terça-feira, maio 22, 2018

Hoje é o Dia Internacional da Biodiversidade


Comemora-se a adoção, a 22 de maio de 1992, do “Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity”
Neste dia, comemora-se a adoção, a 22 de maio de 1992, do  Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity. Inicialmente, o dia da Biodiversidade comemorava-se a 29 de dezembro, data da entrada em vigor da Convenção da Diversidade Biológica. Todavia, em dezembro de 2000, a Assembleia-geral das Nações Unidas escolheu o dia 22 de maio como Dia da Diversidade Biológica, para comemorar a adoção do texto da Convenção. Esta alteração esteve também relacionada com o facto de os Estados terem dificuldade em realizar eventos a 29 de dezembro.
Informação em inglês
Consulte aqui os temas de anos anteriores
Em 2002, o tema foi "floresta e biodiversidade"; em 2008 foi "agricultura e biodiversidade" tendo sido criada uma página para os mais novos - veja aqui
Recursos para os(as) docentes
in  ICNF

segunda-feira, maio 21, 2018

O ditador Suharto deixou o poder há vinte anos

Hadji Mohamed Suharto, ou simplesmente Suharto (Kemusuk, Yogyakarta, 8 de junho de 1921 - Jacarta, 27 de janeiro de 2008) foi um político e militar indonésio.
Foi general e o segundo presidente da Indonésia entre 12 de março de 1967 e 21 de maio de 1998.
Suharto nasceu em 8 de junho de 1921 durante o Índias Orientais holandesas, numa casa de bambu trançado murado na aldeia de Kemusuk, uma parte da grande aldeia de Godean. A aldeia fica a 15 km a oeste de Yogyakarta, o coração cultural do javanesa. O seu pai, Kertosudiro tinha dois filhos do seu casamento anterior e era um oficial de irrigação da aldeia. A sua mãe Sukirah, uma mulher local, era parente distante do sultão Hamengkubuwono V por sua concubina em primeiro lugar.
Em 30 de setembro de 1965, Suharto orquestrou um golpe que foi acompanhado pelo massacre de comunistas e democratas indonésios e que resultou num genocídio que fez entre 500 mil e dois milhões de vítimas, perante a indiferença mundial e da população local iletrada, num episódio que ficou conhecido como o Massacre na Indonésia de 1965–66.
Durante as três décadas em que esteve à frente dos destinos da Indonésia, Suharto construiu um governo nacional forte e centralista, forçando a estabilidade no heterogéneo arquipélago indonésio através da supressão dos dissidentes políticos e dos separatismos regionais. As suas políticas levaram a um substancial crescimento económico do país, apesar de muitos dos ganhos no nível de vida tenham sido perdidos com a crise financeira asiática que começou em 1997 e acabou por precipitar a sua queda. Com a prosperidade económica, Suharto enriqueceu pessoalmente, tendo criado um pequeno círculo de privilegiados através da implementação de monopólios estatais, subsídios e outros esquemas menos lícitos.
  
Invasão de Timor-Leste
Em 1975, na sequência da retirada de Portugal do Timor Português, a Fretilin tomou momentaneamente o poder e Suharto ordenou às suas tropas que invadissem o país. Em causa estavam elevados interesses económicos, nomeadamente o petróleo do Mar de Timor. Estima-se que 200 mil timorenses tenham perecido, cerca de um terço da população total. Em 15 de julho de 1976 o antigo Timor Português tornou-se a 27.ª província indonésia, adoptando o nome de "Timor Timur". A situação só foi alterada em 1999, quando o seu sucessor, Baharuddin Jusuf Habibie, acordou a realização de um referendo que acabou com a proclamação da independência de Timor-Leste.

Morte 
Após um período de internamento que durou 23 dias, o ex-ditador indonésio morreu no hospital Petarmina em Jacarta depois de uma coma causada por falência múltipla dos órgãos. A rejeição a figura dele na cultura popular marcou a mídia internacional até o Século XXI, sendo que um livro de poemas criticando o regime foi um dos mais relevados na história mundial.

D. António Ribeiro, Cardeal Patriarca de Lisboa, nasceu há noventa anos

D. António Ribeiro (Celorico de Basto, 21 de maio de 1928 - Lisboa, 24 de março de 1998) foi um cardeal português, o 15.º Patriarca de Lisboa, como Dom António II.
  
