cobrir uma família de Alqueidão, na Barroca. Ana Florência Fernandes, 60 anos, doméstica, não trava os ais de desespero, enquanto recorda o marido, que "durante toda a vida nunca teve outro trabalho", como a generalidade dos colegas de profissão, muitos oriundos de famílias de Norte a Sul do País, que subiram à serra quando as guerras mundiais fizeram do volfo (volfrâmio para os mineiros) um minério essencial no fabrico de armamento.

"Não sei como foi o acidente. Ele trabalhava de noite e o genro estava com ele, mas ausentou-se para ir buscar uma máquina. Estava a encher vagões e foi atingido pela rocha", diz Ana Florência. "Ele fez lá a vida toda. Tinha prática. Há tantos anos que lá trabalhava, nunca imaginei uma coisa destas. Quando me contaram até pensei que fosse mentira".

O mineiro, atingido pela rocha quando estava num vagão no momento da descarga, deixa três filhos maiores de idade e um genro amargurado. Quiseram convencê-lo a abandonar as profundezas da terra, mas ele não deixou: "ele disse que ia continuar o trabalho que o segundo pai (sogro) lhe arranjou", conta Ana Florência, agora também em cuidados com os mineiros chilenos que vê na televisão: "coitados, ali soterrados... Ai meu Deus!"


DIFÍCIL MAS POSSÍVEL

O corpo foi retirado com a ajuda de Bernardo Teixeira Gouveia, que aos 50 anos leva 29 de trabalho na mina. "Eu nunca estive em risco, mas ajudei a tirar de lá três falecidos, o último há dois meses. Os outros morreram há mais anos. Foi muito doloroso para todos", recorda o jumbeiro (operador de jumbo), salientando, no entanto, que a mina já foi mais perigosa.

"É um trabalho um pouco difícil. Há muita humidade. Há riscos e é duro, mas não há o perigo da silicose como há mais de 25 anos, quando a furação da rocha era feita a seco e a poeira andava toda no ar. Quando chegaram os martelos pneumáticos passou-se a trabalhar com água". Quanto à situação no Chile, onde 33 mineiros estão soterrados a 700 metros de profundidade, destaca o duplo sofrimento dos envolvidos: "é complicado para eles porque não sabem se vão sair, nem como. E é complicado para as suas famílias, que também estão a sofrer".

Na Barroca Grande, alcandorado na encosta, em filas de casas iguais, o bairro dos mineiros lembra na simetria as galerias onde até 300 metros abaixo se extraem os minérios: volfrâmio, cobre e estanho. Os homens gozam os últimos dias das férias de Agosto antes do regresso à labuta de sete horas diárias com direito a meia hora de descanso para a bucha, comida em mesas de madeira rudimentares no subsolo.

A profissão não os assusta por aí além, pelo menos não parece e as palavras até saem escassas o mais das vezes. O tempo de silêncio diário forçado não lhes solta as histórias, antes faz acreditar que delas se desabituaram, habituados que estão a gerações seguidas de filhos do mesmo ofício. José Cunha Campos tem 66 anos, 23 na mina. Um dia, com uns amigos, partiu de Alijó, em Trás-os-Montes, e rumou à Panasqueira à procura de ganhar mais algum dinheiro – uns 1800 escudos (nove euros) no início. "É uma vida complicada, é difícil, embora agora existam os jumbos (brocas mecânicas que furam a rocha, chegadas na década de 1980) e padejadores (máquinas de encher). Eu ainda andei nove anos agarrado a um martelo pneumático". E antes dele andaram outros de picareta em punho a partir pedra e a carregar à pazada os vagões de minério, empurrados por homens ou puxados sobre carris para o exterior por cavalos.

"Aquilo lá em baixo é muito húmido (a temperatura média é de 18 graus). Há dificuldades, como a escuridão, mas tudo vai do hábito. Nunca tive nenhum problema, mas há lugares mais perigosos onde é preciso ter muita atenção. Ainda tivemos de fugir à frente das pedras", descreve José Cunha, reformado, que temia "ouvir o barulho do terreno a partir-se".


