domingo, abril 29, 2012

Nana Caymmi - 71 anos

(imagem daqui)

Nana Caymmi (nascida Dinair Tostes Caymmi, Rio de Janeiro, 29 de abril de 1941) é uma cantora brasileira.

Sempre gostou da música, também por ser filha de um músico, seu dom e talento para as artes musicais já vinham na sua genética. Em 1960 começou a entrar no ramo artístico. Nesse mesmo ano registou a primeira atuação em estúdio, participando da faixa Acalanto (Dorival Caymmi), no LP do pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança. Ela e Dorival reproduziram a música no LP.
Lançou, também, o primeiro disco solo, um 78 RPM, contendo as músicas Adeus (Dorival Caymmi) e Nossos beijos (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa Sucessos Musicais, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa A Canção de Nana, produzido por Eduardo Sidney.
Em 1961, casou-se com seu noivo, o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Em Caracas, Nana morou muitos anos e lá nasceram suas duas filhas: Stella Teresa Caymmi Paoli, em 1962, e Denise Maria Caymmi Paoli, em 1963. Gravou, nesse ano, seu primeiro LP, chamado Nana, com arranjos de Oscar Castro Neves.
Em 1964, participou do disco Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo, ao lado do pai e dos irmãos. Foi um disco com cantoria em família que fez muito sucesso.
Após muitas disputas conjugais e também porque na época os homens acharavam um absurdo uma mulher cantar e sair à noite para shows, Nana não aguentou essa imposição do marido e decidida a ser feliz pela música, divorciou-se do marido e voltou grávida para o Brasil, com suas filhas pequenas e aqui passou a criá-las sózinha. O ex-marido só ajudou as filhas com a parte financeira.
Em 1966, nasceu na Cidade do Rio de Janeiro seu terceiro filho, João Gilberto Caymmi Paoli, o que foi uma grande alegria para ela, e mesmo separados, seu ex-marido veio visitá-la e registrar o menino.
Nesse mesmo ano, venceu o I Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta). Apresentou-se no programa Ensaio Geral (TV Excelsior), ao lado de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tuca, Toquinho e Maria Bethânia, entre outros. Ainda nesse ano, assinou contrato com a TV Record, da Cidade de São Paulo. Após um tempo de namoro, casou-se com o cantor e compositor Gilberto Gil, com quem compôs "Bom dia", canção apresentada pelos autores no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967.
Em 1968 terminou seu contrato com a TV Record. Estreou, no Rio de Janeiro o show "Barroco" e divorciou-se de Gilberto Gil por motivos pessoais, possivelmente por causa de disputas por ciúmes.
Em 1969, foi citada por Carlos Drummond de Andrade no poema "A festa (Recapitulação)", publicado na edição do dia 23 de fevereiro do jornal brasileiro "Correio da Manhã".
Em 1970, fez uma temporada de shows com Dori Caymmi em Punta del Este, no Uruguai. Participou do espetáculo "Mustang Cor de Sangue", com Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e o conjunto Apolo 3, realizado no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro de Bolso, no Rio de Janeiro.
No ano seguinte, cantou "Morena do mar" (Dorival Caymmi), na II Bienal do Samba (TV Record). Voltou a Punta del Este, para novas temporadas, em 1971 e em 1972, nesse último ano ao lado de Dori Caymmi, no Café del Puerto.
Em 1973, apresentou-se com sucesso em Buenos Aires. Viajou muito o mundo cantando e se apresentando, e por onde ia fazia sucesso.
No ano seguinte, realizou um show, com o conjunto argentino Camerata, no Camerata Café Concert, novamente em Punta Del Este. Lançou na Argentina, pela gravadora Trova, ainda em 1974, o LP "Nana Caymmi", que vendeu 20 mil cópias. O disco, divulgado Rádio Jornal do Brasil por Simon Khoury, chamou a atenção das gravadoras brasileiras.
No ano seguinte, acompanhada pela Camerata, foi recebida pelos media como Grande Show Woman, em sua temporada anual na Argentina.
Após um jejum de oito anos no mercado fonográfico brasileiro, ou seja, oito anos afastada sem cantar em público cuidando de sua vida pessoal, lançou, em 18 de junho de 1975, na Sala Corpo e Som, do Museu de Arte Moderna (RJ), o LP "Nana Caymmi" (CID). O disco alcançou o 77º lugar no Hit Parade Carioca, uma semana após o lançamento. Fez, ainda, uma temporada, no mês de julho, na discoteca Igrejinha em São Paulo, sendo citada por Tárik de Souza, no "Jornal do Brasil", como a "Nina Simone brasileira" e provocando a admiração de Caetano Veloso, que considerou sua interpretação de "Medo de amar" (Vinícius de Moraes) uma das mais expressivas da música brasileira.
No dia 22 de outubro de 1976, foi contemplada com o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano, oferecido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos. Participou da trilha sonora de "Maria Maria", espetáculo do Balé Corpo, com músicas de Milton Nascimento e Fernando Brant e coreografia de Oscar Ajaz. Apresentou-se, ao lado de Ivan Lins, no Teatro João Caetano (RJ), pelo projeto "Seis e Meia". Ainda em 1976, lançou o LP "Renascer", com show no Teatro Opinião. A canção "Beijo partido" (Toninho Horta), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela "Pecado Capital" (TV Globo).
Em 1977, gravou novo LP, pela RCA-Victor. O disco contou com a participação de Dorival Caymmi na faixa "Milagre", canção inédita do compositor, e teve show de lançamento no Teatro Ipanema (RJ). Ainda nesse ano, a gravadora CID lançou no mercado brasileiro o disco "Nana Caymmi", gravado na Argentina em 1974, com o título "Atrás da porta". Inaugurou, ao lado de Ivan Lins, o "Projeto Pixinguinha" (Funarte).