Biografia
Era filho de José Ribeiro (circa 1860) e de sua mulher Ana Gonçalves (circa 1904), ambos de São Clemente de Basto. Estudou no Seminário de Braga, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Faculdade Teológica em Innsbruck e na Faculdade Teológica de Munique.
 
Vida religiosa
Foi ordenado em 5 de julho de 1953, na Arquidiocese de Braga. O então arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, mandou-o estudar para Roma onde se doutorou na Pontifícia Universidade Gregoriana com a tese «A Doutrina do Evo em S. Tomás de Aquino. Ensaio sobre a duração da alma separada». Depois desta sua formação humanística, filosófica e teológica, António Ribeiro iniciou a sua actividade na Comunicação Social e no ensino. Entre 1959 e 1964 foi membro do corpo docente do Seminário de Braga e ficou responsável pelo programa «Encruzilhadas da Vida», transmitido aos sábados na RTP, em que debate temas de actualidade, frequentemente sugeridos pelos próprios telespectadores. Foi docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, entre 1964 e 1966. Transita para o programa, também na RTP, intitulado "Dia do Senhor", entre 1964 e 1967, onde demonstrou as suas qualidades de comunicador, com um sentido crítico e uma capacidade de leitura cristã dos acontecimentos. Lecionou Filosofia Social, Filosofia Moral e Psicologia Social e foi director do Instituto Superior de Cultura Católica, entre 1965-1967 e foi Vigário-geral da arquidiocese de Braga, entre l966 e 1967. Para além de trabalhar na área da Comunicação Social, foi assistente nacional e diocesano da Liga Universitária Católica e ainda das associações profissionais de médicos, farmacêuticos, juristas, engenheiros e professores.
  
Episcopado
Inicialmente foi escolhido para suceder, na diocese moçambicana da Beira, ao bispo D. Sebastião Soares de Resende, mas o regime não permitiu que fosse para Moçambique. Foi então eleito bispo-titular de Tigillava e nomeado bispo-auxiliar de Braga, a 3 de julho de 1967, foi consagrado a 17 de setembro, pelo Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, Patriarca de Lisboa, assistido por Francisco Maria da Silva, arcebispo de Braga, e por António de Castro Xavier Monteiro, arcebispo titular de Mitilene, bispo-auxiliar de Lisboa.
Em 6 de junho de 1969, é nomeado bispo-auxiliar de Lisboa. Promovido ao Patriarcado de Lisboa, o décimo-quinto patriarca de Lisboa, com o nome de D. António II (nomeado a 13 de maio de 1971, no aniversário das aparições marianas de Fátima). Foi nomeado Vigário Militar de Portugal a 24 de janeiro de 1972.

  
Cardinalato
O Papa Paulo VI fê-lo cardeal no consistório de 5 de março de 1973, recebendo o barrete cardinalício e o título de Santo António de Pádua na Via Merulana no mesmo dia.
Foi o enviado especial do Papa João Paulo II para a celebração do quinto centenário da evangelização de Angola, em Luanda, entre 22-27 de outubro de 1991 e enviado especial do Papa para a celebração do quinto centenário do Tratado de Tordesilhas, em Setúbal, Portugal, a 5 de setembro de 1994. Presidiu à cerimónia de casamento do Duque de Bragança, D. Duarte Pio de Bragança e D. Isabel de Herédia, em 13 de maio de 1995.
Morreu em 4 de março de 1998, por causa de um cancro, na sua residência em Lisboa, sendo enterrado no túmulo dos patriarcas na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. Um monumento comemorativo da sua vida foi erguido em Britelo, Basto, e um busto foi colocado na sua cidade natal, Celorico de Basto, na praça que tem o seu nome.
   

O ator Gracindo Júnior faz hoje 75 anos

Epaminondas Xavier Gracindo, mais conhecido como Gracindo Júnior (Rio de Janeiro, 21 de maio de 1943), é um ator brasileiro, filho do também ator Paulo Gracindo (falecido em 1995) e pai dos também atores Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e Daniela Duarte.

domingo, maio 20, 2018

Vasco da Gama chegou à Índia há 520 anos

Vasco da Gama (Sines, circa 1460 ou 1469 - Cochim, Índia, 24 de dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-Rei da Índia.
Armas dos Gamas, Condes da Vidigueira
  
  
A descoberta do caminho marítimo para a Índia é a designação comum para a primeira viagem realizada directamente da Europa para a Índia, pelo Oceano Atlântico, feita sob o comando do navegador português Vasco da Gama durante o reinado do rei D. Manuel I, em 1497-1499. Uma das mais notáveis viagens da era dos Descobrimentos, consolidou a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses.
 