HISTÓRIA COMOVENTE

Quando lhe falam da situação dos mineiros no Chile, aí comove-se. Percebe o que está a acontecer-lhes? "Se percebo?! Aquilo custa muito". Se uma situação semelhante acontecesse na Panasqueira, o socorro seria mais rápido e fácil. "Esta é uma mina em rampas, com várias entradas, onde circulam carrinhas; totalmente diferente da do Chile, que é em poço, como a de Neves Corvo (Alentejo)".

José Alentejano (José Manuel Silva, de baptismo), nasceu em São Luís, Beja. Só lá voltou uma vez e chegou à Panasqueira com oito anos. Nas minas anda há 30 e tem 48. É o exemplo da profissão herdada. "O meu pai foi mineiro, o meu filho é mineiro há oito anos, a minha filha casou com um mineiro e até tenho tios mineiros", diz o operador de jumbo. "Tem corrido bem. Sustos? Debaixo do chão há sempre sustos. Aquilo é complicado. Entra-se e não se sabe quando se sai!" Mesmo assim, José Alentejano gosta do trabalho, apesar das tragédias como a dos colegas de profissão chilenos. "Sofremos quando vemos aquelas imagens. Temos pena e sentimos dor. Nós sofremos mais, porque sabemos como é e compreendemos melhor".


COMO NO MAR

Se é verdade, como diz o escritor Fernando Dacosta, que "a terra exerce sobre os mineiros a mesma atracção que o mar sobre os pescadores", então as mulheres de ambos padecem do mesmo sofrimento: "ando sempre com o coração nas mãos. Aquele que morreu estava onde trabalha o meu filho Marco. Eram colegas. Eu também estou sempre a ver o que está a acontecer no Chile", diz Natália Silva, 44 anos, casada com José Alentejano, que só uma vez desceu às galerias.

A mina, numa região isolada, de acessos difíceis, entranhada na serra, é a solução quase exclusiva de quem quer trabalhar. O maçarico (novato) Gonçalo Gomes, 19 anos, é disso exemplo. A 20 de Outubro assinala o primeiro ano de trabalho, como operador de uma máquina de furação de chaminés. "Andava farto de estudar. Fiz o 9º ano e estava a tirar um curso de electricista no Fundão, mas eu queria era trabalhar", diz o jovem, que gosta da profissão e segue as pisadas do avô, do pai e do irmão, este de 31 anos e entregue aos caprichos da mina há 10.

"Não é um trabalho muito puxado e não tenho medo. No início tive algum receio, mas depois fui-me habituando. E aqui ainda é onde se ganha melhor e estou perto de casa, mas só fico até arranjar melhor". Gonçalo Gomes nasceu na Aldeia de São Francisco de Assis, em pleno couto mineiro, mas agora mora com os pais na Barroca Grande. Sobre o drama chileno, viu uma reportagem: "tento não pensar muito nisso". Jacinto Canas, 45 anos, na mina desde 1982, com um intervalo de 13 anos empregue na emigração, vê o caso com outra atenção, talvez por ter perdido o irmão, Albertino, 23 anos, num acidente acorrido em 1986. "Levou com 40 toneladas de terra em cima. Aquilo vai acabar bem. É preciso ter fé até ao fim". Quanto à Panasqueira, lamenta: "os milhões vão todos embora, até a derrama fica em Lisboa porque é lá a sede da empresa. Aqui só fica a sarrisca".

Fica a sarrisca e até agora 12 mil quilómetros (22 vezes o comprimento de Portugal) de serra perfurada e 700 euros, em média, nos bolsos de cada mineiro. E fica também uma história iniciada há 124 anos, altura do primeiro registo da mina, cujas potencialidades até os romanos conheciam.