Em 1978, apresentou-se com Dori Caymmi pelo "Projeto Pixinguinha". O show, dirigido por Arthur Laranjeiras, estreou no Teatro Dulcina (RJ) e prosseguiu em Vitória, Salvador, Maceió e Recife. Ainda nesse ano, lançou, pela Odeon, o LP "Nana Caymmi", contendo a faixa "Cais" (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), incluída na trilha sonora da novela "Sinal de Alerta" (TV Globo).
Em 1979, apresentou-se, com Edu Lobo e o conjunto Boca Livre, no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano conheceu e começou a namorar o cantor e compositor Claudio Nucci. Em poucos meses de namoro já estavam casados.
Em 1980, realizou "Nana Caymmi e seus amigos muito especiais", série de shows apresentados às segundas-feiras, no Teatro Villa-Lobos, com a participação de Isaurinha Garcia, Rosinha de Valença, Cláudio Nucci, Zezé Mota, Zé Luiz, Fátima Guedes, Sueli Costa, Jards Macalé e Claudio Cartier, entre outros. Fez temporada no Chico’s Bar, anexo do Castelo da Lagoa, no Rio de Janeiro, e realizou espetáculo de lançamento do disco "Mudança dos ventos" (Odeon), viajando em turnê de shows pelo Brasil. Participou, ao lado do Boca Livre, do "Projeto Pixinguinha".
Em 1981, "Canção da manhã feliz" (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela "Brilhante" (TV Globo). Seu espetáculo, na Sala Funarte, foi apontado pelo "Jornal do Brasil" como um dos dez melhores do ano.
Em 1982, apresentou-se em Algarve, Portugal. Realizou uma participação na novela "Champagne" (TV Globo), representando a si mesma e cantando "Doce presença" (Ivan Lins e Victor Martins), ao lado do pianista Edson Frederico. A canção foi incluída na trilha sonora da novela.
No ano seguinte, gravou, com César Camargo Mariano, o LP "Voz e suor" (Odeon). Apresentou-se, ao lado do pianista, no 150 Night Club (SP), para lançamento do disco.
Em 1984, sua terceira separação: divorciou-se de Claudio Nucci. Esse foi seu último casamento, após o último casamento ela passou a circular nos media, raramente, com alguns namorados. Após se separar, saiu do Brasil e participou do Festival de música de Nice, na França, com Dorival Caymmi e Gilberto Gil, entre outros.
No ano seguinte, em 1985, sua gravação de "Flor da Bahia" (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) foi incluída na banda sonora de da minissérie "Tenda dos Milagres" (TV Globo), baseada no romance homónimo de Jorge Amado.
No final de 1986, na comemoração do centenário de nascimento de Villa-Lobos, iniciou uma série de shows pelo país, que teve continuidade no ano seguinte, interpretando obras do compositor, ao lado de Wagner Tiso e do grupo Uakti.
Em 1987, fez temporada de shows em Madrid (Espanha). Lançou o disco "Nana", contando com a participação de seu filho, João Gilberto, na faixa "A lua e eu" (Cassiano e Paulo Zdanowski). No dia 3 de outubro desse mesmo ano, nasceu sua primeira neta, Marina Caymmi Meneses, filha de Denise Maria e Carlos Henrique de Meneses Silva.
Em 1988, fez show de lançamento do disco "Nana", no L’Onoràbile Società em São Paulo e no People Jazz, no Rio de Janeiro, seguindo em turnê pelo país.
Em 1989, participou da coletânea "Há sempre um nome de mulher", LP duplo produzido por Ricardo Cravo Albin para a campanha do aleitamento materno, do Banco do Brasil, cantando as músicas "Dora" e "Rosa morena", ambas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado do amigo Wagner Tiso, excursionou por várias cidades da Espanha e participou do Festival Internacional de Jazz de Montreux, na Suíça. A apresentação foi gravada ao vivo, gerando o LP "Só louco", lançado, no mesmo ano, pela EMI-Odeon.
No dia 16 de dezembro de 1989, seu filho, João Gilberto, sofreu, no Rio de Janeiro, um grave acidente de motocicleta. A cantora passou o ano de 1990 dedicando-se exclusivamente ao filho acidentado, que se não fosse riogorosamente tratado poderia ter sequelas. Ela, então, se afastou do cenário musical para se dedicar mais ao filho.
Em 1991, voltou ao cenário artístico, participando, ao lado do irmão Danilo, de espetáculo realizado no Rio Show Festival, que ocorreu no Rio e reuniu Dorival Caymmi e Tom Jobim. Participou novaente de um show de jazz em Montreux com os irmãos. O show foi gravado ao vivo e gerou o disco "Família Caymmi em Montreux", lançado no Brasil, no ano seguinte, pela PolyGram.
Em 1992, participou, no Rio Centro, RJ, da segunda edição do "Rio Show Festival", ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Fagner. Lançou, pela Sony Music, o disco "O melhor da música brasileira", apresentando-se em temporada de shows na casa noturna Jazzmania (RJ). No dia 24 de abril desse mesmo ano, nasceu Carolina, sua segunda neta, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva. Participou do "SP Festival", realizado no Anhembi (SP), ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Gilberto Gil.
Em 1993, viajou a Portugal, para temporada de shows em Lisboa e no Porto, ao lado de Dorival e Danilo Caymmi. Gravou o disco "Bolero" (EMI), apresentando-se em longa temporada de shows no People Jazz (RJ) e seguindo em turnê pelo país. Esteve, também, em Nova York, onde se apresentou no Blue Note, em show que contou com a participação de Danilo Caymmi.
Em 1994, lançou o CD "A noite do meu bem - As canções de Dolores Duran" (EMI), que contou com a participação de sua filha Denise Caymmi na faixa "Castigo". Fez o show de lançamento do disco no Canecão, em seu primeiro espetáculo solo nessa casa, seguindo em turnê pelo país.