Caminho percorrido pela expedição (a preto). Nesta figura também se pode ver, para comparação, o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde)
Iniciava-se, assim, a expedição a 8 de julho de 1497. A linha de navegação de Lisboa a Cabo Verde foi a habitual e no oceano Índico é descrita por Álvaro Velho: «rota costeira até Melinde e travessia directa deste porto até Calecute». Durante esta expedição foram determinadas latitudes através da observação solar, como refere João de Barros.
Relatam os Diários de Bordo das naus muitas experiências inéditas. Encontrou esta ansiosa tripulação rica fauna e flora. Fizeram contacto perto da baía de Santa Helena com tribos que comiam lobos-marinhos, baleias, carne de gazelas e raízes de ervas; andavam cobertos com peles e as suas armas eram simples lanças de madeira de zambujo e cornos de animais; viram tribos que tocavam flautas rústicas de forma coordenada, o que era surpreendente perante a visão dos negros pelos europeus. Ao mesmo tempo que o escorbuto se instalava na tripulação, cruzavam-se em Moçambique com palmeiras que davam cocos.
Apesar das adversidades de uma viagem desta escala, a tripulação mantinha a curiosidade e o ânimo em conseguir a proeza e conviver com os povos. Para isso reuniam forças até para assaltar navios em busca de pilotos. Com os prisioneiros, podia o capitão-mor fazer trocas, ou colocá-los a trabalhar na faina; ao rei de Mombaça pediu pilotos cristãos que ele tinha detido e assim trocou prisioneiros. Seria com a ajuda destes pilotos que chegariam a Calecute, terra tão desejada, onde o fascínio se perdia agora pela moda, costumes e riqueza dos nativos.
Sabe-se, por Damião de Góis, que durante a viagem foram colocados cinco padrões: São Rafael, no rio dos Bons Sinais; São Jorge, em Moçambique, Santo Espírito, em Melinde; Santa Maria, nos Ilhéus, e São Gabriel, em Calecute. Estes monumentos destinavam-se a afirmar a soberania portuguesa nos locais para que outros exploradores não tomassem as terras como por si descobertas.
Em 20 de maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima de Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a rota no oceano Índico e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
As negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, Samorim de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor das suas ofertas -no ocidente era hábito os reis presentearem os enviados estrangeiros, no oriente esperavam ser impressionados com ricas ofertas. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o samorim e os representantes do Samorim escarneceram das suas ofertas, simultaneamente os mercadores árabes aí estabelecidos resistiam à possibilidade de concorrência indesejada.
A perseverança de Vasco da Gama fez com que se iniciassem, mesmo assim, as negociações entre ele e o samorim, que se mostrou agradado com as cartas de D. Manuel I. Por fim, Vasco da Gama conseguiu obter uma carta ambígua de concessão de direitos para comerciar, comprovatória do encontro que dizia:
«Vasco da Gama, fidalgo da vossa casa, veio à minha terra, com o que eu folguei. Em minha terra, há muita canela, e muito cravo e gengibre e pimenta e muitas pedras preciosas. E o que quero da tua é ouro e prata e coral e escarlata».
Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias por baixo preço para poderem adquirir pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino. Contudo a frota acabou por partir sem aviso após o Samorim e o seu chefe da Marinha Kunjali Marakkar insistirem para que deixasse todos os seus bens como garantia. Vasco da Gama manteve os seus bens, mas deixou alguns portugueses com ordens para iniciar uma feitoria.
  

sábado, maio 19, 2018

O assassino Pol Pot nasceu há noventa anos

Saloth Sar, também conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (Prek Sbauv, 19 de maio de 1928Anlong Veng, 15 de abril de 1998), foi um revolucionário comunista que liderou o partido Khmer Vermelho, governante do Camboja, mais conhecido por ser responsável pelo genocídio cambojano.
  
  
Crânios de prisioneiros executados durante o genocídio nos campos de concentração
  
Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido no Camboja pelo regime comunista do partido Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979.
Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 2 milhões de pessoas - cerca de 25% da população da época - alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), servidores públicos, militares, policiais, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar.
  