RIQUEZA DE GERAÇÕES

A matéria-prima, mais de 130 toneladas mensais de concentrado de volfrâmio, é exportada na totalidade, a grande maioria para a empresa alemã Osram, uma das líderes mundiais no fabrico de lâmpadas. "É o melhor volfrâmio do Mundo, retirado da maior mina subterrânea do Mundo em actividade", diz José Isidoro, 55 anos, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, garantindo que, ao ritmo actual, o futuro desta exploração está "assegurado por mais 12 anos". Depois, descendo em profundidade, aos 400 metros, há ainda trabalho para três gerações de mineiros.

A aventura contra os elementos continuará na Panasqueira ou no Chile. "Abaixo da superfície terrestre, três homens descem corredores e galerias, enfrentando obstáculos e peripécias, às vezes andam perdidos" – não é o início do guião da vida de um mineiro, antes é um resumo do livro de Júlio Verne ‘Viagem ao Centro da Terra’ (1864). Os mineiros não entram tão fundo na alma da terra, mas ninguém a conhece melhor do que eles.


UTILIZADO EM ARMAMENTO, LÂMPADAS E ESFEROGRÁFICAS

Foi a indústria de armamento que deu fama ao volfrâmio (ou tungsténio), por ser muito duro e usado em ligas de aço. Mas também é utilizado na indústria eléctrica – em filamentos de lâmpadas incandescentes –, em esferográficas, em resistências eléctricas, em ligas de aço e no fabrico de ferramentas. As minas são o principal empregador nas freguesias que envolvem o couto mineiro da Panasqueira. Curiosamente, em São Jorge da Beira, localidade de 700 habitantes, o segundo maior é o Centro de Solidariedade Social, seguindo-se a construção civil, como revelou Fausto Baptista, 46 anos, presidente da Junta de Freguesia.


NOTAS

11 MIL

Durante a II Guerra Mundial, a Panasqueira chegou a empregar 11 mil pessoas. Hoje são apenas 325.


100 ANOS

A exploração industrial começou em 1910. É gerida pela japonesa Sojitz Beralt Tin & Wolfram, S.A.


TRÊS MINAS

Em Portugal há três minas em actividade. Além da Panasqueira, Neves Corvo e Aljustrel (cobre e zinco), ambas no Alentejo.

in CM - ler notícia

NOTA: pese embora o facto de a notícia ter um erro (as minas portuguesas - as subterrâneas... - são quatro, pois faltou referirem a de Campina de Cima, dentro da cidade de Loulé, onde se extrai sal-gema...) é sempre de saudar de saudar que se fale dos mineiros e dos seus problemas.

Houve dois acidentes mortais em minas portuguesas este Verão

Morreu na mina em acidente de trabalho aos 60 anos
25 Junho 2010

Joaquim Fernandes já estava reformado, mas não deixou de trabalhar para compor o rendimento. Empresa abriu inquérito

Reformado desde 2000, mas com baixo rendimento e força para continuar, Joaquim Ramos Fernandes, 60 anos, regressou há três anos ao serviço nas Minas da Panasqueira, concelho da Covilhã. Na quarta-feira, depois de mais de 30 anos passados no interior das minas, e enquanto fazia o turno da noite, acabou por morrer vítima de um acidente de trabalho. A situação recoloca na ordem do dia a questão das condições de trabalho no interior das minas.

Em cinco anos, este foi o segundo acidente de trabalho mortal naquele espaço. Em Outubro de 2005, um deslizamento de terras também provocou a morte de outro mineiro. A estatística não é assustadora, mas mesmo assim o Sindicato de Trabalhadores da Indústria Mineira recorda que é preciso fazer mais pelas condições de segurança.

"Estamos a falar de um trabalho específico e que acarreta muitos riscos. Desde há muito tempo que defendemos que nenhum trabalhador deve estar sozinho, dentro da mina. Não nos podemos esquecer que os gases que o minério liberta são perigosos e podem trazer consequências. Não queremos especular, mas se calhar se este homem estivesse acompanhado poderia ter sido socorrido mais rapidamente e, quem sabe, ainda estar vivo", diz José Maria Isidoro, porta-voz do Sindicato que em Março convocou duas greves. A luta prendia-se com o aumento de salários e a melhoria das condições de trabalho. A empresa cedeu à primeira reivindicação (aumento de um por cento) e os mineiros voltaram ao trabalho.