Em 1996, apresentou-se no Teatro Castro Alves, em Salvador, ao lado de Daniela Mercury, do pai Dorival e dos irmãos Dori e Danilo, em dois espetáculos comemorativos dos 50 anos das empresas Odebrecht. Lançou, nesse mesmo ano, o disco "Alma serena" (EMI), no Canecão, RJ e no Palace, SP, seguindo em turnê pelo país. Viajou, em seguida, para os Estados Unidos, onde se apresentou em Los Angeles e Nova York, ao lado de Dori Caymmi.
Em 1997, gravou, no Teatro Rival, Rio de Janeiro, seu primeiro disco solo ao vivo, "No coração do Rio" (EMI), seguindo em turnê pelo país.
Em 1998, lançou o CD "Resposta ao tempo" (EMI), contendo a canção homónima (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), escolhida como tema musical de abertura da minissérie "Hilda Furacão" (TV Globo). A música obteve bastante destaque, tendo sido muito executada nas rádios, nesse ano. Apresentou-se, novamente, no Canecão, em show de lançamento do disco, viajando, em seguida, em turnê pelo país.
Em 1999, foi contemplada com o primeiro Disco de Ouro de sua carreira, pelas cem mil cópias vendidas do CD "Resposta ao Tempo" (EMI), seguindo-se o convite da TV Globo para cantar "Suave veneno" (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), canção escolhida como tema da novela homônima. Lançou a coletânea "Nana Caymmi - Os maiores sucessos de novela" (EMI). Participou, ainda, do songbook de Chico Buarque (Lumiar Discos), interpretando a faixa "Olhos nos olhos".
Em 2000, comemorando 40 anos de carreira em disco, lançou o CD "Sangre de mi alma" (EMI), cantando em espanhol uma seleção de boleros, como "Acércate más" (Osvaldo Farrés) e "Solamente una vez" (Agustin Lara), entre outros, com arranjos de Dori Caymmi e Cristóvão Bastos.
Em 2001, gravou o CD "Desejo", produzido por José Milton, com a participação de Zeca Pagodinho, em dueto com a cantora em "Vou ver Juliana" (Dorival Caymmi), Ivan Lins, ao piano na faixa "Só prazer" (Ivan Lins e Celso Viáfora) e sua sobrinha Alice, filha de Danilo Caymmi, em dueto com a tia na música "Seus olhos", de autoria da irmã, Juliana Caymmi. O disco registrou, com arranjos de Cristóvão Bastos, Dori Caymmi, Lincoln Olivetti e Paulão 7 Cordas, as canções "Saudade de amar" (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), "Frases do silêncio" (Marcos Valle e Erasmo Carlos), "Fogueiras" (Ivan Lins e Vitor Martins), "Lero do bolero" (Kiko Furtado e Abel Silva), "Vinho guardado" (Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós), "Desejo" (Fátima Guedes), "Naquela noite" (Claudio Cartier e Guto Marques), "Fumaça das horas" (Sueli Costa e Fausto Nilo), "Esse vazio" (Cristóvão Bastos e Dudu Falcão), "Marca da Paixão" (Marcio Proença e Marco Aurélio) e "Distância" (Dudu Falcão). Realizou o show de lançamento do disco no Canecão (RJ), apresentando, além do reportório do CD, sucessos de sua carreira, como "Saudade de amar", da trilha sonora da novela "Porto dos Milagres" (TV Globo) e Resposta ao tempo (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), acompanhada de uma banda formada por Cristóvão Bastos (piano), Itamar Assiere (teclados), Ricardo Silveira (guitarra), Jorjão (baixo), Ricardo Pontes (sax e flauta), Ricardo Costa (bateria) e Don Chacal (percussão).
Em 2002, lançou o CD "O mar e o tempo", contendo exclusivamente obras de Dorival Caymmi, como "Saudade da Bahia" e "O bem do mar", entre outras, além da inédita "Desde ontém". O disco contou com a participação de seus irmãos Dori e Danilo, além de sua mãe, Stella, das netas, já que sua outra filha, Stella Teresa, também teve filhos e das suas sobrinhas.
Em 2003, foi lançado o songbook "O melhor de Nana Caymmi" (Editora Irmãos Vitale), produzido por Luciano Alves, contendo letras e partituras do reportório da cantora, além de um perfil biográfico assinado por sua filha, Stela Caymmi.
Em 2004, em comemoração ao 90º aniversário do pai, lançou, com os irmãos Dori e Danilo, o CD "Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo", contendo exclusivamente canções de Dorival Caymmi: "Acontece que eu sou baiano", "Severo do pão/O samba da minha terra", "Vatapá", "Você já foi à Bahia?", "Requebre que eu dou um doce/Um vestido de bolero", "Lá vem a baiana", "A vizinha do lado/Eu cheguei lá", "O que é que a baiana tem?", "Dois de fevereiro/Trezentos e sessenta e cinco igrejas", "Saudade da Bahia", "O dengo que a nega tem", "São Salvador", "Eu não tenho onde morar/Maracangalha" e "Milagre". Os arranjos do disco foram assinados por Dori Caymmi.
Em 2005, lançou, ao lado de Danilo Caymmi, Paulo Jobim e Daniel Jobim, o CD "Falando de amor", sobre a obra de Tom Jobim. Os músicos Jorge Hélder (baixo) e Paulinho Braga (bateria) participaram das gravações.
Em agosto de 2008, os pais de Nana (Dorival Caymmi e Stella Maria) vêm a falecer em um curto intervalo de tempo fazendo com que Nana, muito abalada, cogite a possibilidade de deixar a carreira artística por achar que não tinha mais ao seu lado os seus maiores incentivadores, entrando em profunda depressão e desgosto.
Em dezembro de 2008 participa do programa musical Som Brasil Especial Dorival Caymmi, programa da Rede Globo que foi dedicado ao compositor baiano dentro da grade de programas especiais do final do ano da emissora carioca.
Em abril de 2009, lança mais um álbum em sua carreira. O álbum chama-se Sem poupar coração e possui 14 faixas, tendo uma das faixas na novela das 21 horas da Rede Globo "Insensato Coração".
Em 2010, o diretor francês Georges Gachot completo um documentário sobre a cantora, Rio Sonata.