O físico Abraham Pais nasceu há um século

 
Abraham ("Bram") Pais (Amsterdão, 19 de maio de 1918 - Copenhaga, 28 de julho de 2000) foi um físico neerlandês e teórico da física quântica.
Como profundo conhecedor da física do século XX e do seu desenvolvimento, ganhou reconhecimento internacional; como colega, mais tarde parceiro e amigo de Albert Einstein, pertence a ele a mais representativa biografia de Einstein do nosso tempo.
Abraham Pais estudava Física na Universidade de Utrecht, quando os nazis, em maio de 1940, ocuparam os Países Baixos. Em junho de 1941, poucos dias antes de todos os judeus serem proibidos de frequentar as Universidades, consegue ainda apresentar a sua monografia. O seu trabalho chama a atenção de Niels Bohr, que quer levá-lo para o seu país, Dinamarca. Mas Pais precisa fugir da perseguição da Gestapo e vive mais de um ano escondido nos Países Baixos. Pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial é capturado pela Gestapo, mas sobrevive.
Depois da guerra trabalhou finalmente no Instituto para Física Teórica em Copenhaga. Em 1946 transfere-se, como físico teórico, para o Instituto de Estudos Avançados em Princeton, onde, devido ao seu trabalho, recebe a  alcunha de "Senhor Teoria Quântica" e conhece Albert Einstein.
As suas mais importantes contribuições dizem respeito à teoria moderna das partículas elementares. Em 1941 ele marca protões e neutrões com o conceito de "Núcleo atómico", em 1952 explica como uma determinada partícula subatómica pode rapidamente surgir, mas demorar muito tempo para se desintegrar, em 1955 publica um trabalho teórico muito aguardado sobre as leis da mecânica quântica. Dos conhecimentos ali descritos os físicos Val Logsdon Fitch e James Watson Cronin retiraram anos mais tarde a base para as experiências que lhes deram o Prémio Nobel de Física em 1980.
Em 1956 tornou-se cidadão dos Estados Unidos. A sua auto-biografia A Tale of Two Continents (Princeton, 1997) conta a sua história de vida como físico num mundo turbulento.
Pais talvez tenha ficado mais conhecido pela sua biografia de Albert Einstein, "Subtil é o Senhor..." (em inglês: Subtle is the Lord, Oxford, 1982), e sua sequência, "Einstein Viveu Aqui" (em inglês: Einstein Lived Here).
Escreveu também a história dos físicos no século XX, Inward Bound (Oxford, 1986), uma biografia de Niels Bohr, Niels Bohr's Times, In Physics, Philosophy and Polity (Oxford, 1991), e "Os Génios da Ciência" (em inglês: The Genius of Science: A Portrait Gallery (Oxford, 2000).
Abraham Pais foi ainda professor de Física na Universidade Rockefeller, membro da Academia Nacional das Ciências, da Sociedade Americana de Filosofia e da Academia Americana das Artes e Ciências. Faleceu em 2000, aos 82 anos.
Era descendente de judeus sefarditas que vieram de Portugal no século XVII, de onde vinha o sobrenome Pais.