As circunstâncias relativas ao acidente que vitimou Joaquim Ramos Fernandes, residente no Alqueidão, freguesia da Barroca, Fundão, ainda não estão devidamente apuradas. Sabe-se que foi apanhado por um dos vagões que fazia a recolha do minério. Estava sozinho e não pôde ser socorrido antes que uma descarga de pedras o soterrasse.

A Sojitz Beral Tin & Wolfram, empresa que explora o Couto Mineiro da Panasqueira, já mandou abrir um inquérito. "Temos de esperar pelo resultado da autópsia para podermos perceber o que aconteceu. Não sabemos porque caiu para o vagão, nem tão pouco se morreu da queda ou da descarga que se sucedeu", sublinhou Correia de Sá, administrador da empresa - que já mandou abrir um inquérito e se mostra solidário com a família.

in DN - ler notícia

Acidente mortal na mina de Aljustrel
2010-09-01

Um trabalhador da mina de Aljustrel morreu esta manhã, quarta-feira, cerca das 11 horas, na sequência do despiste da máquina que conduzia, quando operava na rampa de acesso ao fundo da mina.

O trabalhador, de 31 anos e natural de Aljustrel, filho de um antigo mineiro, conduzia um veículo Dumper MTT quando, segundo Jacinto Anacleto, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Industria Mineira (STIM), "a máquina terá ficado sem travões", citando informações prestadas pela administração da empresa.

Jacinto Anacleto revelou ao JN que "o sindicato vai apresentar uma queixa no Ministério Público, para que a Polícia Judiciária investigue as causas do acidente", lembrando o sindicalista que quando dizem que os trabalhadores precisam de formação como mineiros, "a administração não liga e desvaloriza o assunto".

A Autoridade para as Condições do Trabalho foi alertada para a ocorrência tendo sido de imediato deslocados para a mina "dois inspectores para apurar as causas do acidente", confirmou ao JN Carlos Graça, Delegado Regional do Alentejo da ACT.

Contactada a administração da Almina-Minas de Aljustrel, no sentido de obter explicações do administrador delegado Arménio Pacheco, foi indicado que "o administrador não tem tempo livre e já fez um comunicado para uma agência", recusando o envio do mesmo ao JN.

A Almina, é uma empresa que resulta da aquisição das Pirites Alentejanas, por parte da Martifer, dos Irmãos Martins, cuja aquisição foi feita por um euro, e viabilizada pelo Governo de José Sócrates, tendo como principal interlocutor o ex-ministro Manuel Pinho.

in JN - ler notícia

segunda-feira, setembro 06, 2010

Um performer fantástico que vem a Portugal

Homenagem ao Professor Doutor Manuel Maria Godinho


O Simpósio Modelação de Sistemas Geológicos constitui pretexto para homenagear o Professor Manuel Maria Godinho, decorrendo em Coimbra a 15 de Janeiro de 2011.

Procura-se através de um conjunto de conferencistas convidados apresentar novos contributos para a modelação dos sistemas geológicos e simultaneamente valorizar a importância académica e científica do homenageado no domínio das Ciências Geológicas.

Em paralelo será editado um livro de homenagem, aberto à comunidade científica, constituído por artigos versando temáticas das Geociências. Os artigos devem seguir as normas de publicação científica e existirá um processo de peer review associado.

No final do Simpósio decorrerá um jantar de homenagem e confraternização, com carácter facultativo, em local a designar ulteriormente.


Nota Biográfica

O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.