Porque hoje é o Dia Mundial da Dança


O Dia Internacional da Dança vem sendo celebrado no dia 29 de Abril, promovido pelo Conselho Internacional de Dança (CID), uma organização interna da UNESCO para todos tipos de dança.
A comemoração foi introduzida em 1992 pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO. A data comemora o nascimento de Jean-George Noverre (1727-1810), o criador do balet moderno.

sábado, abril 28, 2012

José Malhoa nasceu há 157 anos

José Vital Branco Malhoa (Caldas da Rainha, 28 de abril de 1855Figueiró dos Vinhos, 26 de outubro de 1933) foi um pintor, desenhista e professor português.

Com apenas 12 anos entrou para a escola de Belas Artes. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido às suas enormes faculdades e qualidade artísticas.
Realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, designadamente em Madrid, Paris e Rio de Janeiro. Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão.
Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista.
Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa nas Caldas da Rainha.

O Ateliê do Artista (Antes da Sessão)
Óleo sobre tela
93 × 127 cm
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo

O diatador e assassino Saddam Hussein nasceu há 75 anos

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti (Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 até 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 19791991 e 19942003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath baseado em Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath - Região do Iraque, a qual era uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio de longo prazo no Iraque.
Como vice-presidente do enfermo General Ahmed Hassan al-Bakr, e numa altura em que muitos grupos eram considerados capazes de derrubar o governo, Saddam criou forças de segurança através do qual controlou rigidamente o conflito entre o governo e as forças armadas. No início dos anos 1970, Saddam nacionalizou o petróleo e outras indústrias. Os bancos estatais foram postos sob seu controle, deixando o sistema eventualmente insolvente, principalmente devido à Guerra Irão-Iraque, a Guerra do Golfo e as sanções da ONU. Até o fim da década de 1970, Saddam cimentou a sua autoridade sobre os aparatos de governo com os lucros obtidos do petróleo que ajudou a economia do Iraque a crescer a um ritmo rápido. As posições de poder no país foram preenchidas com os sunitas, a minoria que compunha apenas um quinto da população.
Saddam suprimiu vários movimentos, especialmente movimentos xiitas e curdos que pretendiam derrubar o governo ou ganhar independência, respectivamente. Saddam manteve o poder durante a Guerra Irão-Iraque de 1980 a 1988. Em 1990, ele invadiu e saqueou o Kuwait. Uma coligação internacional interveio para libertar o Kuwait na Guerra do Golfo de 1991, mas não pôs fim a ditadura de Saddam. Enquanto alguns o veneravam pela sua postura agressiva contra Israel, incluindo o ataque com mísseis em alvos israelitas, foi amplamente condenado pela brutalidade de sua ditadura.
Em março de 2003, uma coligação de países liderada pelos EUA e pelo Reino Unido invadiu o Iraque para depor Saddam, após o presidente dos EUA, George W. Bush ter acusado o líder iraquiano de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após sua captura em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. Em 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas ao assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A execução de Saddam Hussein foi realizada em 30 de dezembro de 2006.
 