sexta-feira, maio 18, 2018

Omar Caiam nasceu há 970 anos

Giate Aldim Abu Fate Omar ibne Ibraim Caiam de Nixapur (Nixapur, Pérsia, 18 de maio de 1048 - Nixapur, 4 de dezembro de 1131), melhor conhecido como Omar Caiam, foi poeta, matemático e astrônomo persa dos séculos XI e XII. As numerosas transformações políticas e etnológicas no mundo islâmico trouxeram altos e baixos para o desenvolvimento da astronomia e da matemática. Conhecido no ocidente como poeta e autor do Rubaiyat, (em português, “quadras" ou "quartetos”), que ficariam famosos a partir da tradução de Edward Fitzgerald, em 1839. Muitas coisas se contam sobre Omar Caiam, porém de poucas podemos ter certeza. Sabemos que nasceu em meados do século XI em Nixapur, capital da província Persa do Coração, onde passou a maior parte de sua vida. Omar Caiam faleceu em 1131.
No ano de 1074 foi chamado por Malique Xá I para reformar o antigo calendário persa, o que fez com com um erro de um dia em 5000 anos. A reforma do calendário foi substituída mais tarde pelo calendário lunar islâmico.
Nixapur suportou guerras e terremotos e em 1221 foi saqueada pelos mongóis. O túmulo de Omar Caiam superou todas as calamidades e está conservado até hoje. No século XVII foi edificada a mesquita do sacerdote Maomé Maruque. Apoiados nela construíram três arcos, abaixo do arco central se encontra o túmulo de Omar Caiam.
A filosofia de Omar Khayyām era bastante diferente dos dogmas islâmicos oficiais. Concordou com a existência de Deus mas se opôs à noção de que cada acontecimento e fenómeno particular era o resultado de intervenção divina. Em vez disso ele apoiou a visão que leis da natureza explicam todos fenómenos particulares da vida observada.
De todos os campos da matemática, a álgebra foi melhor trabalhada pelos árabes. Em suas mãos chegou a ter um aspecto novo bem distante das origens grega, babilónica e hindu.
A obra mais importante de Omar Caiam é precisamente um tratado sobre álgebra em que explica como resolver todas as equações de segundo e terceiro graus. Ele desaconselha, no prólogo do seu tratado, a leitura a quem não conheça os Elementos de Euclides bem como os primeiros livros das Cónicas de Apolónio. No mesmo texto, afirma que não se remeterá a nenhuma outra obra por julgar indispensável o estudo prévio das obras já citadas.


Noite, silêncio, folhas imóveis;
imóvel o meu pensamento.
Onde estás, tu que me ofereceste a taça?
Hoje caiu a primeira pétala.

Eu sei, uma rosa não murcha
perto de quem tu agora sacias a sede;
mas sentes a falta do prazer que eu soube te dar,
e que te fez desfalecer.

Acorda... e olha como o sol em seu regresso
vai apagando as estrelas do campo da noite;
do mesmo modo ele vai desvanecer
as grandes luzes da soberba torre do Sultão.

O último Czar de Todas as Rússias nasceu há 150 anos

O Czar Nicolau II foi o último Imperador da Rússia, rei da Polónia e grão-duque da Finlândia. Nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. É também conhecido como São Nicolau o Portador da Paz pela Igreja Ortodoxa Russa.
Filho do czar Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de novembro de 1894, até à sua abdicação em 15 de março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich Romanov.
O seu reinado terminou com a Revolução Russa de 1917, quando, tentando retornar do quartel-general para a capital, seu trem foi detido em Pskov e ele foi obrigado a abdicar. A partir daí, o czar e sua família foram aprisionados, primeiro no Palácio de Alexandre em Tsarskoye Selo, depois na Casa do Governador em Tobolsk e finalmente na Casa Ipatiev em Ekaterimburgo. Nicolau II, sua mulher, seu filho, suas quatro filhas, o médico da família Imperial, um servo pessoal, a camareira da Imperatriz e o cozinheiro da família foram executados na cave da casa pelos bolcheviques, na madrugada de 16 para 17 de julho de 1918. É conhecido que esse evento foi ordenado de Moscovo por Lenine e pelo também líder bolchevique Yakov Sverdlov. Mais tarde Nicolau II, a sua mulher, a Imperatriz e os seus filhos foram canonizados como mártires por grupos ligados à Igreja Ortodoxa Russa no exílio.
(...)

Em 1981, a família foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa no estrangeiro como Santos Mártires. Em 2000, a Igreja Ortodoxa Russa, dentro da Rússia, canonizou a família como Portadores da Paz. De acordo com a declaração do sínodo de Moscovo, eles foram glorificados como santos pelas seguintes razões:
"No último monarca ortodoxo e membros de sua família, vemos pessoas que sinceramente aspiraram encarnar em suas vidas os comandos do Evangelho. No sofrimento suportado pela Família Real na prisão, com humildade, paciência e submissão, e em suas mortes martirizadas em Ekaterimburgo na noite de 4/17 de julho de 1918, foi revelada a luz da fé de Cristo, que vence o mal."
Em 30 de setembro de 2008 a Suprema Corte da Rússia reabilitou a Família Real Russa e o czar Nicolau II, 90 anos após sua morte. A Suprema Corte russa declarou que sua execução foi ilegal e que a família real russa foi vítima de um crime.
Encontra-se sepultado na Fortaleza de Pedro e Paulo, São Petersburgo na Rússia.
  