DATAS RELEVANTES
  • ABRIL 2010 – Primeira circular
  • JULHO 2010 – Segunda circular
    • Programa do evento
    • Template para submissão de artigos
  • OUTUBRO 2010
    • Submissão de artigos
    • Formalização das inscrições

PREÇO DE INSCRIÇÃO
  • EVENTO
  • Não estudantes – 50 €
  • Estudantes – 35€
  • JANTAR DE HOMENAGEM
    • Valor único – 40€

PRÉ-INSCRIÇÃO EM
www.dct.uc.pt
(ver secção de eventos)

CONTACTOS

MORADA
Organização do Simpósio
“Modelação de Sistemas Geológicos”
Departamento de Ciências da Terra
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra

Telefone
239 860 563

Fax
239 860 501



NOTA: link para folheto – AQUI e formulário de pré-inscrição - AQUI.

Livros de Astronomia - Breve História dos Cometas

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria:

(imagem daqui)

O astrónomo amador Vieira Calado lançou, recentemente, o livro Breve História dos Cometas, na sequência de outro intitulado A Terra e as Estrelas. Eu, como consumidor interessado na matéria e leitor habitual do blog de Vieira Calado, ASTRONOMIA-ALGARVE, pedi que mos enviasse por correio.

Recebi-os há dias e gostei dos dois - são pequenos textos, muitos publicados em jornais regionais, sobre coisas que os astrónomos por vezes têm dúvidas, muito didácticos e bem escritos - e tudo isto por apenas 5 euros, portes incluídos (e ao comprarem a Breve História dos Cometas recebem A Terra e as Estrelas)!

Para os interessados, aqui fica o e-mail do autor: vieiracalado@gmail.com.

Músicas para uma nossa leitora...


Música para um político qualquer que hoje faz anos





PS - Porreiro, pá...!

Música para a minha mana que hoje é bebé...


Shout

Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without


In violent times, you shouldn't have to sell your soul
In black and white, they really really ought to know
Those one track minds that took you for a working boy
Kiss them goodbye, you shouldn't have to jump for joy
You shouldn't have to
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


They gave you life, and in return you gave them hell
As cold as ice, I hope we live to tell the tale
I hope we live to tell the tale


Let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


Shout, shout, let it all out
These are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on


And when you've taken down your guard
If I could change your mind, I'd really love to break your heart
I'd really love to break your heart


Shout, shout, let it all out
(Break your heart) these are the things I can do without
(I'd really love to break your heart) come on
I'm talking to you, come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you so come on


Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(Really really ought to know) These are the things I can do without
(They really really) Come on, I'm talking to you, come on
(They really really ought to know) Shout, shout, let it all out
(I'd really love to break your heart)
These are the things I can do without
(I'd really love to break your heart)
Come on, I'm talking to you so come on
Shout, shout, let it all out, these are the things I can do without
Come on, I'm talking to you, come on...


NOTA: espero que a minha mana goste (e se lembre...). Para os outros, mais uma versão - os Tears For Fears estão vivos:

domingo, setembro 05, 2010

A Terra vista do espaço em tempo real


Um nosso fiel leitor mando-nos um link para este interessante site, que mostra a Terra, vista do espaço, com a chegada da noite e muitos outros aspectos configuráveis.

Vão ver, que vão adorar:

Falta um mês para a palhaçada do ano

sábado, setembro 04, 2010

Sismo da Nova Zelândia - dados do NEIC

Magnitude7.0
Date-Time
Location43.530°S, 172.120°E
Depth5 km (3.1 miles) set by location program
RegionSOUTH ISLAND OF NEW ZEALAND
Distances
  • 44 km (27 miles) W (273°) from Christchurch, New Zealand
  • 200 km (124 miles) S (169°) from Westport, New Zealand
  • 290 km (180 miles) NNE (27°) from Dunedin, New Zealand
  • 332 km (206 miles) SW (220°) from WELLINGTON, New Zealand
Location UncertaintyError estimate not available
ParametersNST=374, Nph=374, Dmin=88.7 km, Rmss=0 sec, Gp= 18°,
M-type=centroid moment magnitude (Mw), Version=9
Source
  • Institute of Geological and Nuclear Sciences, Lower Hutt, New Zealand