O ditador fascista Mussolini foi executado há 67 anos

 Benito Mussolini e Adolf Hitler

Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de julho de 1883 - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império". Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, juntamente com o rei Vítor Emanuel III da Itália,  a quem deu o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.

(...)

Em 1935, invadiu a Abissínia - atual Etiópia (segunda guerra ítalo-etíope), perdendo assim o apoio da França e da Inglaterra, até então seus aliados políticos. Esta campanha militar fez mais de meio milhão de mortos entre os africanos, face a cerca de 5.000 baixas do lado italiano. Foram usadas armas químicas contra a população local, um facto que não foi noticiado na imprensa italiana, controlada por Mussolini.
Somente então aliou-se de facto a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados. Em 1936, assinou com o Führer e com o Japão o Pacto Tripartido, pelo qual Alemanha nazista, Itália e Japão formavam uma aliança político-militar que levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.
Em 1938 ocupou a Albânia e enviou vários destacamentos que lutaram ao lado dos falangistas de Franco durante a Guerra Civil de Espanha. Em seguida, fez os exércitos italianos atacarem a Grécia – apenas para serem expulsos em oito dias.
Com o início da Segunda Guerra Mundial combateu os aliados e, após várias e quase consecutivas derrotas, apesar do apoio militar alemão e sobretudo depois do desembarque aliado na Sicília, caiu em desgraça, vindo a ser derrubado e preso em 1943.
Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de setembro de 1943 em ação de resgate chamada de Operação Carvalho liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche (OAK).
 
A partir da esquerda, os corpos de Nicola Bombacci, Mussolini, Clara Petacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace expostos na Piazzale Loreto (Milão, 29 de Abril de 1945)
 
Fundou então a República Social Italiana (conhecida como República de Salò), no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o mataram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram:

Atirem aqui (disse ele apontando para o peito) Não destruam meu perfil.
O seu corpo e o de Clara Petacci ficaram expostos à execração pública durante vários dias, pendurados pelos pés, na Piazza Loreto em Milão. Encontra-se sepultado no Túmulo da Família Mussolini em Emília-Romanha, Predappio na Itália.

As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um tribunal do júri de Pádua, em maio de 1957. Mas o processo não esclareceu as circunstâncias da morte. Até hoje não se sabe, de facto, quem disparou os tiros mortais. O pesquisador Renzo de Felice suspeita que o serviço secreto britânico tenha tramado a captura junto com os partigiani.
Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros antifascistas que matou o ditador, morreu em 1995, aos 86 anos em Como (norte da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o nome de código "Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou contra Mussolini e sua amante.
Alguns historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a metralhadora de "Pietro", foi outro partigiano, chamado Walter Audisio. É certo, porém, que a ação foi obra da Resistência italiana.

Schindler, o mais conhecido dos Justos entre as Nações, nasceu há 104 anos

Placa próxima da estação ferroviária central de Frankfurt am Main homenageando Oskar Schindler