Walter Gropius, o fundador da Bauhaus, nasceu há 135 anos

Walter Gropius (Berlim, 18 de maio de 1883 - Boston, 5 de julho de 1969) foi um arquiteto alemão.
É considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus, escola que foi um marco no design, arquitetura e arte moderna e diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. Gropius iniciou a sua carreira na Alemanha, o seu país natal, mas com a ascensão ao poder dos nazis, na década de 30, emigrou para os Estados Unidos e lá desenvolveu a maior parte de sua obra.
 
A sede da Bauhaus, em Dessau, projetada por Walter Gropius
 

Chris Cornell morreu há um ano

Christopher John Boyle, (Seattle, 20 de julho de 1964 - Detroit, 18 de maio de 2017), mais conhecido como Chris Cornell, foi um cantor, guitarrista e compositor americano considerado um dos fundadores do movimento grunge e conhecido como vocalista das bandas Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave. Vencedor de dois Prémios Grammy (com 15 nomeações no total), em 1991 Cornell ganhou notoriedade com o lançamento do álbum Badmotorfinger, e lançou cinco álbuns na carreira a solo, entre 1999 e 2015. Ele também era famoso por sua extensão vocal de quatro oitavas. Em 2007 lançou o single "You Know My Name", música tema do filme 007 - Cassino Royale, tornando-se o primeiro cantor americano a gravar a música-tema de um filme da série 007. A canção vendeu 3,5 milhões de cópias digitais. Em 2013, Cornell compôs a canção "Misery Chain" para a banda sonora do filme 12 Years a Slave, onde fez um dueto com a cantora Joy Williams.
Cornell foi escolhido como "O Maior Cantor de Rock" pelos leitores da revista Guitar World em 2013, ficou em 4º lugar na lista "Top 100 de Vocalistas de Heavy Metal de Todos os Tempos" da revista Hit Parader em 2006, em 9º lugar na lista de "Melhores Vocalistas de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone em 2011, e 12º lugar na lista das "22 Maiores Vozes da Música" da MTV em 2005. Alice Cooper referiu-se a Cornell como "a melhor voz do Rock" em 2017.
Em todo o seu catálogo (as suas três bandas e na carreira a solo), Cornell vendeu 14,8 milhões de álbuns, 8,8 milhões de músicas digitais e 300 milhões de transmissões de áudio on-demand apenas nos Estados Unidos e mais de 30 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo até 2017.


quinta-feira, maio 17, 2018

Talleyrand morreu há 180 anos

Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord (Paris, 2 de fevereiro de 1754 – Paris, 17 de maio de 1838) foi um bispo, político e diplomata francês. Ocupou em quatro ocasiões diferentes o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e também foi o primeiro Primeiro-Ministro da França, entre julho e setembro de 1815, no reinado de Luís XVIII, depois da restauração francesa.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão Bonaparte, durante a restauração da monarquia da Casa de Bourbon e sob o rei Luís Filipe. Embora de ascendência aristocrática, não pôde seguir a carreira militar por causa de um defeito físico (pé boto). Opcionalmente, foi preparado para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário (1775) por não seguir a regra do celibato, mesmo assim recebeu ordens menores e o rei nomeou-o abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado em 1779, foi nomeado vigário-geral pelo seu tio Alexandre, arcebispo de Reims, e um ano depois tornou-se agente geral do clero junto do governo da França. Defensor dos privilégios eclesiásticos, as suas atividades puseram-no em contato direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu adquirir experiência parlamentar e ser consagrado (1788) como bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta. Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e no ano seguinte tornou-se o ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas recuperou o cargo após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular uma política de alianças com as principais potências europeias e promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo czar Alexandre I da Rússia, organizou a oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga anti-napoleónica em Paris (1814), persuadiu o senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs as suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia muitos territórios da margem direita do rio Reno.
Após os cem dias napoleónicos, assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém o seu passado revolucionário levou-o a ser demitido, em setembro do mesmo ano. Aliado dos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal - a Quádrupla Aliança (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polémicas da França.
Morreu em 17 de maio de 1838 e foi enterrado na Capela de Notre-Dame.

Zélia Gattai morreu há dez anos

(imagem daqui)

Zélia Gattai Amado (São Paulo, 2 de julho de 1916 - Salvador, 17 de maio de 2008) foi uma escritora, fotógrafa e memorialista (como ela mesma preferia denominar-se) brasileira, tendo também sido expoente da militância política nacional durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinquenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, até a morte deste.
 