Forte sismo na ilha do Sul da Nova Zelândia

Há apenas registo de feridos ligeiros
Sismo provocou danos avultados na Nova Zelândia

Vários carros foram esmagados pela queda de muros

Um sismo de magnitude sete na escala de Richter abalou a Nova Zelândia às primeiras horas de sábado (tarde de sexta-feira em Portugal), provocando danos avultados em Christchurch, a segunda maior cidade do país. Até ao momento, há apenas registos de feridos ligeiros.

Segundo o instituto geológico norte-americano, o sismo ocorreu às 04.35 horas locais (17.35 em Lisboa), com epicentro a 55 quilómetros de Christchurch, na costa Leste da Ilha Sul. Teve origem a 12 quilómetros da superfície, mas apesar da pouca profundidade não foi emitido qualquer alerta de tsunami.

Segundo a edição online do jornal local The Press, o sismo danificou vários edifícios da cidade, derrubando muros e telhados. A cidade está também sem electricidade e a circulação na rede de comboios foi suspensa para verificar a extensão dos danos causados. O abalo foi sentido em toda a ilha e também na capital, Wellington, na vizinha Ilha Norte.

O site noticioso Wellington Stuff divulgou já fotografias dos estragos, com ruas bloqueadas e carros esmagados pelos destroços.

Logo após o abalo, descrito como um dos mais fortes de que há registo, viveram-se momentos de pânico na cidade, com os moradores a saírem ainda em pijama para a rua, relata o jornal.

“Foi inacreditável. Tinha acordado para ir trabalhar e ouvi um barulho imenso e a seguir, boom, a causa foi atingida e tudo começou a estremecer”, contou ao The Press Kevin O’Halon.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Relato de Ciência Viva no Verão no Algarve

No passado dia 25 de Agosto de 2010 fui, mais a família, a uma actividade da Ciência Viva no Verão 2010 na Praia de Faro. No pacote estava incluída uma Geologia no Verão (As barras também migram) e uma Biologia no Verão (Biodiversidade numa Ria Formosa em permanente mudança), numa actividade feita debaixo de telha, no Centro Náutico.

Muito interessante, pese embora o facto de poder ser melhorada, em termos de Geologia, no futuro. Para o ano, se houver novamente, lá estaremos novamente...

E, agora, algumas fotos da actividade:


Bichos da Ria Formosa - I (pepino do mar)


Bichos da Ria Formosa - II (ferro de engomar)


Bichos da Ria Formosa - III (lebre do mar)


Bichos da Ria Formosa - IV


Malacologia



Vendo microrganismos no microscópio óptico



Fitoplâncton no microscópio



Zooplâncton no microscópio



O Tanque das bichesas da Ria Formosa



Fichas para identificar invertebrados da Ria Formosa



Brincando às ondas



As Dunas - versão secador



A Ria Formosa na Carta Corográfica


Brincando às sequências estratigráficas positivas...

Fernando Machado Soares nasceu há 80 anos



Fernando Machado Soares (nasceu a 3 de Setembro 1930) é um cantor de fado, de Coimbra, poeta, compositor, jurista e juiz jubilado.

Nasceu em Roque do Pico, Ilha do Pico, Açores, sendo descendente do último Capitão-Mor das Lajes do Pico. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra nos anos 50. Participou no filme Rapsódia Portuguesa. Após ter concluído o curso superior, suspendeu durante alguns anos a sua actividade artística. Porém, acompanhou o Orfeão Académico de Coimbra aos Estados Unidos, onde cantou com êxito em Nova York (Lincoln Center), Boston, Chicago ou Atlanta. Participou ainda num programa televisivo da NBC. Autor de diversos fados muito célebre, entre eles a "Balada da Despedida".



quarta-feira, setembro 01, 2010

Mais um ano de trabalho...

Uma musiquinha para celebrar a data...