Oskar Schindler (Svitavy, 28 de abril de 1908 - Hildesheim, 9 de outubro de 1974) foi um empresário alemão sudeto célebre por ter salvo 1.200 trabalhadores judeus do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Tornou-se membro do Partido Nazi após a anexação dos território dos Sudetas em 1938. No início da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a Polónia a fim de ganhar dinheiro aproveitando-se da situação. Em Cracóvia, abre uma fábrica de armas esmaltadas, onde passa a empregar trabalhadores judeus. A origem destes trabalhadores era o Gueto de Cracóvia, local onde todos os judeus da cidade foram escondidos.
Em março de 1943, o gueto foi fechado e os moradores que não ficaram no local foram enviados para o campo de concentração de Plaszow. Os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite voltavam para Plaszow.
Quando, em 1944, os administradores de Plaszow receberam ordens de desativar o campo, devido ao avanço das tropas russas - o que significava mandar os seus habitantes para outros campos de concentração onde seriam mortos - Oskar Schindler convenceu-os através de suborno que necessitava desses operários "especializados" e criou a famosa Lista de Schindler. Os judeus integrantes desta lista foram transferidos para a sua cidade natal de Zwittau-Brinnlitz, onde colocou-os em uma nova fábrica adquirida por ele (Brnenec).
Ao término da guerra, 1.200 judeus entre homens, mulheres e crianças foram salvos de perecer em um campo de concentração nazi. Nos últimos dias da guerra, antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados. Ele livrou-se de ser preso devido aos depoimentos dos judeus a quem ajudara.
Passada a guerra, ele e a esposa Emilie Schindler foram agraciados com uma pensão vitalícia do governo de Israel em agradecimento aos seus atos humanitários. O seu nome foi inscrito, junto a uma árvore plantada no centro da cidade por ele, na avenida dos Justos entre as Nações do museu do holocausto do Yad Vashem em Jerusalém, ao lado do nome de outras cem personalidades não judias que ajudaram os judeus durante o Holocausto. Durante a guerra tornou-se próspero, mas gastou o seu dinheiro com a ajuda prestada aos judeus que salvou e com empreendimentos que não deram certo após o término da guerra.
Viveu na Alemanha na cidade de Hildesheim (Rua Goettingstrasse 30 no bairro Weststadt) entre 1971 e 1974 e morreu pobre num hospital em Hildesheim no dia 9 de outubro de 1974, com 66 anos de idade. Foi enterrado no cemitério cristão (ele era católico, embora não praticante) no Monte Sião em Jerusalém com honras de herói.
A sua história foi contada em livro (Schindler's Ark) por Thomas Keneally e, posteriormente filmada por Steven Spielberg (A Lista de Schindler) no ano de 1993. Este filme é considerado pelo próprio Spielberg e pela crítica como sua obra-prima, e apontado entre os dez melhores filmes da história de Hollywood. O filme foi filmado em preto-e-branco para criar um efeito sombrio e ambientar-se à história retratada. O filme foi o vencedor do Óscar de melhor filme de 1994 e Steven Spielberg ganhou o Óscar de melhor realizador.

O pintor Francis Bacon morreu há 20 anos

Retrato de Francis Bacon feito por Reginald Gray - Londres, 1960

Francis Bacon (28 de Outubro de 1909 - 28 de Abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Foi descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. Seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e frequentemente grotesco ou imagem de pesadelo.

Vida e obra
Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está directamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efectuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.
Nasceu em 28 de Outubro de 1909, em Dublin e sofria de asma. Esta debilidade irritava seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o "fazer homem". Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda de sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.
A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da "construção da paz" e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.
Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida - ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação - como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.


sexta-feira, abril 27, 2012

Rostropovich morreu há 5 anos

Mstislav Leopoldovitch Rostropovich (27 de março de 1927, Baku - 27 de abril de 2007, Moscovo) foi um violoncelista e maestro russo (tendo-se mais tarde naturalizado americano), unanimemente apontado como o maior violoncelista do século XX.
Nasceu no Azerbaijão, parte então da União Soviética. Ainda quanto era muito pequeno, a sua família muda-se para Moscovo. Estudou no conservatório da capital (do qual mais tarde seria docente) tendo como professores, entre outros, Dmitri Shostakovitch e Serguei Prokofiev.
Estreou diversas obras para violoncelo dos principais compositores contemporâneos, como a 'Sinfonia concertante em mi menor, opus 125' de Serguei Prokofiev, os dois concertos para violoncelo de Dmitri Shostakovich e as Sinfonia para violoncelo e Sonata para violoncelo e piano de Benjamin Britten.
Rostropovich lutou por uma arte sem fronteiras, pela liberdade de expressão e pelos valores democráticos, resultando em reprimendas por parte do regime soviético comunista. Em 1974, Rostropovich fugiu da então URSS devido à sua defesa intransigente dos direitos humanos e ao seu apoio a figuras dissidentes, como o escritor Aleksandr Solzhenitsyn. Em 1978 acabaria por ver a sua cidadania na União Soviética revogada devido à sua oposição ao regime. Conseguiu regressar ao país apenas 16 anos depois, quando Mikhail Gorbachov era o líder da União.


Fernão de Magalhães morreu há 491 anos

Fernão de Magalhães (Sabrosa, primavera de 1480 - Cebu, Filipinas, 27 de abril de 1521) foi um navegador português.
Nascido em família nobre, Magalhães era inquieto por natureza: queria ver o mundo e explorá-lo. Em 1506 ele viajou para as Índias Ocidentais, participando de várias expedições militares nas Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias.
A serviço do rei de Espanha, planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo Sul do continente Americano, a atravessar o estreito hoje conhecido como Estreito de Magalhães e a cruzar o Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas no curso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.