Início
Filha dos imigrantes italianos, Angelina e Ernesto Gattai, é a mais nova de cinco irmãos. Nasceu e morou durante toda a infância na Alameda Santos, 8, Consolação, em São Paulo.
Zélia participava, com a família, do movimento político-operário anarquista que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis e portugueses, no início do século XX. Aos vinte anos, casou-se com Aldo Veiga. Deste casamento, que durou oito anos, teve um filho, Luís Carlos, nascido na cidade de São Paulo, em 1942.
  
Jorge Amado e Zélia
Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai conheceu-o em 1945, quando trabalharam juntos num movimento pela amnistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando, à máquina, os seus originais e auxiliando-o no processo de revisão.
Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato e a família teve que se exilar.
Viveram em Paris durante três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne. De 1950 a 1952, a família viveu na Checoslováquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se responsável pelo registo, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.
Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada Reportagem incompleta.

Escritora
Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estreia, Anarquistas, graças a Deus, ao completar vinte anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil. A sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.
Anarquistas, graças a Deus, foi adaptado para mini-série pela Rede Globo e Um chapéu para viagem foi adaptado para o teatro.

Homenagens
Baiana por merecimento, Zélia Gattai recebeu em 1984 o título de cidadã da Cidade do Salvador.
Na França, recebeu o título de cidadã de honra da comuna de Mirabeau (1985) e a Comenda des Arts et des Lettres, do governo francês (1998). Recebeu ainda, no grau de comendadora, as ordens do Mérito da Bahia (1994) e do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986).
A prefeitura de Taperoá, no estado da Bahia, homenageou Zélia Gattai dando o nome da escritora à sua Fundação de Cultura e Turismo, em 2001.
Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por Jorge Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono. No mesmo ano, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras. Em 2002, tomou posse nas três. É mãe de Luís Carlos, Paloma e João Jorge. É amiga de personalidades e gente simples. No lançamento do livro Jorge Amado: um baiano romântico e sensual, em 2002, numa livraria de Salvador, estavam pessoas como António Carlos Magalhães, Sossó, Calasans Neto, Auta Rosa, Bruna Lima, Antonio Imbassahy e James Amado, entre outros.
Ao lançar seu primeiro livro, Anarquistas graças a Deus, Zélia Gattai recebeu o Prémio Paulista de Revelação Literária de 1979. No ano seguinte, recebeu o Prémio da Associação de Imprensa, o Prémio McKeen e o Troféu Dante Alighieri. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia concedeu-lhe a Medalha Castro Alves, em 1987. Em 1988, recebeu o Troféu Avon, como destaque da área cultural e o Prémio Destaque do Ano de 1988, pelo livro Jardim de inverno. O livro de memórias Chão de meninos recebeu o Prémio Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores, em 1994.
  

Paul Di'Anno, antigo vocalista dos Iron Maiden, faz hoje sessenta anos

Paul Andrews, também conhecido como Paul Di'Anno (Chingford, 17 de maio de 1958) é um vocalista Inglês. É mais conhecido pelo seu trabalho como ex-vocalista dos Iron Maiden
 
 

Donna Summer morreu há seis anos

Donna Summer, nome artístico de LaDonna Adrian Gaines (Boston, 31 de dezembro de 1948  - Naples, 17 de maio de 2012), foi uma cantora pop norte-americana mais conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70, que lhe deram o título de Rainha da Disco. Com 37 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 130 milhões de discos. Foi a primeira artista a ter três álbuns duplos consecutivos a atingir o primeiro lugar nas paradas da ''Billboard'' nos Estados Unidos. Também teve quatro singles que atingiram o número 1 nos Estados Unidos num período de 13 meses.
  
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Morreu em 17 maio de 2012, em Manasota Key, em Englewood, na Flórida, vítima de cancro de pulmão. Segundo relatos de jornais do dia 18/05/2012, Donna Summer foi diagnosticada com cancro de pulmão havia apenas 2 meses e apenas o seu marido e as suas três filhas sabiam da doença. Diagnosticada, Summer morreu após uma batalha contra a doença. Ela foi posteriormente chamada de "indiscutível rainha do Disco dos anos 70" e uma das cantoras femininas mais influentes do mundo. Foi sepultada no Harpeth Hills Memory Gardens Cemetery, Nashville, Tennessee no Estados Unidos.