Fernão de Magalhães nasceu no norte de Portugal, na cidade de Sabrosa por volta de 1480. A vila de Sabrosa, a freguesia da Sé do Porto, Vila Nova de Gaia e Ponte da Barca reclamam a sua naturalidade. Era filho de Rui de Magalhães e de Inês Vaz Moutinho. Irmão de Duarte de Sousa, Diogo de Sousa, Isabel de Magalhães, Genebra de Magalhães e Aires de Magalhães. Aires de Magalhães, que seguiu uma carreira eclesiástica, recebeu ordens de epístola em 1509 em Braga e, nessa matrícula, seus pais acima nomeados são ditos moradores na Sé do Porto. Seu pai, Rui de Magalhães, foi cavaleiro fidalgo da casa de D. Afonso, conde de Faro, senhor de Aveiro e alcaide mor de Estremoz. Rui de Magalhães terá sido alcaide de Aveiro onde está documentado em 1486. Entre Junho de 1472 e Junho de 1488 está documentado no Porto onde exerce os cargos de juiz ordinário, procurador da câmara e vereador. Foram seus avós maternos Pedro Vaz Moutinho, cidadão do Porto, cidade onde foi vereador, e Inês Gonçalves de Mesquita. Tinha cerca de dez anos quando Magalhães se tornou pajem da corte da Rainha D. Leonor, consorte de D. João II. Casou em Sevilha em Dezembro de 1517 com Beatriz Barbosa, sua parente, filha de Diogo Barbosa e de Maria Caldeira, e teve dois filhos: Rodrigo que faleceu muito novo e Carlos que faleceu ao nascer.
Em Março de 1505, com 25 anos, alistou-se na Armada da Índia, na frota de 22 navios enviada para instalar D. Francisco de Almeida como primeiro vice-rei da Índia. Embora o seu nome não figure nas crónicas, sabe-se que ali permaneceu oito anos, e que esteve em Goa, Cochim e Quíloa. Participou em várias batalhas, incluindo a batalha naval de Cananor em 1506, onde foi ferido, e a decisiva batalha de Diu. Em 1509 partiu com Diogo Lopes de Sequeira na primeira embaixada a Malaca, onde seguia também Francisco Serrão, seu amigo e possivelmente primo. Chegados a Malaca em Setembro, foram vítimas de uma conspiração e a expedição terminou em fuga, na qual Magalhães teve um papel crucial avisando Sequeira e salvando Francisco Serrão que havia desembarcado. Para trás ficaram dezanove prisioneiros. A sua actuação valeu-lhe honras e uma promoção.
Ao serviço do novo governador, Afonso de Albuquerque, participou junto com Serrão na conquista de Malaca em 1511. Após a conquista da cidade os seus caminhos separaram-se: Magalhães promovido, com um rico saque e na companhia de um escravo malaio, regressou. Serrão partiu na primeira expedição enviada às "ilhas das especiarias", nas Molucas. Aí permaneceu e casou com uma mulher de Amboina, tornando-se conselheiro militar do sultão de Ternate (Indonésia). As suas cartas para Magalhães seriam decisivas, que dele obteve informações quanto à situação dos lugares produtores de especiarias. Fernão de Magalhães, após se ausentar sem permissão, perdeu influência. Em serviço em Azamor (Marrocos) foi depois acusado de comércio ilegal com os mouros, com várias das acusações comprovadas cessaram as ofertas de emprego a partir de 15 de Maio de 1514. Mais tarde, em 1515, surgiu uma oferta para membro da tripulação de um navio de Português, mas Magalhães rejeitou-a. Em Lisboa dedicou-se a estudar as mais recentes cartas, investigando uma passagem para o pacífico pelo Atlântico Sul e a possibilidade de as Molucas estarem na zona espanhola definida pelo Tratado de Tordesilhas, em parceria com o cosmógrafo Rui Faleiro.


Circum-navegação
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.
Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; o cartógrafo de origem portuguesa Diogo Ribeiro que começara a trabalhar para Espanha em 1518, na Casa de Contratación em Sevilha participou no desenvolvimento dos mapas utilizados na viagem. Depois da ruptura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sanlúcar de Barrameda em 20 de Setembro de 1519. A esquadra tinha cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, com cerca de 40 portugueses entre os quais Álvaro de Mesquita, primo co-irmão de Magalhães, Duarte Barbosa, primo da mulher de Magalhães, João Serrão, primo ou irmão de Francisco Serrão e Estevão Gomes. Seguia também Henrique de Malaca.
Antonio Pigafetta, escritor italiano que havia pago do seu próprio bolso para viajar com a expedição, escreveu um diário completo de toda a viagem, possibilitado pelo facto de Pigafetta ter sido um dos 18 homens a retornar vivo para a Europa. Dessa forma, legou à posteridade um raro e importante registo de onde se pode extrair muito do que se sabe sobre este episódio da história.
A armada fez escala nas ilhas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de dezembro ao Rio de Janeiro. Prosseguindo para o sul, atingiram Puerto San Julian à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina, onde o capitão decidiu hibernar. Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de espera, período no qual a "Santiago" foi perdida em uma viagem de reconhecimento, tendo os seus tripulantes conseguido ser resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje leva seu nome, aprofundando-se nele. Em outra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez por um motim na "San Antonio" onde a tripulação aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou uma viagem de volta com o piloto Estêvão Gomes (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
Apenas em Novembro a esquadra atravessaria o Estreito, penetrando nas águas do Mar do Sul (assim baptizado por Balboa), e batizando o oceano em que entravam como «Pacífico» por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. No Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostenta o seu nome - as Nuvens de Magalhães.
Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões no actual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos na ilha de Mactan, atraído a uma emboscada.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano.

Dinho Ouro Preto, o vocalista dos Capital Inicial, faz hoje 48 anos

Dinho Ouro Preto, nome artístico de Fernando de Ouro Preto (Curitiba, 27 de abril de 1964), é um músico brasileiro. É líder e vocalista da banda brasileira Capital Inicial, além de irmão do músico brasileiro Ico Ouro Preto.

Dinho foi criado em Washington (EUA), Viena (Áustria) e Genebra (Suíça). Filho de diplomata, tetaraneto do Visconde de Ouro Preto, veio morar no Brasil aos 16 anos, na época da ditadura, quando o movimento punk começavam a invadir as ruas de Brasília. Ao terminar o segundo grau, Dinho decidiu prestar o exame para Sociologia, mas ficou reprovado e decidiu dedicar-se à música. Começou a namorar com uma garota chamada Helena, que era irmã de Flávio e Fê Lemos, os quais eram integrantes da banda Aborto Elétrico, também fez amizade com Dado Villa-Lobos e Bi Ribeiro (Paralamas do Sucesso) e começou a participar das reuniões da chamada turma da colina – um lugar estratégico, de onde era possível ver toda cidade.
Dinho conheceu seu maior ídolo Renato Russo, vocalista da banda dos irmãos Flávio e , Dinho tornou-se fã incondicional da banda e via todos os ensaios. Ao se separar, em maio de 1983, a banda Aborto Elétrico deu origem a duas novas bandas, a banda de Renato Russo, Legião Urbana e a banda de Flávio e Fê Lemos, o Capital Inicial, da qual Dinho tornou-se vocalista aos 19 anos, seus pais estavam fora do país e nada sabiam de sua carreira artística. Só souberam que ele tinha se tornado músico quando ele e a banda já estava fazendo sucesso.
Em 1993 ele saiu do Capital e parou de trabalhar. Foi aí que tudo começou a mudar, inclusive a aparência. Dinho queria ficar mais feio. “No começo de carreira eu ganhei o título de símbolo sexual. Achava ótimo ter um monte de meninas se jogando em cima de mim. Mas, depois, quando percebi que ser bonito não era o mais importante, comecei a sentir raiva de mim mesmo”, conta o cantor.
Eram noites passadas em claro, excesso de bebidas e drogas e quando o dia amanhecia voltava para casa e dormia o dia inteiro. Nessa época Dinho tornou-se irreconhecível, tinha dreadlockss no cabelo, era clubber e diariamente estava bêbado, seu apartamento sempre estava cheio às vezes até de pessoas desconhecidas. Em alguma dessas festas que aconteciam em seu apartamento, alguém acabou levando uma quantia considerável de seu dinheiro (cerca de 20.000 dólares) deixando-o falido.
A história podia ter terminado de maneira trágica. Mas em 1994, na festa do Video Music Brasil da MTV, ele conheceu Maria, uma arquiteta italiana que estava visitando o país. Dinho apaixonou-se logo por ela . Durante 10 dias não se separaram, mas logo depois Maria teve que voltar para a Itália. Dinho diz que sofreu muito, pois ela estava com o casamento marcado, e que lhe enviou milhares de fax pedindo para que voltasse. Conta também que não tinha medo de parecer ridículo.
Para sua felicidade depois de seis meses Maria rompeu o seu noivado e voltou para o Brasil. Logo se casaram e Dinho mudou o rumo de sua vida, parou de se drogar o dia inteiro, “ela me ajudou a inventar novos objetivos para a minha vida”, confessa o cantor. Ele voltou a trabalhar com sua música e pouco tempo depois lançou um disco solo, mas o seu desempenho não teve muito sucesso. Em 1995, decidiu compor gingles para comerciais e odiou a experiência. Em 1997, nasceu Giulia, a primeira filha de Dinho. A tensão durou até março de 1998 quando Dinho e os ex-companheiros decidiram se encontrar para marcar uma série de shows em comemoração aos 15 anos de nascimento do Capital Inicial. Eles superaram o mal-estar inicial e conversaram como adultos, entre uma apresentação e outra selaram a paz e em novembro daquele ano lançaram o CD Atrás dos Olhos, dedicado à sua filha Giulia. Em 1998, o Capital Inicial voltou à formação original, com Dinho nos vocais. No ano de 1999 nasceu sua segunda filha Isabel.
Com o álbum acústico de 2000 o Capital Inicial consagrou-se de vez como uma das melhores bandas de rock no Brasil, de lá para cá não pararam mais, já foram lançados mais dois discos que também tiveram sucesso total.
Nos anos 90, lançou os seus dois primeiros álbuns em carreira solo: Vertigo, em 1994, e Dinho Ouro Preto, em 1995. Em 2012 irá lançar seu terceiro álbum em carreira solo intitulado Black Heart com regravações de bandas de rock.